segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Olhe que sim

MagritteTenho para mim que os debates políticos não se ganham nem se perdem. Julgo mesmo que esta classificação só resulta do amorfismo em que a ideologia se perdeu.

Os debates fazem-se com ideias diferentes e o que se pretende com eles, ou deveria pretender, é a passagem da mensagem política com que cada um dos actores justifica e explica as suas opções para resolução dos problemas, caso venha a ser escolhido pelo voto.

Basta que se escutem os "fiéis" para entender que o conceito de vencedor ou perdedor está intimamente ligado aos que se revêem no que cada um significa. Claro que em termos de espectáculo se podem reconhecer os melhores actores mas reduzir a política a isto é matar a política e dar razão aos abstencionistas que entendem ser tudo uma questão de formato sem consequências na sua vida futura.
LNT
[0.578/2009]

4 comentários:

maloud disse...

Pois é, mas há um grande actor que desta vez não é candidato ao Óscar. Esqueceu-se de estudar o papel.

Daniel Santos disse...

Muitos olha para para um debate como para o seu clube de futebol a jogar.

Anónimo disse...

Boa tarde senhor Luís,
De facto não o posso contradizer no que respeita ao amorfismo que se vive na esfera política. Mas permita-me senhor Luís, afirmar que os nossos compatriotas, na generalidade, também não se livram de toda a responsabilidade uma vez que o desinteresse é comum. Se por um lado é verdade que a qualidade da política praticada neste país não merece grande crédito, não é menos verdade que a reacção com o cliché: “são todos iguais, todos uns mamões” mostra o desinteresse e até a ignorância sobre o assunto por parte de muita gente. É certo que esta atitude deixa descredibilizada a classe política que por sua vez, na verdade também será menos eficaz e torna concreto o seu estado moribundo. É preciso que mais pessoas, de todas as classes, se inteiram dos assuntos políticos para que saibam aquilo que por cá se faz e deixem de avaliar as situações com clichés e sirvam de consumidores de análises empenhadas em decidir se um debate é ganho ou perdido como se de um desporto de apostas se tratasse. A política é o instrumento que o povo tem para governar porque pode dar a força á alternativa que lhe é favorável dentro daquelas que se expõe nos debates. Não vejo a abstenção como uma alternativa já que mostra o desinteresse por aquilo que obriga qualquer cidadão a interessar-se sob pena de consentir inconscientemente a monarquia.

Como grande apreciador do seu blog deixo-lhe o meu incentivo para que continue, muitos cumprimentos,

Tiago

Anónimo disse...

A elite dos intelectuais inteligentes e honestos deste país, são um lixo, cobardes, anestesiados, subjogados.

http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo