segunda-feira, 7 de julho de 2014

Omnipotência e omnipresença

Espírito SantoSem pretensões a dissertar sobre a terceira prosopon do catolicismo e menos ainda a blasfemar sobre os mistérios da fé, vejo com todas as reservas a entrada de uma Trindade Cavaquista, por mui douta que seja, no CEO do Espírito Santo. Tenho razões, as mesmas tidas por todos os contribuintes deste País que não tiveram a capacidade de ressuscitar ou renascer, para estar incomodado.

Ao contrário de muitos outros, pouco me importa que o Estado avance pela banca privada uma vez que, se o Estado é o seu grande financiador em alturas de aperto, tem o direito de se sentar na sua administração quando a coisa dá para o torto.

Acontece que é politicamente inaceitável que a intervenção estatal se faça com uma trindade abençoada por quem representa o Estado, mas não o é.

E como gato escaldado, de água fria tem medo, espero que tão venerável trindade se abstenha de disponibilizar, no futuro, participações celestiais reservadas, e fora do mercado terreno, a correctores de clientes sem pecado.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
LNT
[0.286/2014]

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