Em primeiro lugar há que distinguir “
à pressa” de "
há pressa". Essa distinção é essencial para entender o que está em causa porque, não havendo pressa e fazendo à pressa, só se obtêm maus resultados.
Ouvem-se alguns apressadinhos cheios de pressa e com saudades de um tempo, quase recente, em que punham e dispunham a seu belo prazer, a apressarem-se para matar essas saudades agora que os seus magníficos narizes pressentem o retorno dos odores do poder.
Pode ser que tanta pressa os leve à ejaculação precoce, coisa vulgar em quem antecipa o prazer à mecânica para o obter e assim, sem praticar o acto, consegue chegar aos gemidos egoisticamente inconsequentes.
Há-de haver sempre gente desta, apressadinha e disposta a fazer tudo, mesmo à pressa e mesmo que isso só sirva a sua pressa.
O mais estranho de tudo é que essa gente nunca é capaz de entender que os outros olham para eles com a expressão de quem já os topou há muito e já sem disposição nem pachorra para aturar os seus ruídos umbiguistas.
LNT
[0.008/2013]