Primeiro foi o medo (antes das eleições). Depois dos gregos votarem foram as ameaças. Agora é a teoria de que, se os helénicos forem devidamente punidos por terem vontade de mudar contra os ditames dos “democratas” que se julgam os donos das democracias, isso será uma vacina para todos os que estão a pensar comportar-se como gregos.
Quando Coelho diz que Portugal não é a Grécia, com aquele sorrisinho infantilizado com que julga poder dar lições ao Mundo por considerar a mudança como “um conto de crianças”, esquece-se que a frase tem muito de verdade, embora a verdade não seja aquela que ele pensa ser.
A Grécia não é Portugal porque não tem o território no cu do Mundo, porque faz fronteiras tampão com vários “mundos”, porque não só tem água a molhar-lhe os pés, como Portugal, como tem também fortes possibilidades de ter por baixo dessas águas um mar de matérias-primas.
Portugal não é a Grécia porque, para a NATO, os Açores são uma bomba de gasolina ao passo que as bases situadas na Grécia podem ser bombas relógio.
É por isso e por muitas outras coisas que diferenciam a Grécia de Portugal, entre outras a dos gregos não serem mansos como os portugueses e dos detentores do poder na Grécia não serem uns pau-mandado da bota alemã, que a historieta da “vacina” só muito dificilmente se poderá vir a aplicar uma vez que, quem sabe destas coisas, sabe também que as vacinas mal manipuladas correm o risco de se transformarem em foco de pandemia.
LNT
[0.050/2015]