António José Seguro garantiu que o Partido Socialista não só não se tivesse desmoronado, como conseguisse derrotar por duas vezes a coligação da direita que, aliada à extrema-esquerda, derrubou um governo do PS quando inviabilizou uma saída da crise à espanhola e obrigou o País a ajoelhar-se perante o capital internacional.
António José Seguro teve a coragem de avançar quando todos se esconderam e preferiram calcular as suas vidinhas futuras, fugindo às responsabilidades de suceder na oposição a um desaire eleitoral que levou a direita ao poder com maioria absoluta.
À segunda vitória consecutiva do Partido Socialista, mesmo sendo "de Pirro" como diria Mário Soares, mas uma vitória conseguida pela afluência às urnas de mais de um milhão de eleitores que votaram PS, equivale uma derrota esmagadora dos partidos da coligação de direita no poder, e uma descarga de frustração dos portugueses que se deram ao trabalho de ir votar e misturaram a sua revolta com a vontade de punir todos os "Partidos do poder" elegendo um partido (MPT) de que nunca tinham ouvido falar, de que não conhecem a ideologia nem o programa, e fizeram eleger dois deputados europeus, um por direito próprio e o outro por efeitos colaterais.
Com o calor do poder acordaram os que hibernavam.
Sempre com a ideia naquilo que estará a pensar o milhão e tal de eleitores que se deram ao trabalho de ir às urnas eleger 8 deputados europeus pelo PS, fico a observar o que se seguirá.
Gostaria de que, em vez do personalismo redentor, se tivesse optado pelo aumento e consolidação da qualidade, do saber e do projecto com que o PS se deveria apresentar a legislativas.
O povo eleitor que, em menos de 48 horas, está a ser desrespeitado por aqueles em quem confiou, continua a sofrer na pele as políticas da direita enquanto Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva se riem do triste espectáculo público que a oposição montou para disfarçar a derrota colossal que a direita sofreu.
LNT
[0.184/2014]
António José Seguro teve a coragem de avançar quando todos se esconderam e preferiram calcular as suas vidinhas futuras, fugindo às responsabilidades de suceder na oposição a um desaire eleitoral que levou a direita ao poder com maioria absoluta.
À segunda vitória consecutiva do Partido Socialista, mesmo sendo "de Pirro" como diria Mário Soares, mas uma vitória conseguida pela afluência às urnas de mais de um milhão de eleitores que votaram PS, equivale uma derrota esmagadora dos partidos da coligação de direita no poder, e uma descarga de frustração dos portugueses que se deram ao trabalho de ir votar e misturaram a sua revolta com a vontade de punir todos os "Partidos do poder" elegendo um partido (MPT) de que nunca tinham ouvido falar, de que não conhecem a ideologia nem o programa, e fizeram eleger dois deputados europeus, um por direito próprio e o outro por efeitos colaterais.
Com o calor do poder acordaram os que hibernavam.
Sempre com a ideia naquilo que estará a pensar o milhão e tal de eleitores que se deram ao trabalho de ir às urnas eleger 8 deputados europeus pelo PS, fico a observar o que se seguirá.
Gostaria de que, em vez do personalismo redentor, se tivesse optado pelo aumento e consolidação da qualidade, do saber e do projecto com que o PS se deveria apresentar a legislativas.
O povo eleitor que, em menos de 48 horas, está a ser desrespeitado por aqueles em quem confiou, continua a sofrer na pele as políticas da direita enquanto Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva se riem do triste espectáculo público que a oposição montou para disfarçar a derrota colossal que a direita sofreu.
LNT
[0.184/2014]
7 comentários:
Acho o contrário. O trio do poder hoje estão menos satisfeitos porque provavelmente vão perder o seu seguro de vida.Não creio que aja hoje depois do almoço sorrisos no trio governamental.
Está muito equivocado. O resultado destas eleições evidenciou a total incapacidade da liderança do PS para mobilizar os eleitores (66% de abstencionistas) e largas faixas dos revoltados com o governo da direita (7,4% de brancos e nulos; MPT com 7,2%, etc.)para votar PS. A falta de capacidade de liderança é confrangedora e a representação de domingo à noite, ao pretender transformar uma votação de 31,45% em "grande vitória eleitoral", mais parecia uma tragicomédia.
A liderança de Seguro é vista pela direita como o seu seguro de vida.
Não é por acaso que quem vem publicamente atacar a candidatura de António Costa, seja principalmente o aparelho partidário que está claramente divorciado do sentimento popular. Pelos vistos não aprenderam nada com o que se passou nas autárquicas aqui em Matosinhos. O Povo do PS esmagou nas urnas o candidato do aparelho do PS e do Seguro.
Manter Seguro a líder é, dar à coligação da direita, mais 4 anos para governar, seja sozinha ou com as sobras do PS.
Como diz Ferreira Fernandes no DN de hoje: vê-se na cara. Mas há quem não queira ver e há quem veja, mas está agarrado há lógica do aparelho que domina este PS.
Joaquim Moura
Matosinhos
Caro Amigo;
Estou totalmente em desacordo consigo, com Seguro o PS não vai a lado nenhum isso é por demais evidente.
Gostei de ver a foto de Olaf Palm, mas olaf Palm e Seguro e até o presente PS não colam porque estão demasiados agarrados ao liberalismo por outras palavras já não são sociais democratas.
Caro anónimo das 20:02 uma pergunta.
O que sabe do projeto político, tratado orçamental, alianças, PPP transparência, Código laboral e outras questões substantivas. Também lhe irão pedir para defender ou demarcar-se da política/comportamento de José Sócrates que é manifestamente o seu maior apoiante e empurra?Nas intervenções semanais AC, além de dar brilho à imagem/ego e de sorrir a Pacheco Pereira que o convida insistentemente para SG do PS e coligar-se com PSD de Rui Rio, alguma informação sobre as ideias de combate à crise? Ouço e vejo todas as semanas. Não avançou em 2011 porque era difícil depois de Deus o desastre. Apoiou Assis e ainda antes das diretas, insultou em direto na quadratura Seguro. Em setembro 2011 no encerramento do congresso mais remoques sem jeito. Oportunista é o mínimo que se pode dizer de alguém tão competente e cheio de valor, que fica à espera que o PS fritasse 1 ou 2 SG. Tenho pena, mas é o que vejo. Conceição
Tendo votado PS, acho que não há desrespeito nenhum. Bem pelo contrário, acho até que o partido mostraria ter algum respeito por um número muito elevado dos seus eleitores se se mostrasse aberto para uma mudança interna.
"Com o calor do poder acordaram os que hibernaram".
O seu sub título diz tudo.
O mal está feito. Resta minimizá-lo e seguir em frente.
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