O triste espectáculo montado na sequência do sound byte lançado por Portas no seu discurso de derrota enche paragonas e distrai-nos do que os portugueses registaram no passado Domingo.
Em duas linhas, os eleitores que ainda se deram ao trabalho de dizer que acreditam neste regime mas que os Partidos do poder vão ter de fazer melhor se quiserem que neles continuem a acreditar, explicaram claro que estão fartos da coligação de direita embora ainda não tenham esquecido as razões que anteriormente os levaram a dar uma maioria absoluta ao poder instalado.
Portas, que é o sábio das sonoridades, lançou na noite em que sofreu uma das maiores derrotas da sua vida, uma farpa maquiavélica que pretendia desvalorizar a penalização que sofreu escondendo-a naquilo que designou por uma “perda menor” dado que o maior Partido da oposição não tinha capitalizado os votos que lhe escaparam.
Foi o suficiente para que políticos experientes do Partido Socialista se deixassem enrolar nas palavras de Portas e passassem a fazer eco do sound byte lançado. Foi suficiente para que, com base nisto, os vitoriosos vestissem os fatos de combate para fazer o jogo de “vitória menor” que Portas lançou.
Pouco interessa. O mal está feito.
O milhão e tal de eleitores do Partido Socialista olham para esta desfeita com incredibilidade.
Pensarão certamente que andaram a brincar com eles e com a honra das bandeiras que, nos dias anteriores à votação, desfraldaram junto de amigos e vizinhos no jogo democrático do convencimento de alternativas às malfeitorias feitas nos três últimos anos.
Mas agora, com o mal feito, a legítima direcção do Partido Socialista tem de reagir à contrariedade e reafirmar a seriedade com que se apresentou nos dois últimos Congressos Nacionais e o nosso Secretário-geral deverá confirmar, mais uma vez, que o seu único interesse é a defesa da melhoria da condição de vida dos portugueses.
Para o fazer tem de clarificar urgentemente a situação interna no Partido Socialista e evitar que o empastelamento criado pelo mal feito mine o que resta da credibilidade que os Partidos políticos ainda detêm em Portugal. Tem de ser rápido, tem de ser seguro, tem de ser clarificador.
Temos de seguir em frente. Há gente demais a viver mal demais para que se arrastem estes jogos de poder.
LNT
[0.186/2014]
Em duas linhas, os eleitores que ainda se deram ao trabalho de dizer que acreditam neste regime mas que os Partidos do poder vão ter de fazer melhor se quiserem que neles continuem a acreditar, explicaram claro que estão fartos da coligação de direita embora ainda não tenham esquecido as razões que anteriormente os levaram a dar uma maioria absoluta ao poder instalado.
Portas, que é o sábio das sonoridades, lançou na noite em que sofreu uma das maiores derrotas da sua vida, uma farpa maquiavélica que pretendia desvalorizar a penalização que sofreu escondendo-a naquilo que designou por uma “perda menor” dado que o maior Partido da oposição não tinha capitalizado os votos que lhe escaparam.
Foi o suficiente para que políticos experientes do Partido Socialista se deixassem enrolar nas palavras de Portas e passassem a fazer eco do sound byte lançado. Foi suficiente para que, com base nisto, os vitoriosos vestissem os fatos de combate para fazer o jogo de “vitória menor” que Portas lançou.
Pouco interessa. O mal está feito.
O milhão e tal de eleitores do Partido Socialista olham para esta desfeita com incredibilidade.
Pensarão certamente que andaram a brincar com eles e com a honra das bandeiras que, nos dias anteriores à votação, desfraldaram junto de amigos e vizinhos no jogo democrático do convencimento de alternativas às malfeitorias feitas nos três últimos anos.
Mas agora, com o mal feito, a legítima direcção do Partido Socialista tem de reagir à contrariedade e reafirmar a seriedade com que se apresentou nos dois últimos Congressos Nacionais e o nosso Secretário-geral deverá confirmar, mais uma vez, que o seu único interesse é a defesa da melhoria da condição de vida dos portugueses.
Para o fazer tem de clarificar urgentemente a situação interna no Partido Socialista e evitar que o empastelamento criado pelo mal feito mine o que resta da credibilidade que os Partidos políticos ainda detêm em Portugal. Tem de ser rápido, tem de ser seguro, tem de ser clarificador.
Temos de seguir em frente. Há gente demais a viver mal demais para que se arrastem estes jogos de poder.
LNT
[0.186/2014]
4 comentários:
De acordo. Mas como? Rápido sim, para não estar de mãos atadas na oposição ao desgoverno. Moção de censura &ª feira??
A moção de censura é mais uma armadilha como a que o Portas montou com a "vitória pouca"
O PS tem de se deixar de cair em todas as rasteiras que lhe lançam.
Para já tem de "despachar" o mal que se abriu e isso faz-se com clarificação. No PS, os assuntos clarificam-se com urnas onde se depositam votos secretos. É isso que tem de ser feito para se limpar o pó e voltar à defesa dos interesses dos portugueses, em vez de se andar nestes sebastianismos de protagonismo.
O Senhor Luís Tito acha que os eleitores do PS, como eu, são burros e incapazes de pensar pela sua própria cabeça e por isso estão intoxicados pelo sound bytes do Paulo Portas.
A maioria dos eleitores do PS não "compram" a propaganda do Paulo Portas, mas também não engolem a cena montada pela actual liderança do PS, da "Grande Vitória Eleitoral com 31,47% dos votos.
Como disse Mário Soares, e muitos outros notáveis socialistas que pensam pela sua cabeça e não me constam serem todos burros.
Seguro sonhou com um cenário e preparou um discurso - veja-se o discurso triunfalista do Assis às 20 horas. Como a realidade não confirmou o cenário previsto, ele em vez de adaptar o discurso decidiu adaptar a realidade.
Nada que já não tivéssemos visto antes em Seguro.
Joaquim Moura
Matosinhos
Pronto de acordo, como antes. Só espero que sábado na CN Seguro clarifique, marcando o Congresso. Force António a dizer que projeto tem se é que tem algo. Conceição
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