Terminado o prazo de concurso publicam-se os últimos sete concorrentes admitidos ao magnífico concurso de Natal desta Barbearia em 2009 – Burros de Presépio.
Ao júri competirá agora a dificílima tarefa de avaliar os concorrentes, classificando-os segundo critérios que só o júri conhece, refugiando-se longe de quaisquer tentativas de manipulação.
A sala onde o júri se encontra é um compartimento secreto da barbearia à prova de escuta e felizmente longe do segredo de justiça.
Eis os sete últimos magníficos:
Da nossa comentadora, Lady FatBot, exímia mestra de inglês e mãe de crianças de muito alimento, recebemos um very british donkey que parece questionar-se sobre o valor da escrita alternativa em tempo de crise.
Os English donkyes são enigmáticos, como se sabe, mas este é-o especialmente por pretender ser um Christmas Nativity donkey o que deixa dúvidas apesar de bom porte, ar de Lord, orelhas atentas e dentadura irrepreensível. Como, a burro dado não se olha o dente, o júri admitiu-o a concurso.
Será mais um caso sério a considerar.
O caso da concorrente Helena Araújo, do 2 Dedos de Conversa, é um assunto sério, ou não fosse coisa da terra de Merkel. O animal em concurso é de sangue, digo, porcelana azul. Fala francês e tal como a sua dona foi exportado para terras distantes onde nem o português, nem o francês são idioma. Imagina-se que o exemplar esteja em estábulo higienicamente impecável rodeado de soluções de álcool-gel para desinfectar as mãos ao primeiro espirro.
Pedigree Robert Canut, lou santonejaire, meilleur ouvrier de France, antecedido por duas amostras extra-concurso, este exemplar bate-se com azémolas mais rafeiras mas mais aptas a bafejarem as palhinhas onde a figura principal repousa sob o olhar atento dos progenitores que aguardam que a estrelinha se apague e os Reis Magos tragam as prendas de incenso, mirra e ouro. Veremos como se sai a azémola.
O Fadista é um jerico que nos foi enviado, por email, por Francisco Teixeira.
Trata-se de um animal de Buenos Aires, um burro de presépio tanguista que aparenta demasiada genica para quem se deve deitar sossegadamente numa manjedoura a aquecer os pezinhos de um recém-nascido.
Possivelmente é teólogo da libertação, o que não sendo mau, promete alguma controvérsia dois milénios após o evento em que foi chamado a participar.
É um belo animal e ficou admitido com o agradecimento ao seu representante.
Ora aqui está um animal capaz de ganhar o primeiro prémio em qualquer concurso de presépios.
O auto-retrato do pintor Balikó travestido de asno de presépio merece exposição pública e já que não lhe erigem uma estátua pelas teorias anarco-matemáticas no modelo pós-socrático, pelo menos que o deixem dormir nas palhinhas, para que cumpra a sua função.
Um concorrente destes nunca se despreza e, jerico por jerico, antes este que é húngaro-teimoso, mas esperto, a outros que têm a mania que são espertos e não passam de uns burros. Mesmo que não ganhe, já é o vencedor.
Entrou neste estábulo, pela mão de Sophia, do Dona Redonda e Dona Maluka, um belíssimo trabalho de madeira esculpido a canivete que é digno de participar em qualquer presépio internacional.
Elegante e de linhas correctas, tem larga implantação em todas as feiras por onde o Paulinho passeia e faz pendant (galicismo dispensável segundo os nossos eruditos) com as cassetes piratas e os alguidares de plástico das melhores proveniências.
Bicho corpulento e de alto gabarito é um ilustre representante português, merecedor dos melhores encómios do júri deste concurso.
O Anónimo 83 apresentou-se a concurso com a seguinte converseta:
Ao júri competirá agora a dificílima tarefa de avaliar os concorrentes, classificando-os segundo critérios que só o júri conhece, refugiando-se longe de quaisquer tentativas de manipulação.
A sala onde o júri se encontra é um compartimento secreto da barbearia à prova de escuta e felizmente longe do segredo de justiça.
Eis os sete últimos magníficos:
Da nossa comentadora, Lady FatBot, exímia mestra de inglês e mãe de crianças de muito alimento, recebemos um very british donkey que parece questionar-se sobre o valor da escrita alternativa em tempo de crise.
Os English donkyes são enigmáticos, como se sabe, mas este é-o especialmente por pretender ser um Christmas Nativity donkey o que deixa dúvidas apesar de bom porte, ar de Lord, orelhas atentas e dentadura irrepreensível. Como, a burro dado não se olha o dente, o júri admitiu-o a concurso.
Será mais um caso sério a considerar.
O caso da concorrente Helena Araújo, do 2 Dedos de Conversa, é um assunto sério, ou não fosse coisa da terra de Merkel. O animal em concurso é de sangue, digo, porcelana azul. Fala francês e tal como a sua dona foi exportado para terras distantes onde nem o português, nem o francês são idioma. Imagina-se que o exemplar esteja em estábulo higienicamente impecável rodeado de soluções de álcool-gel para desinfectar as mãos ao primeiro espirro.
Pedigree Robert Canut, lou santonejaire, meilleur ouvrier de France, antecedido por duas amostras extra-concurso, este exemplar bate-se com azémolas mais rafeiras mas mais aptas a bafejarem as palhinhas onde a figura principal repousa sob o olhar atento dos progenitores que aguardam que a estrelinha se apague e os Reis Magos tragam as prendas de incenso, mirra e ouro. Veremos como se sai a azémola.
O Fadista é um jerico que nos foi enviado, por email, por Francisco Teixeira.
Trata-se de um animal de Buenos Aires, um burro de presépio tanguista que aparenta demasiada genica para quem se deve deitar sossegadamente numa manjedoura a aquecer os pezinhos de um recém-nascido.
Possivelmente é teólogo da libertação, o que não sendo mau, promete alguma controvérsia dois milénios após o evento em que foi chamado a participar.
É um belo animal e ficou admitido com o agradecimento ao seu representante.
Ora aqui está um animal capaz de ganhar o primeiro prémio em qualquer concurso de presépios.
O auto-retrato do pintor Balikó travestido de asno de presépio merece exposição pública e já que não lhe erigem uma estátua pelas teorias anarco-matemáticas no modelo pós-socrático, pelo menos que o deixem dormir nas palhinhas, para que cumpra a sua função.
Um concorrente destes nunca se despreza e, jerico por jerico, antes este que é húngaro-teimoso, mas esperto, a outros que têm a mania que são espertos e não passam de uns burros. Mesmo que não ganhe, já é o vencedor.
Entrou neste estábulo, pela mão de Sophia, do Dona Redonda e Dona Maluka, um belíssimo trabalho de madeira esculpido a canivete que é digno de participar em qualquer presépio internacional.
Elegante e de linhas correctas, tem larga implantação em todas as feiras por onde o Paulinho passeia e faz pendant (galicismo dispensável segundo os nossos eruditos) com as cassetes piratas e os alguidares de plástico das melhores proveniências.
Bicho corpulento e de alto gabarito é um ilustre representante português, merecedor dos melhores encómios do júri deste concurso.
O Anónimo 83 apresentou-se a concurso com a seguinte converseta:
"...É pois no limite da time-window do já legendário concurso desse famoso estabelecimento que lhe envio um animal com extenso pedigree, que lamentavelmente o pouco tempo disponível não me permite detalhar, bastando dizer que descende em linha quase recta de um primo bastardo, malheureusement, do cavalo de troia. Infortunadamente Hérodoto não registou o parentesco, e é com algum desconforto que lhe confesso essa aventura extra-conjugal da tia avó do célebre equideo."...
Com este palavrear não restou ao júri senão admiti-lo a concurso sem fazer quaisquer outras considerações.
Quase em cima da hora Manuel M. Oliveira do 2 Dedos de Prosa e Poesia, , apresentou-se a concurso com um exemplar cavalar que devido ao barrete natalício deixou a dúvida no júri de se tratar de um asinino.
Como o júri é magnânime e na dúvida opta sempre pelo mais favorável, admitiu o concorrente deixando ficar explícito que se não conseguir cumprir o seu trabalho de aquecimento será trocado por um dos camelos dos Reis Magos.
O bicho de qualquer forma é um belíssimo exemplar e promete ser boa montada quando se pensar numa fuga para o deserto.
Largem as unhas e tomem um cházinho de camomila. O Júri anunciará, em breve, as suas decisões.
A colecção de azémolas admitidas pode ser consultada na Rede Social do Facebook.
LNT
[0.779/2009]
Rastos:
-> 2 Dedos de Conversa ≡ Helena Araújo
-> Peter ≡ Peter Balikó
-> Dona Redonda e Dona Maluka ≡ Sophia
-> Manuel M. Oliveira ≡ 2 Dedos de Prosa e Poesia
-> Facebook ≡ Galeria dos Burros de Presépio
-> Série: Concurso Burros de Presépio 2009
3 comentários:
Desculpe a insistência, sr. Barbeiro, mas: se o júri se encontra em compartimento à prova de escuta e longe do segredo de justiça, de que é que estão à espera para nos mandar o nº da conta bancária?
Não é por nada, a gente só queria mandar uma lembrançazinha de Natal...
;-)
(pronto, está bem: prometo que não volto a tocar no assunto)
E por falar em Merkel: aqueles presentes que os governantes alemães recebem quando vão em visita internacional, mesmo que tenham sido oferecidos a pensar no destinatário (por exemplo: um cachimbo para o Helmut Schmidt, fumador inveterado), não podem ficar na sua posse. Se for algo perecível (vinhos, enchidos, etc.), podem guardar, até um valor de, salvo erro, 20 ou 40 euros. O resto, é propriedade do Estado alemão.
Em Portugal também é assim?
Pronto !
Deixo o Sr. Barbeiro e júri em paz.
As pressões legítimas já foram feitas por alguns concorrentes.
Aguardemos a decisão soberana do júri. ER quem concorreu sabia que não pode apelar da decisão.
Abraços a todos os concorrentes e júri.
O Burro dos Mártires não chegou a tempo de se auto-inscrever.
Que pena, era 'homem' para ganhar!
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