terça-feira, 9 de dezembro de 2008
[0.981/2008]
Persistências
Aqui, no décimo-sexto piso sobre Lisboa, tenho uma companhia na varanda dos fumos.
Já pensei dar-lhe nome mas a amizade ainda não chega a tanto e ela recusa-me confiança suficiente. É esperta, recatada e pretende passar desapercebida para que a senhora que limpa os cantos da varanda não lhe trate da vida.
Persistente, esta minha companheira das fumaças do décimo-sexto piso (como será que aqui veio parar?) refaz teia após teia sempre que lhe desmancham a armadilha anterior.
Já dei por mim a trazer-lhe uma mosca, uma formiga de asa e só nessa altura revelou o esconderijo onde vive, na pressa de embrulhar os presentes.
Gosto de animais assim, mesmo odiando aranhas.
LNT
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3 comentários:
é quase amor...:)))
é pelo menos o início de uma bela amizade.
(também não aprecio aracnídeos)
Que cumplicidade!!! Mas não se esqueça que uma Aranha é sinal de dinheiro fresco... Mantenha-a bem viva... Até sempre
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