quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
[0.996/2008]
Crise - dia sim, dia não
E de repente, não mais que de repente (citando Vinícios) eis que o nosso Primeiro acorda e inverte o discurso do Oásis para a converseta da Tanga.
Temos sorte de ser portugueses. Temos sorte de ter o Primeiro mais chique do Mundo e de ter um clima ameno onde até o nevoeiro é sinal de esperança.
Os Americanos, por exemplo, não têm esse ensejo. Desde o começo que estão a ser avisados do que aí vem, o que lhes tem permitido tomar as devidas previdências.
Por cá, a gasolina mais barata, o crédito a rodos e o optimismo da abundância continua a pôr os motores em marcha, os cartões de plástico ao rubro e a inconsciência em níveis elevados.
Quem está convencido que os créditos individuais mal parados vão ter a mesma cobertura de protecção estatal que tiveram os desmandos de quem manda nos políticos, pode desiludir-se. O dinheiro que não havia mas que agora, por milagre, se encontra debaixo de todas as pedras vai rarear e quem continuar a viver por conta irá ficar entalado.
Para disfarçar anda meio-mundo a alimentar distracções sobre a inutilidade de grande parte dos nossos deputados (de vez em quando descobre-se a pólvora) e outro meio a discutir a dignidade ferida do Presidente ou a importância do CDS e já aparece Soares a dizer que é tempo de se deixar de políticas e tratar do que interessa, receita já por ele ensaiada anteriormente para manter o rebanho ordeiro.
Aguardemos o próximo "mas também" do nosso Primeiro.
LNT
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
tosquia-os, Barbeiro! :)
muito lúcido, Luís.
Cara MC,
começa a ser difícil tanto comer e calar.
Pelo menos resta-nos a palavra e o pensamento.
Um abraço
isso mesmo LNT.
Serra ... neles.
Enviar um comentário