segunda-feira, 26 de maio de 2014

Na peugada do cherne

CherneÀ laia do relógio do Caldas que serviu para contar o tempo ao contrário de forma a chegar a um resultado negativo, também a cebola de Durão Barroso se finou ontem ficando a contar os segundos negativos que o separam dos cetins europeus.

Pelo menos, por isso, podemos dar-nos por satisfeitos com o dia de ontem.

O Primeiro-ministro que abandonou o seu cargo por lhe terem acenado com um proposta milionária irrecusável, há-de vir agora a boiar – como diz a poesia que lhe dedicaram – para tentar encher-nos os olhos de água, da mesma água onde Marcelo em tempos mergulhou e de onde, por ainda estar vivo, nunca conseguiu emergir.

Com a saída de Barroso abre-se novo caminho para a esperança de que a gelatina molenga volte a ganhar consistência e fibra embora se reconheça que o estado de miséria em que Durão a deixou possa ser uma tarefa hercúlea.

Basta olhar para o Parlamento Europeu escolhido ontem e perceber que as suas linhas fundadoras estão em total declínio e que os lugares vagos vão ser preenchidos por inimigos do projecto europeu agora de malas aviadas para as cadeiras azuis com o único intuito de lhes pegar fogo.
LNT
[0.182/2014]

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