Ontem ouvi, incrédulo, o exercício da desresponsabilização no seu expoente mais elevado.
Um homem estimável, é certo, mas com responsabilidades acrescidas perante os cidadãos de Portugal subiu ao palco, como se não tivesse qualquer responsabilidade do estado calamitoso em que nos encontramos, para de lá informar que se recandidata a fazer, por mais cinco anos, aquilo que fez nos últimos cinco.
Pouco adianta, e já se ouve por aí o habitual "a culpa é dos outros", dizer que ele não poderia ter feito mais e melhor. A verdade é que fez mal e pior, é responsável, tem experiência (conforme confirmou), tem sabedoria e conhecimento (conforme informou), teve na sua mão o poder de zelar pelos nossos interesses e acaba o mandato, que agora iremos avaliar, com todos os objectivos que se determinou a cumprir muito abaixo das metas propostas.
Cavaco Silva não é um homem qualquer. Foi Ministro das Finanças, foi Primeiro-Ministro durante os dez anos em que o dinheiro comunitário jorrou como mel dentro de uma misturadora de betão e para a mão da classe empresarial mais irresponsável da Europa que tratou de o derreter em mordomias, ganhou duas maiorias absolutas, presidiu ao então maior Partido político português e concorre pela terceira vez ao cargo de Presidente da República.
Cavaco Silva, um professor de economia, diz apresentar-se com humildade perante os seus concidadãos para que eles julguem o péssimo trabalho que desenvolveu.
Desta vez não há enganos, estamos a sentir na pele e no bolso o seu mau desempenho.
Não se trata de um teórico manual de estudo ou de um trabalho académico. Trata-se do mundo real, das dificuldades patentes, da pobreza, da destruição da qualidade de vida, da inoperacionalidade da nossa economia, do falhanço completo das promessas com que se candidatou há cinco anos.
Em qualquer empresa gerida por objectivos, um presidente com tal desempenho, já teria sido despedido há muito. Nós somos os accionistas desta e é esse desempenho que iremos votar. Os outros poderes não estão agora em avaliação.
LNT
[0.375/2010]
Um homem estimável, é certo, mas com responsabilidades acrescidas perante os cidadãos de Portugal subiu ao palco, como se não tivesse qualquer responsabilidade do estado calamitoso em que nos encontramos, para de lá informar que se recandidata a fazer, por mais cinco anos, aquilo que fez nos últimos cinco.
Pouco adianta, e já se ouve por aí o habitual "a culpa é dos outros", dizer que ele não poderia ter feito mais e melhor. A verdade é que fez mal e pior, é responsável, tem experiência (conforme confirmou), tem sabedoria e conhecimento (conforme informou), teve na sua mão o poder de zelar pelos nossos interesses e acaba o mandato, que agora iremos avaliar, com todos os objectivos que se determinou a cumprir muito abaixo das metas propostas.
Cavaco Silva não é um homem qualquer. Foi Ministro das Finanças, foi Primeiro-Ministro durante os dez anos em que o dinheiro comunitário jorrou como mel dentro de uma misturadora de betão e para a mão da classe empresarial mais irresponsável da Europa que tratou de o derreter em mordomias, ganhou duas maiorias absolutas, presidiu ao então maior Partido político português e concorre pela terceira vez ao cargo de Presidente da República.
Cavaco Silva, um professor de economia, diz apresentar-se com humildade perante os seus concidadãos para que eles julguem o péssimo trabalho que desenvolveu.
Desta vez não há enganos, estamos a sentir na pele e no bolso o seu mau desempenho.
Não se trata de um teórico manual de estudo ou de um trabalho académico. Trata-se do mundo real, das dificuldades patentes, da pobreza, da destruição da qualidade de vida, da inoperacionalidade da nossa economia, do falhanço completo das promessas com que se candidatou há cinco anos.
Em qualquer empresa gerida por objectivos, um presidente com tal desempenho, já teria sido despedido há muito. Nós somos os accionistas desta e é esse desempenho que iremos votar. Os outros poderes não estão agora em avaliação.
LNT
[0.375/2010]
7 comentários:
Se o Sr Cavaco e o Sr Sócrates não tem culpa do estado a que este país chegou. Então fazem o favor de me dizer de quem é a culpa. Queres ver que sou eu que tenho a culpa. Devo ter sim. Porque acreditei neste país, acreditei nas pessoas que elegemos como governantes, acreditei nesta Europa das nações. Acreditei que os portugueses só tinham a ganhar por viverem em democracia. Mas se calhar enganei-me. Não posso chorar sobre o leite derramado. Agora é tarde.
Vou fazer como toda a gente e imitar a avestruz. Enfiar a cabeça debaixo num buraco e esperar que a crise passe.
Boa noite LNT
Caro anónimo
Tem a certeza que leu o texto que eu escrevi? É que não consigo entender o seu primeiro parágrafo.
Foi um péssimo ministro das Finanças, um péssimo primeiro-ministro e um péssimo presidente. Infelizmente a nossa memória colectiva é curta. E a nossa iliteracia política, alimentada pelos media, não nos permite distinguir o trigo do joio. Pobre país!
Bom Dia,
Concordo perfeitamente com a maloud, os portugueses são mesmo autistas, com as condições que Cavaco Silva possuía no seu tempo de governo poderia ter produzido um melhor desempenho governativo. Apenas me recordo do CCB, do Betão e de terminar com a nossa frota marítima com o abate de inúmeros Navios, vem agora anunciar que o nosso futuro está no Mar!!!! é preciso não ter vergonha e muito descaramento.
Carlos Henriques
Ainda gostava de saber se o actual executivo tem culpas no cartório. É bom ver individuos que exercem o seu direito de voto tendo em conta a maneira como fala este ou aquele candidato, e tendo isso em conta, Alegre e Sócrates são neste momento aqueles q sabem falar e convencer as multidões. A questão do bom ou mau desempenho depende da prespectiva que cada um tem, ao nível económico ninguém q estude economia e saiba do que fala pode alguma vez dizer que o Sr. Cavaco desempenhou mal a sua função.
Além disso, no seu discurso de candidatura este fez questão de dizer quais as suas funções, e as suas funções não são governar. Portanto se Portugal está como está é porque alguém que no ano 2010 não vez o seu trabalho de casa e no ano de 2009 trabalhou para ganhar votos. Resumindo, um presidente da republica não tem controlo sobre os gastos de um executivo, e mesmo que quisesse ter era impossivel, isto porque o Sr. Sócrates e o seu executivo são mestres em manusear e esconder dados para seu proveito. Agora que isto está no seu pior ponto, há alguém que quer sair sem as responsabilidades e não é Cavaco, é Sócrates. Mas isto é um simples ponto de vista.
O último anónimo desculpará, mas o desempenho mede-se em função dos objectivos traçados.
Compete-nos, agora que vamos fazer essa avaliação, olhar para os objectivos com que o Senhor Presidente se apresentou há 5 anos e medir o seu grau de cumprimento.
Como o que está em curso é a eleição do Presidente da República podemos passar ao lado do desempenho dos outros responsáveis até que chegue a sua vez de serem avaliados.
E isto não é um ponto de vista. É assim mesmo e não tem a ver com economia.
Exclamava Freitas do Amaral, indignado, perante os parlamentares numa sessão em que o Ministro dos Negócios Estrangeiros justificava a sua política: "É preciso ter topete!"
Faço minhas essas palavras.
Responsabilidade é coisa que não têm o partido que está, quase ininterruptamente, há 15 anos à frente do poder executivo e chega inimputável a 2010; o governador do Banco de Portugal que, militante desse partido, esteve quase 10 anos no cargo e nada auditou nem sancionou; o poeta Alegre que foi deputado durante quase 30 anos e cujo trabalho parlamentar é praticamente desconhecido...
Cavaco, esse algarvio de classe média que não escreve poesia, que não passeia em cima de tartarugas, que não frequenta a Cinemateca, ainda se atreve a recandidatar-se a um lugar que deveria ser privativo de militantes daquele mesmo partido!
Enviar um comentário