quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Negacionismos

Fuga EgiptoAgora que sabemos que a vaca e o burro não poderiam ter estado no Presépio porque não havia animais naquela zona, segundo o alemão sucessor de Pedro (estes alemães só nos dão desgostos), ficamos todos na dúvida se a fuga para o Egipto se terá processado de metropolitano ou de machibombo caindo por terra a efabulação da imagem ao lado, da autoria de um outro alemão, Edwin Longsden Long.

Como se não bastasse Merkel para nos azucrinar apregoando que teremos de viver sem as tradições adquiridas nos últimos trinta e poucos anos, Ratzinger vem destruir as nossas tradições milenares frustrando todas as gerações que, perto do Natal, juntavam os mais novos para fazerem o presépio e explicar que o Menino nas palhinhas deitado se tinha safado do frio devido ao bafo das bestas.

Só falta agora que, baseado na tal teoria alemã da negação, também se venha a saber da inexistência das ovelhas e dos pastores e de que a estrela não teria passado de um míssil disparado pelo Hamas .
LNT
[0.594/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXXIV ]

Marina de Albufeira
Marina - Albufeira - Algarve - Portugal
LNT
[0.593/2012]

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sem pingo de vergonha

Governo na galhofa
"É uma alteração com um impacto social enorme, que abrange uma boa parte das 15 mil crianças que recebem este apoio do Estado"
Associado a esta medida escondida num rectificativo para ver se passa sem que se dê por isso, anda ainda mais um jackpot atribuído a Jardim para a continuação do regabofe.

O PS só pode votar contra este orçamento rectificativo e o PSD e o CDS, que quebraram todos os entendimentos que havia na sociedade portuguesa, vêm agora acusar o PS de ruptura.

Sem pinga de vergonha na cara, atiram-se ao orçamento europeu para encherem os noticiários, não porque o orçamento comunitário os incomode muito, mas porque é necessário distrair.

Estamos perante umas bisarmas colossais.
LNT
[0.592/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXXIII ]

Cartaz CDS
Cartaz CDS/PP - Desemprego à vista - tempos passados - Portugal
LNT
[0.591/2012]

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Vamos a eles

Águia
LNT
[0.590/2012]

Uma viagem de Metro atribulada


Uma viagem atribulada, no Metro de Lisboa, na companhia do meu amigo, camarada e benfiquista José Reis Santos que aproveitou para trocar o seu cachecol com um cachecol do jogo de hoje que estava pendurado no pescoço de um escocês.

Gente bem disposta. Agora só falta o Benfas ganhar.
LNT
[0.589/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXXII ]

Andorra
Andorra
LNT
[0.588/2012]

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Governo está de parabéns

Colaboradora OscarJá estamos na reta final para subida a plenário, para aprovação final, do Orçamento do Estado para 2013. A sentença de morte da classe média está decretada.

O cumprimento da meta do empobrecimento apresentada há mais de um ano por este governo vai ser concretizado.

O objectivo de ir além da troica custe o que custar, está cumprido.


Em termos de avaliação nada há a dizer deste Governo. Quem cumpre os objectivos e as metas propostas merece boa classificação. Não se percebe do que se queixam os portugueses.

É verdade que o défice continua a aumentar, que a despesa também, que o desemprego também, que a injustiça social e a desigualdade também mas isso são tudo alíneas para se atingir o sucesso da política de empobrecimento em curso (PEC).

A mínima classificação possível da avaliação de desempenho deste Governo é de excelente –relevante.

Quem superiormente lhe aprovou os objectivos e planeou as actividades está de parabéns por ter tanta ambição. O Governo também, por ter cumprido com zelo e determinação as missões que lhe foram confiadas.
LNT
[0.587/2012]

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Técnicas de comunicação

Bicho
O Governo vai passar a sobretaxa de IRS de 4 para 3,5%.

As televisões não param de difundir a vitória e de falar em redução. Os distraídos aplaudem.

Os contribuintes continuam ***arggg...!!!++++**** e agradecidos.

Ámen
LNT
[0.585/2012]

O valor das palavras

Atentos
Falamos muitas vezes sem nos percebermos, porque usamos palavras que, tendo um significado comum, exprimem coisas diferentes consoante a experiência de quem as pronuncia.

Por exemplo, as palavras liberdade e democracia para mim exprimem luta e conquista e para quem sempre assim viveu exprimem direito.

Estas variações explicam muito do que anda por aí, principalmente num tempo em que os direitos de hoje podem ser coisa nenhuma amanhã.
LNT
[0.584/2012]

A nossa própria circunstância

Brevet FAPPara fazer concorrência à Joana Lopes, que de vez em quando nos brinda com peças de memória, aqui disponibilizo aos colecionadores o discurso do primeiro Juramento de Bandeira feito em Portugal depois do Vinte e Cinco de Abril.

Foi proferido no dia 1974.05.14 na Base Aérea nº1 aquando do Juramento de Bandeira dos alunos-piloto do Curso P1/74 (ao qual tive a honra de pertencer), pelo então Alferes Miliciano António Ferreira Pinto.
Camaradas recrutas,

Coube-me a honra e a responsabilidade de ser indicado para escrever e ler algumas palavras a vós destinadas, nesta cerimónia do vosso Juramento de Bandeira, coincidente com o Dia da Unidade; e, aquilo que poderia, a priori, ser como tácita aceitação de uma disposição superior, não o foi, na realidade, pela simples razão de que este ano, houve um 25 de Abril.

Já é do conhecimento geral os acontecimentos memoráveis desse dia, - de cuja extensão não temos ainda a noção exacta – em que um punhado de capitães desceu à rua, deu as mãos ao Povo e resolveu pôr cobro ao governo fascista, colonialista de Salazar e Caetano que, com mais ou menos repressões, com mais ou menos sorrisos demagógicos, com mais ou menos reformas revisionistas ia aniquilando o País, ia tornando Portugal numa Nação indesejável à luz do mundo, fazendo dele um dos recantos mais miseráveis do globo terrestre, para gáudio e enriquecimento de uma minoria, postada na exploração do próprio povo.

Terminou o fascismo e, graças ao Movimento das Forças Armadas / Povo, de imediato se lançaram as primeiras pedras na reconstrução de uma nação verdadeiramente livre, com respeito e defesa das liberdades individuais, sustentáculo inequívoco de um jogo em que as regras se resumem a FÓRMULAS DEMOCRÁTICAS DE EXISTÊNCIA.

Eis porque se tornou possível eu escrever, e mais ler, aqui, numa Unidade Militar de Portugal, qualquer coisa como isto que vos escrevi e estou lendo e que, ainda há bem pouco, me faria quase hesitar em pensá-lo. Ainda me lembro, sem saudade como é evidente, do discurso que há três meses o Alf. Magalhães proferiu, aqui, neste mesmo local, e das dificuldades por ele tidas, em escrever algo que não ferisse as “susceptibilidades governamentais”, nem colidisse com o seu esquema ideológico.

Por isso, e pelo facto de esta ser (creio eu) a primeira cerimónia de Juramento de Bandeira deste país de Abril, deste Portugal resgatado, desta Nação ressuscitada, eu reafirmo da honra e igualmente da responsabilidade maior que a liberdade de expressão me aufere, na designação desta missão, cujas linhas vos dedico.

Ao fazê-lo, o meu pensamento vai primeiramente para todos aqueles que sofreram na carne, a irracionalidade do governo de Salazar e Caetano, para os presos políticos que no Tarrafal, em Caxias, em Peniche foram expostos aos maiores vexames e torturas, jamais possíveis e passíveis de serem idealizados no mundo actual. E quantos sucumbiram às mãos dos algozes...

Vai, do mesmo modo, para o Povo que durante meio século foi sistematicamente explorado e espoliado dos seus haveres e da justiça; desse povo enlutado que tudo deu sem nada receber.

Não esqueço, ainda, os corajosos filhos da Pátria que se recusaram a alimentar, a colaborar com o fascismo, e no estrangeiro buscaram melhor vida, já que neste canto só encontravam o lento caminhar para uma morte inútil, a fome, a miséria, a injustiça, a corrupção, em contraste flagrante com as benesses concedidas a meia dúzia de monopólios.

Um desses exilados, o extraordinário Manuel Alegre, a personificação incontestada da Voz da Liberdade, gritava lancinante lá de longe:

Não mais Alcácer Quibir
É preciso voltar a ter uma raiz
Um chão para lavrar
Um chão para florir
É preciso um País
Não mais navios a partir
Para o país da ausência.
É Preciso voltar ao ponto de partida
É preciso ficar e descobrir
A pátria onde foi traída
Não só a independência
Mas a vida.

O Tempo é de esperança, e mais de certeza. Já temos um País, com chão para lavrar, para florir; é preciso voltar ao ponto de partida!

Temos homens capazes de o cultivar, de o construir, de o engrandecer, de o amar... é preciso inventar o amor nesta terra que já foi de ódio.

E ao ver-vos diante de mim, de armas na mão, eu vejo, como dizia o poeta, o povo em armas. É preciso não vos esquecerdes que a vossa responsabilidade está em assegurar a paz, defender as liberdades individuais tal como o afirmam os princípios do movimento das Forças Armadas de 25 de Abril.

Da união do Povo com as Forças Armadas dependerá o bem-estar social, a alegria de viver, a paz de Portugal.

No Povo sempre esteve e estará a razão de ser de um País.

Com uma farda vestida, um fato de macaco, uma batina, de qualquer modo que vos apresentardes, cabe-vos a responsabilidade e o dever de defesa total dos interesses da Nação.

Pela primeira vez neste País, o Juramento de Bandeira toma o significado e a projecção de uma defesa popular e verdadeiramente nacional.

Vós sois "os homens capazes duma flor, onde as flores não nascem", como dizia também o Manuel Alegre.

É forçoso que construamos, dentro da nossa especificidade, um País novo, o País de Abril, onde os homens estejam – como referia Paul Valéry – "prontos a enfrentar coisas que nunca existiram".

Sede dignos, igualmente das fardas que em 25 de Abril, de mangas arregaçadas, empunhando a raiva e o desejo de gritar bem alto BASTA, puseram fim ao governo cruel de Caetano, continuador do despotismo santacombadense.

Sede dignos desses homens e ajudai o País a aprender a soletrar palavras como LIBERDADE e AMOR.

Pilotos recrutas do curso P1/74 que os vossos aviões, e os conhecimentos aqui obtidos vos sirvam para estreitar as distâncias, na tal "Viagem do Homem para o Homem".
A todos Boa Viajem!
LNT
[0.583/2012]

Será um problema de aritmética?

MáscarasTambém neste caso se confirma que há um défice grave de conhecimentos matemáticos no Governo. Neste caso um problema aritmético (vou deixar de dizer que esta gente é mentirosa compulsiva porque estou farto de ser acusado de ter mau feitio).

O nosso Ministro da Educação tem de rever os currículos aritméticos, pelo menos nos cursos por equivalência, para que não se possa continuar a afirmar oficialmente que 233=1454.

Afinal a Crise, como se suspeitava, quando nasce não é para todos.

1454 excepções aos cortes de subsídio de férias, o que equivale quase a 1/3 da rapaziada nomeada por este Governo, tende a fazer regra da excepção.

Como poderiam eles acertar no resto das contas?
LNT
[0.582/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXX ]

Montemor
Montemor - Alentejo - Portugal
LNT
[0.581/2012]