domingo, 1 de maio de 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Era uma vez...

Casamento real


Mr. Luis Barber’s Shop
by appointment of Prince of Whales


E prontus.

Feita a cobertura no FaceBook da última estória das meninas boas das famílias más e dos meninos maus das famílias boas, passemos aos croquetes.

Entretanto observo que por cá se continuam a discutir peanuts, um entretém até que a éfe é é éfe nos trate da saúde.
LNT
[0.147/2011]

Lugar distinto

Whales
Mr. Luis Barber’s Shop
by Appointment Prince of Whales

Hoje a transmitir em directo da Beef’s Abadia
LNT
[0.146/2011]

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Força, passarão

Águia



LNT
[0.145/2011]

Islandiarizar, se for preciso

Gil Teixeira Lopes
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Álvaro de Campos
Não sou daqueles que defendem que precisamos de mudar de regime. Acredito na democracia como regime e bater-me-ei, sempre, para que esse seja o regime português.

Sou daqueles que defendem que precisamos de mudar de democracia. Sou também daqueles que defendem que, se os Partidos que formam esta democracia insistirem em produzir os bonecos que nos oferecem para ir a votos, vai ser necessário islandiarizar a classe política, os actuais Partidos e os mecanismos democráticos.

Sou daqueles que defendem que só é possível mudar se nos deixarmos do "eles" e do "nós" para passarmos a ser o "todos nós, Nação" com cidadãos participativos, envolvidos na busca de soluções e no repúdio ao determinismo e ao imobilismo.

Sou daqueles que defendem que a arma está no voto e que, quando entender que esse voto é inútil por não me rever em quê e em quem votar, saberei participar na construção de alternativas.

Sou daqueles que não votam em Sócrates, mas sim no Partido Socialista (e até tenho a sorte de votar em Eduardo Ferro Rodrigues que é o cabeça de lista do meu distrito) mas que entendem que compete aos Partidos políticos elegerem os seus dirigentes e que não é regra da democracia negar negociações de regime tendo como argumento os titulares que lideram os Partidos democráticos.

Sou daqueles que se estão nas tintas para os juros que os especuladores dos mercados fixam porque acredito que temos de ser capazes de trabalhar e produzir de forma a evitar pedir dinheiro para pagar a nossa preguiça e o nosso deslumbramento consumista.

Sou daqueles que combatem o subsidio para não-produzir e que não vivem da semente subsidiada para produzir o subsídio na não-colheita.

Sou daqueles que não acreditam nos bruxos que já disseram tudo e o seu contrário e que por isso têm sempre razão embora, quando foram chamados a apresentar e implementar soluções, tenham sido tão ineficazes e incapazes como todos os outros que criticam.

Sou daqueles que se recusam a olhar para os outros sem primeiro olhar para mim.
LNT
[0.144/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXC ]

Mário Novaes - Mocho
Mocho - Mário Novaes - Algueirão - Portugal
LNT
[0.143/2011]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sarjeta

SarjetaMuitas vezes abro o editor desta traquitana para deixar uma nota e, não poucas, fico com o amargo de pensar na sua inutilidade. Há centenas, milhares de blogs, de articulistas, de comentadores que dizem e escrevem o mesmo, alguns com a sorte de serem menos lidos.

Ainda assim não resisto a deixar escritos como este que admiravelmente continuam a ser lidos por centenas, coisa que assusta e que, em dias como o de hoje, despertam o sussurro: Não escrevas, não publiques, apaga, apaga, mata, mata.

Depressão, dispersão, desilusão, disfunção, ou a angústia de só ter angústia para transmitir, neste marasmo que já não traz medo nem respeito.

Deve ser o que se sente no cadafalso, ou o que sentirá um povo a aguardar que meia dúzia de contabilistas revejam o caderno dos calotes feitos em seu nome, mesmo que deles não tenha tirado proveito, para sacarem do chicote e a cada vergastada acrescentem que ainda faltam muitas mais.

Até poderia ser profiláxico não se soubesse que a morte é o fim da tormenta.
LNT
[0.142/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCLXXXIX ]

Camaleão
Camaleão - Altura - Algarve - Portugal
LNT
[0.141/2011]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quatro discursos - quatro

Pavilhão do Presidente da RepúblicaFartinhos das formatações do fala-fala os portugueses tiveram oportunidade de poder seguir um modelo que evocou o vinte-e-cinco-de-abril pela voz dos quatro presidentes eleitos pela república democrática, uma iniciativa de bom gosto do actual Presidente da República.

Sinal dos tempos, falaram os eleitos que não estão sujeitos à disciplina partidária, por terem sido eleitos como cidadãos e não como partidos, e deram a sua perspectiva dos caminhos diversos que nos trouxeram até aqui, sendo que o aqui é um salto imenso no desenvolvimento que, se não se fez sentir nos custos dos últimos trinta e sete anos, se vai fazer agora, altura em que nos apresentaram a conta para o pagar.

Foi um passeio interessante que deu o quadro perfeito dos caminhos trilhados e que deixou um registo de antologia para se entender o ferrete com que estes quatro homens marcaram a Pátria.

Retirando-lhes a carga política, diria que o discurso de Eanes foi o do filósofo-militar denso, complexo e complicado, a descair para o salamaleque, o de Soares foi o do político-partidário na mesma concepção do "eu" e do passa-culpas de sempre, o de Sampaio foi o do homem-da-rua que sente na pele os maus gestores que tem, os políticos medíocres que elege, a Europa dos egoísmos e da sua própria ideia de direitos adquiridos sem obrigações e, finalmente, o de Cavaco foi o do académico-economista com a costumeira mão cheia de nada.

A História tratará de os qualificar. Para já fica a constatação de que só Sampaio soube estar à altura e que, por muito que a História da Revolução se deva a Eanes, a da Europa se deva a Soares e a do esbanjamento e da engenharia-financeira se deva a Cavaco, a da lucidez se ficou a dever ao Presidente que, embora tenha cometido o erro de fazer de um gigolô, Primeiro-Ministro, foi o único que se confundiu com o povo que o elegeu.
LNT
[0.140/2011]