terça-feira, 29 de outubro de 2013

O milagre da retoma

AnjoCom o sector cervejeiro em grande forma, Pires de Lima, o ex-crítico desta coisa que nos governa (ou se governa) descobriu agora, passados três meses da sua posse, que tudo o que disse anteriormente foi um enorme disparate e que o sucesso destas políticas que nos puseram a pão-e-água se evidencia num verdadeiro milagre económico.

É a retoma, que é como quem diz, é o tomar duas vezes ou tomar de novo, ou o toma lá mais disto que é para aprenderes. Pelo caminho ainda vem o recado de que se não ficam caladinhos ainda retomam no focinho.

Por falar em símios, quantos são permitidos por habitação? E ainda por falar nisso, o Conselho de Ministros vai passar a ter de reunir noutro lado ou vai ser aberta uma excepção para o número de animais domésticos que se podem juntar no apartamento da Gomes Teixeira?
LNT
[0.412/2013]

Aracnídeos

AranhaTal como as aranhas se penduram no primeiro fio e esperam que o vento as leve de encontro a um outro ponto a partir do qual elaboram a teia, o poder anda ao sabor da brisa para construir armadilha que lhe sustente a gula.

No entanto, ao contrário das aranhas para quem qualquer segundo ponto serve como início da cerzidura da teia, o poder balança-se para que ela fique montada em posição propícia a capturar o maior número de vítimas evitando a colisão com os corredores aéreos onde se deslocam os insectos de maior porte.

Não é por acaso que o fazem. Sabem que os escaravelhos-rinoceronte e os outros insectos robustos, ao ficarem retidos na teia, usarão o seu peso e as fortes tenazes para se libertarem o que provocará rompimentos capazes de proporcionar a passagem impune das prezas mais apetecíveis.

Este novo ataque à classe intermédia da classe média dos trabalhadores do Estado é o corolário desta técnica de captura.
LNT
[0.411/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCVIII ]

Clarinha
Clarinha - Fão - Minho - Portugal
LNT
[0.410/2013]

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sinal dos tempos

BlogsAndei a rever os links para blogs, na coluna da direita, e quase metade passaram para a eternidade. Como se não bastasse a crise que faz dos portugueses uma espécie em extinção, possivelmente não por falta de truca-truca (embora as estatísticas nesta matéria tenham tanta credibilidade como as que usam os pescadores que acrescentam sempre uns centímetros ao tamanho real dos peixes que fisgam), agora também os que se dedicavam a opinar sem se submeterem à disciplina dos conselhos de redacção andam encolhidos.

Sabe-se que muitos deles fizeram o que fez Pires de Lima. Substituíram o cantar de galo pelos gargarejos afinados assim que lhes deram poleiro.

Sabe-se que muitos outros se fartaram deste exercício de manifestação por se perderem na frustração de impotentes contadores de visitas.

Por fim também se sabe que a maioria vai passando daqui para o nada pelo cansaço e pela desilusão da opinião publicada, embora a opinião nos blogs seja pouco mais do que a vida privada que todos temos dentro dos círculos onde nos movemos.

Mas entristece saber que a coisa da bloga esteja a perder a vitalidade em contraciclo com a opinião “contratada” que não para de nos bombardear.
LNT
[0.409/2013]

a Bombar

Dunky
Aí está ele de novo com o gás do costume.

Força, meu caro VS, coragem e nada de agradecimentos porque a amizade não se agradece.

Grande abraço.
LNT
[0.408/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCVII ]

Anta
Casas Novas - Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.407/2013]

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Boletim de saúde asinino [ V ]

JumentoComo o boletim clínico de o Jumento tem andado arredado, deixo ficar a informação recebida de fonte segura que indica que o VS continua a recuperar satisfatoriamente prevendo-se o regresso à capital.

Havendo mais novidades, haverá novos boletins clínicos.

Últimas notícias: De viva voz recebi uma chamada de VS a confirmar que já está fora dos hospitais e a caminho de Lisboa. Irá dar notícias muito em breve (talvez hoje, ou amanhã) no o Jumento.

Grande abraço com votos de rápida recuperação total.
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LNT
[0.406/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ III ]

Blogs
- Encontrem-me um pobre que não se manifeste. Palavra de honra.
- Está aqui este, senhor ministro de Estado. Estava a engraxar os pneus da vespa do Mota.
- Olhe cá: o senhor é me’mo pobre, pobre, pobre?
- Dizem que sim xotôr.
- Ai é? Ai é? Ora vamos cá: quando foi a última vez que comeu?
- Onte, xotôr. Uma côde de pão à ceia.
- Tá a ver? E diz que é pobre? É falso. O senhor calunia-se!
- Eu não me drogo, xotôr...
- Ó Jica: conte isto à Teté para ela não ir fazer figura de parva à SIC-Notícias logo à noite.
Filipe Nunes Vicente

"Os pobres não se manifestam nem vão à televisão!"
Suspirei de alívio. Afinal sou rico. Raras vezes perco a oportunidade de me manifestar na companhia dos ricos como eu. Abençoado país este, onde os ricos enchem o Terreiro do Paço para protestar contra um governo indigno que protege os pobres e chantageia os ricos.
Pena que neste mesmo país um pobrezinho se tenha vendido, em troca de um gabinete com vista para o Jardim Zoológico.
Carlos Barbosa de Oliveira

Medina Carreira e Alexandre Soares dos Santos em grande delírio na TVI 24. O empresário que paga impostos na Holanda para se safar melhor, fala em responsabilidade e sacrifícios. O que estes dois estarolas defendem é inacreditável. A argumentação é de um nível baixíssimo. Confrangedor. O fim do debate político é defendido às claras. Sem decoro. Judite de Sousa tenta confrontá-los com alguma razoabilidade. Reduzem-na a nada. Tratam-na por filha. Um nojo de gente.
José Teófilo Duarte

Aqui entre nós, não deixa de ser uma suprema humilhação para Portugal o facto de, nas revelações que vão surgindo sobre as espionagem pelos serviços secretos americanos a políticos de vários países, não ter aparecido a mais leve referência a Portugal.
Então ninguém escuta os nossos governantes? Ninguém quer saber o que eles dizem? Ou será que os americanos já conhecem o "guião para a reforma do Estado" e nós não? Estarão a copiá-lo?
Francisco Seixas da Costa

Talvez seja verdade que eliminando o conceito de fim de semana, criando dias de trabalho de 24 horas, etc, a economia crescesse desmesuradamente, o desemprego desaparecesse e houvesse riqueza para todos. Infelizmente para os economistas a sociedade é composta de pessoas que têm desejos, sonhos, necessidades, etc. É por isso que essas noções lunáticas nunca funcionarão. É um pouco como o comunismo científico: até poderia ter bases teóricas sólidas, mas enquanto tiver que ser aplicado em pessoas e por pessoas, nenhum sistema ideal funcionará.
João André
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.405/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCVI ]

Galeto
Galeto - Lisboa - Portugal
LNT
[0.404/2013]

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O livro e as ausências

Jornal IDiz-nos o Ionline, num daqueles artigos cheios de recados encomendados para encher espaço publicado e vender papel que, no lançamento do livro de ontem, foi muito notada a não presença do líder socialista.

Como se sabe, o livro não tratando de política é um tratado político e por isso é de estranhar que os líderes políticos não estivessem presentes. Também se sabe que, sendo um livro sobre a tortura, as pessoas estranharam (interessante não ter sido referido nesta pérola jornalística) que Passos Coelho, Vítor Gaspar e outros torcionários e extorsionários conhecidos, não se tivessem feito representar.

O barbeiro, embora convidado, também não esteve presente nem se fez representar o que foi uma falta de monta numa sala onde não cabia nem mais um cabelo.

Mas prontus, o I lá fez mais uma capa bombástica conseguindo falar do lançamento de um livro sem fazer uma única menção ao seu conteúdo.

É o que temos.
LNT
[0.403/2013]

Infinitésimos

TapeteA propósito do aniversário de um amigo reflicto sobre a nossa condição de finitos. Confesso nunca ter conseguido concluir se festejar o aniversário é um acto de saudade, ou um outro de esperança.

O tempo, principalmente o dos que já têm menos tempo de vida do que aquele que viveram sem ter tido a percepção da finitude, é um bem precioso. Gastá-lo com infinitésimos, é um desperdício só justificado com a necessidade de os manter sob controlo evitando que os façam finar precocemente.

Isso e a certeza de que nada é irrevogável a não ser a morte e mesmo essa tem dias em que o não foi.
LNT
[0.402/2013]

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Moçambique

ArteNunca vivi em Moçambique (passei por lá, por Lourenço Marques (hoje Maputo), pela Gorongosa, pela Beira e por Tete) mas sempre foi um território de muitas referências especiais chegadas por mão amiga.

Dessas muitas referências destaco as que caracterizam a personalidade, a coragem e a diversidade cultural dos povos que lá habitam, as da capacidade de resistência perante as adversidades da natureza e as do contraste de pobreza num País com tanto potencial e riquezas naturais.

Não compreendo o que faz com que essas gentes prefiram o chumbo que mata e estropia, aos metais mais nobres, por explorar, com os quais têm a possibilidade de construir os instrumentos para se alimentarem do que a terra e o mar lhes disponibiliza.

Os povos moçambicanos certamente dirão khanimambo ao regresso do bom senso.
LNT
[0.400/2013]

O canal do Panamá

Barco vazio marConsta que as rotas marítimas a norte, até agora bloqueadas pelos gelos mas já a darem sinais de navegabilidade devido ao degelo que os negacionistas do costume se recusam a ver - apesar de cientificamente comprovado -, serão muito mais rentáveis do que aquelas que o Canal do Panamá (ainda para mais com “portagens”, (canalagens’)) alguma vez irá proporcionar.

Talvez por isso, e pelo habitual faro falhado que é conhecido nos láparos, o nosso chefe do executivo aproveitou a passeata à América Central para ir lá deixar umas larachas e poder passear na rua sem ter de ouvir o que ouve em Portugal quando se atreve aos pequenos percursos entre as salas onde se esconde e o carro em que se faz transportar.

Pelo que consta aproveitou a altura para referir que as melhorias do Canal do Panamá ficam em linha com a ligação ferroviária (esqueceu-se das ligações rodoviárias - transitários) entre Sines e a Europa, possivelmente passando por Espanha.

Fiquei na dúvida se ele falava de TGV, ou se falaria de alta velocidade, mas isso é mais uma dúvida a somar às outras leviandades em tempos atiradas contra os “Magalhães”.
LNT
[0.399/2013]