sexta-feira, 7 de março de 2014

Nunca desistiremos

CaravelaO que daqui vejo, agora que o céu se resolveu a mostrar com o azul de que a nossa terra gosta, é que bastam uns raios de Sol para que tudo volte a ser como deve.

Bem podem querer trocar a nossa História pela outra de uma nação-continente-inexistente para que se deixe de ter sentimentos de Nação, de amores à terra e ao mar para cá de Espanha, de sentires, saberes, sabores e afectos, deste malfadado fado, de saber falar saudade, que nunca conseguirão que o Sol deixe de nos recarregar mais uma vez.

Somos temperados de sal e calor, nunca desistiremos de ser quem somos.
LNT
[0.088/2014]

5 - Blogoditos - 5 [ XIV ]

Blogs
Mas, infelizmente, como Streeck sublinha, nada nos diz que as alianças sociais que sustentam o Euro, e que na periferia incluem elites extrovertidas, as que gostam de moeda forte para viajar e importar bens de consumo mais ou menos conspícuos, não consigam manter um projeto que se aproxima cada vez mais de uma “operacionalização do modelo social hayekiano [anti-social-democrata] da ditadura de uma economia de mercado capitalista acima de qualquer correção democrática”
João Rodrigues

A crescente irrelevância do CDS, que surge cada vez mais como “Os Verdes” do PSD, fez uma vítima: Diogo Feio, até agora eurodeputado, foi despedido, porque o PSD pretende expedir a tralha passista (Fernando Ruas, Mendes Bota, Fernando Costa…) para Bruxelas (e o CDS não tem voz para se opor). Não é um problema que Paulo Portas não possa resolver. Procurando fazer crescer o CDS à custa do Estado, o chefe do «partido unipessoal» prepara-se para o arrumar numa dessas sinecuras que tem à mão.
Miguel Abrantes

A manifestação dos agentes da autoridade, por um lado, e os outros agentes da autoridade de serviço nas cercanias do parlamento a resistirem a exceder a proporcionalidade na contenção dos primeiros, por outro, revelaram o "estado da arte". As "elites" partidárias, no recreio, discutem dálmatas e o fantasma de Salazar (apesar de o fradinho do Vimieiro, com todos os seus defeitos, não ser comparável com estes emplastros) nos prolegómenos apeixeirados das "europeias". Batemos no fundo.
João Gonçalves

Ficou provado o quão desnecessárias e gratuitas foram as cargas policiais dos ultimos anos em manifestações no mesmo sítio. Afinal existem, como sempre me pareceu evidente, formas de contenção que não passam por varridelas a eito, basta ter, e uso palavras de um dos responsáveis policiais de ontem, "flexibilidade necessária".
Shyznogud

Leio nos jornais que Paulo Rangel, o candidato das ideias portáteis, explora contradições entre Assis e Seguro. Comporta-se como uma coscuvilheira que, em vez de olhar para dentro de casa, e ver as contradições entre Portas e Passos Coelho, anda na má-língua a desancar na vizinhança. Com Paulo Rangel a campanha não vai passar disto: mão na anca, faca na liga, coscuvilhice e má-língua. Ideias zero.
Tomás Vasques
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.087/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXVI ]

Catatau
Catatau - em cada 7/3 faz-se sempre Sol - Portugal
LNT
[0.086/2014]

terça-feira, 4 de março de 2014

Esta Europa de merda

Caneca EuropaO que esperar de um espaço “comandado” (estou a rir) por um tipo que fugiu, no meio do desempenho do mandato que o povo do seu País lhe atribuiu, para se empoleirar e engordar, como pau-mandado, no topo da hierarquia burocrata de Bruxelas?

Diria que nada, mas se o dissesse faria o jogo que os cérebros da coisa gostariam que eu fizesse.

O que se espera, e pelos vistos se aceita com um sorriso de bom aluno idiota, é que esse espaço, designado por União Europeia, seja uma mercado de gado onde o Norte pastoreia e o Sul pasta para ganhar corpo e alimentar o pastor.

Os conceitos iniciais não eram estes porque na sua génese:
Bom Aluno–era característica de quem estudava, cumpria os objectivos e atingia exemplarmente as metas (e não o aluno medíocre que se limita a obedecer e a bajular os mestres); e
União Europeia–era significado de desenvolvimento solidário e coeso dos povos desse espaço (e não um mercado comum onde os mais ricos ordenam numa bolsa de mão-de-obra barata formada na periferia e mantida na miséria, disponível para o que der e vier).

Ao sul mediterrâneo em que só por desleixo Portugal, sendo uma Nação atlântica, se inclui, exigiu-se a estagnação produtiva e o correspondente desemprego para garantir reserva territorial de lazer e o fornecimento de “brancos preparados” para suprir as necessidades demográficas do norte luterano assustado com as invasões que as ex-colónias europeias produziram neste inicio de século (e já no final do século passado).

A Europa de hoje transformou-se num continente de merda onde os recrutadores garantem que a sua prosperidade reside na colocação de esbirros obedientes e comportados que lhes assegurem contingentes de carne-para-canhão.
LNT
[0.084/2014]

União de Tomar–100 Anos de História

União de Tomar - Leonel VicenteNestes tempos de crise é habitual a tese do “Nós e do Eles”. O “Nós” somos os de cá, os que entendemos que pouco ou nada podemos fazer e o “Eles” são os que estão para lá do “Nós”, os que têm obrigação e à-vontade para tudo fazer, fazendo só o que entendem, porque o “Nós” assim os deixa fazer.

O Leonel Vicente, conhecido de quem navega nas vagas da Net pela atenção com que sistematiza os mais diversos assuntos, atirou-se de alma e coração ao levantamento de História do União de Tomar, aproveitando o centenário que se comemora este ano.

Ainda não li o que compilou, porque isso está feito num calhamaço que precisa de apoio para entrar na tipografia, mas conhecendo o trabalho do Leonel posso assegurar que se trata de qualidade. Essa qualidade é já reconhecida no prefácio da autoria de Vítor Serpa (director de “a Bola”), do qual deixo um curto extracto:
"Foi por estes anos, aliás, que o União de Tomar voltou a surpreender o país e todos os seus adeptos de futebol, com a contratação de Eusébio – a maior glória do futebol português, bandeira, então, mal resguardada do Benfica – e de Simões, outra figura enorme da história do futebol nacional.

Leonel Vicente não descreve estes tempos de natural euforia, e que se saldou por um aumento significativo de associados e de assistências aos jogos do União, com qualquer espécie de empolgamento ficcionista. Mantém o rigor histórico e a verdade factual.

Conta-nos como Eusébio tinha assinado um contrato muito peculiar que apenas o vincularia ao clube entre os meses de novembro e abril, para depois poder partir para os Estados Unidos, onde teria contratos imperdíveis. Por isso o “rei”, então com 35 anos de idade e a jogar quase sempre a meio campo, longe das balizas que tanto o seduziram e lhe deram fama mundial, passava apenas uns dias (de quinta feira a domingo) na cidade. Tal como António Simões, que chegou a não jogar um desafio oficial por ter tido trabalhos até de madrugada na Assembleia da República. É evidente que, em tais condições, difícil seria esperar grande resultado desportivo e assinaláveis exibições dos dois «velhos» ídolos."
Prefácio de Vítor Serpa
no livro do Centenário do União de Tomar
da autoria de Leonel Vicente
O que é que o “Nós” pode fazer nestes tempos de crise em que o “Eles” entende que tudo o que é cultura e História é supérfluo?

Podemos apoiar a publicação de um trabalho exaustivo que relata a vida de uma associação centenária e deixa um registo importante do interior desta Nação a caminho da periferia desvalorizada da Nação Europeia.

Os contactos do Leonel Vicente são conhecidos, tanto no Blog Memória Virtual, como no Blog do União de Tomar, como no Facebook e no Twitter.

Ajudar a fazer com que esta obra veja a luz do dia é parte do muito que compete ao “Nós”. Os nossos filhos e netos hão-de agradecer. O União de Tomar e o Leonel Vicente, também.
LNT
[0.083/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXIV ]

Tomar
Ponte Velha - Tomar - Portugal
LNT
[0.082/2014]

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os colchões em que nos fazem deitar

Ponte para o nadaAndava às voltas para tentar explicar a porcaria que por aí se vai fazendo em termos de empurrões de lixo para o fazer reciclar pelas “gerações futuras” (expressão de voga, enfim...) quando dei de frente com esta coisa escrita por Soromenho Marques:
"Como é que designaríamos o comportamento de um cidadão que, incapaz de honrar um crédito pessoal a uma taxa de 3,35%, prestes a atingir a maturidade, contraísse um novo empréstimo a uma taxa de 5,11% para pagar o primeiro ("troca de dívida")? Sem dúvida, tratar-se-ia de um comportamento pouco recomendável. E como seria classificado esse comportamento se o cidadão em causa utilizasse parte do novo empréstimo (de 11-02-2014) para antecipar, parcialmente, o pagamento em 19,5 meses do primeiro empréstimo, pagando 102,89 euros por cada 100 euros de dívida ("recompra")? Seria, certamente, uma atitude temerária, pois aumenta a despesa com juros para apenas empurrar a dívida para o futuro."
Poderia ficar por aqui encerrando com um “nada mais há a dizer”. Mas há.

Ora leiam o resto desta Almofoda de Pedra.
LNT
[0.081/2014]

5 - Blogoditos - 5 [ XIII ]

Blogs
se eu já mergulhei ali num tempo em que os esgotos eram despejados no rio e haviam mais cagalhões do que mujos, e se fui capaz de mergulhar no meio deles para tentar ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, então sou capaz de me atirar de cabeça para qualquer merda só para chegar a Presidente da República.
o Jumento

Mãe no mimo "ó Rodrigo, tu és tão giro. Quem me dera ser uma miúda de 2003. Olha que não me escapavas". E ele todo derretido "ó mãe eu é que gostava de ser, eu é que gostava de ser de...de...mil novecentos e tal".
E é assim que uma pessoa se fica a sentir do século passado.
Francisca Prieto

Que Estaline tenha, numa só noite [!], deportado para a Ásia Central toda a população tártara da Ucrânia acusada de colaboracionismo com os alemães, não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que a Crimeia, uma república autónoma, tenha sido transformada por Estaline numa simples região e, posteriormente, integrada na Ucrânia durante o reinado de Khrushchov não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que o PCP, com mais ou menos descaramento e falta de pudor, tenha ido desenterrar Estaline de dentro do buraco para onde Álvaro Cunhal o tinha banido, cada qual que tire as suas conclusões.
A mim preocupa-me mais, muito mais, aquilo que o PCP não condena.
José Simões

Bom, acho que já me fiz entender. Agora, como as negativas não podem por definição ser provadas, não podemos afirmar que com um governo "de esquerda" que nos governasse "desde sempre", e fora do tal Bloco central, estes indicadores não estariam todos muito melhores. Mas como membro de um dos partidos que nos governa desde 1974 posso dizer: estes são os nossos resultados. Tens para a troca?
Vega9000

Estamos muito muito muito, mas muito muito muito melhor.
Estamos todos muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Estamos mesmo tão tão tão melhor, que nem percebemos quão tanto tanto tanto melhor estamos.
Muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Sofia Loureiro das Santos
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.080/2014]

Bom dia

CoelhoE, passada uma semana, digam lá:

Está melhor, ou está pior?
LNT
[0.079/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXIII ]

Praia Marinha
Praia da Marinha - Algarve - Portugal
LNT
[0.078/2014]

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Gregos e portugueses

Águia

Seremos melhores. Vamos a isto!
LNT
[0.077/2014]

O Poder látex

PerservativosVolto ao tema que considero um dos mais graves atentados à continuação de Portugal. O decréscimo da natalidade.

Quando Passos Coelho anunciou, como bandeira, que iria constituir um grupo de estudo para estudar o estudo que um grupo de estudo já tinha feito sobre "n" estudos anteriores, veio ensaiar mais uma das suas habituais rábulas.

Ele sabe que o seu governo látex funciona como a camisinha que evita os meninos porque, para que eles sejam concebidos, têm de ter condições de viabilidade asseguradas.

Dantes, "no tempo da outra senhora", era mais fácil.

Fazer crianças nessa altura, era encarado como a construção de uma bolsa de mão-de-obra desqualificada barata e para se conseguir atingir o objectivo bastava uma côdea de pão barrada com muito analfabetismo e ignorância.

Isto de ter uma percentagem elevada de população instruída é uma grande chatice, principalmente se essa população ganha a consciência de que fazer crianças implica ter de lhes dar de comer e de vestir e garantir estudos e cuidados de saúde. Implica esperança no País, no trabalho e na qualidade de vida futura.

Ao anular todas estas condições, o governo látex funciona justamente como funcionam os preservativos, distinguindo-se deles por não ter associada a função de inibidor de doenças sexualmente transmissíveis e dificultar o prazer por falta de lubrificação.
LNT
[0.076/2014]