Sabe-se que uma das máximas usadas internacionalmente é a de que não se cede perante actos de sequestro.
Entende-se, principalmente se se entender que essa máxima está redigida no impessoal porque, a ser escrita na primeira pessoa do singular ou do plural, na maior parte dos tempos, passa a ter menor sentido.
Por exemplo, se o sequestrado for qualquer um de nós ou dos nossos ou se for um de nós ou dos nossos o objecto da cedência.
O que também é uma máxima é que os sequestrados, ou os reféns, como quiserem, não têm habitualmente voto na matéria e na grande maioria das vezes não são chamados a pronunciarem-se sobre se querem ser sequestrados ou, depois de terem sido feitos reféns, se preferem que a sua libertação se processe com eles resgatados vivos em resultado de uma negociação, ou com eles mortos por efeito da inacção resultante da aplicação de máximas e de intransigência de quem tinha o supremo dever de os proteger.
É mau chamar reféns aos primeiros prejudicados de uma negociação falhada, que os não sequestra, e onde não é claro se a culpa da falha é partilhada.
Pior ainda é considerar reféns pessoas não sequestradas e confundir contrariedades com a perda da liberdade com a intenção de pressionar a liberdade dos que a têm para contradizer.
Bem vi os "reféns". Uns mais zangados que outros mas quase todos a caminho de uma galhofa qualquer na mesa do café mais perto.
Fossem assim felizes os reféns do universo, incluindo os que são reféns de um Governo que têm por missão empobrece-los.
LNT
[0.183/2013]
Entende-se, principalmente se se entender que essa máxima está redigida no impessoal porque, a ser escrita na primeira pessoa do singular ou do plural, na maior parte dos tempos, passa a ter menor sentido.
Por exemplo, se o sequestrado for qualquer um de nós ou dos nossos ou se for um de nós ou dos nossos o objecto da cedência.
O que também é uma máxima é que os sequestrados, ou os reféns, como quiserem, não têm habitualmente voto na matéria e na grande maioria das vezes não são chamados a pronunciarem-se sobre se querem ser sequestrados ou, depois de terem sido feitos reféns, se preferem que a sua libertação se processe com eles resgatados vivos em resultado de uma negociação, ou com eles mortos por efeito da inacção resultante da aplicação de máximas e de intransigência de quem tinha o supremo dever de os proteger.
É mau chamar reféns aos primeiros prejudicados de uma negociação falhada, que os não sequestra, e onde não é claro se a culpa da falha é partilhada.
Pior ainda é considerar reféns pessoas não sequestradas e confundir contrariedades com a perda da liberdade com a intenção de pressionar a liberdade dos que a têm para contradizer.
Bem vi os "reféns". Uns mais zangados que outros mas quase todos a caminho de uma galhofa qualquer na mesa do café mais perto.
Fossem assim felizes os reféns do universo, incluindo os que são reféns de um Governo que têm por missão empobrece-los.
LNT
[0.183/2013]
5 comentários:
Por muito atenta que esteja à leitura deste texto - devo dizer que já me fui acostumando e aprendendo a lê-lo nas entrelinhas - fica-me sempre a impressão que está mais posicionado na defesa dos «sequestradores» do que na dos «reféns».
Assim um pouco "à pressa" eu diria que não "há pressa" em encontrar culpados, já que todos sabemos que quando há braços de ferro entre dois poderes, quem se lixa é o mexilhão...
Tomar uma bica ou uma geladinha no café mais próximo e galhofar com a 'pobreza' que os atingiu, não será melhor opção do que pegar na caçadeira do pai e começar a espingardar a torto e a direito, nesta troika portuguesa que os aprisionou?
Cala-te boca...
Quais são os poderes?Iguais?Então será fácil correr com o instalado...ou não?blá.....e já agora quem é o mexilhão?Taditos.....
Luís Reis
Taditos daqueles que acreditam que esta greve foi efectuada na defesa dos direitos dos professores e alunos!
As Centrais Sindicais, querem é protagonismo...blá, blá, digo eu, sem hipocrisia nem anonimato.
É como a carta da pretensa aluna do 12 ano, que até faz chorar as pedras da calçada e no fim se vem a descobrir ser Coordenadora Nacional de Estudantes do Bloco de Esquerda... uma prova que esta greve foi política e não uma defesa dos direitos dos professores e alunos!
Guerras partidárias e sindicalistas dissimuladas em defensores de incautos, por estes estarem efectivamente a ser lesados em alguns dos seus direitos.
Podem gritar e maldizer, mas o Sócrates era tão aldrabão como este, mas mais sabido e sem vergonha!
Acordem e deixem de ser facciosos!
Eu diria que, lendo o que escrevi, não só não há aqui entrelinhas, nem sequestradores, nem reféns (excluindo todos nós que somos reféns das vontades do actual poder).
Existem interesses e existe um palavreado inaceitável por parte do poder (que não é a troika porque quando falo em poder falo do poder eleito pelos portugueses) que pretende destruir tudo aquilo que os portugueses conseguiram nos últimos 30 anos.
Esse palavreado inaceitável gira sempre à volta do mesmo: Virar uns portugueses contra os outros para poder avançar na destruição.
Já agora,
Luís Reis, você tirou os seus dias para vir para aqui chatear?
Porque é que não nos diz onde escreve para que possamos ler algumas das suas ideias?
Gabo-lhe a paciência, homem!
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