Dentro do conceito de liberdade, um dos segmentos que mais estimo é o que respeita à liberdade de imprensa. Neste em especial, porque forma opinião, o seu exercício tem de ser enquadrado na responsabilidade, na ética e na isenção e seguir a deontologia estabelecida.
Não é pelo facto, ou não deveria ser, das notícias estarem sujas de tinta das rotativas que os jornalistas podem esquecer os princípios e os códigos de referência que os norteiam.
Vem isto a talhe de foice para recordar um acontecimento,
já requentado, que se deixou maturar na esperança de o ver relatado, mas que a classe envolveu em
blackout total.
O bate-papo esgrimido na passada semana entre
Manuela Moura Guedes e
Marinho Pinto não foi relatado nem analisado na comunicação social e não fosse a W2 com as suas funcionalidades,
You Tube, redes sociais e
blogs, teria morrido ali mesmo. A estação encerrou-o nas catacumbas da
TVI, não o deu ao prelo nem ao formato electrónico e o silêncio absurdo tratou-o como se nunca tivesse acontecido.
Tivesse Marinho Pinto dito o que disse a outro interlocutor advogado, político, informático ou médico, as primeiras páginas não perdoavam e as colunas de opinião publicada não refeririam outra coisa. Como a questão se passou com uma jornalista nada sobrou.
Afinal há corporações onde a auto-censura se revela e se esquece o mesmo dever de informar sempre evocado em casos semelhantes, desde que com outros actores.
George Orwell continua actual.
LNT[0.411/2009]