domingo, 23 de agosto de 2015

Se não têm pão, comam croissants

Sardinhas Lisboa 2015

A drª. Cristas veio às televisões no seu melhor perfil de nariz arrebitado e voz nasalada de tia cascalense explicar que se quiserem comer umas sardinhas terão de fazer o favor de se dirigirem à Galiza (ou a qualquer outra terra espanhola) porque por cá já acabaram os santos populares e, graças a Deus, não teremos de continuar a suportar o pivete dos assadores de Verão.

A drª. Cristas aproveitou ainda para apontar o dedo a esses garganeiros armadores e pescadores portugueses que esgotaram as quotas do pescado em dois ou três meses quando teriam feito melhor em racionar a garganeirisse através de preços altos nos mercados durante toda a temporada, garantindo que as taxas de desemprego se mantinham estáveis até ao dia quatro de Outubro.

Agora, se quiserem peixinho, comam salmonetes, chaputa ou linguado que são espécies bem menos fedorentas e muito mais tipo Cristas, pecebem?
LNT
[0.251/2015]

4 comentários:

Abraham Chevrollet disse...

Não diga croissants mas brioches!

Luís Novaes Tito disse...

ou isso, que são coisa fina tal como os salmonetes, chaputas e linguados.

campus disse...

Em agosto nada melhor que tratar assuntos sérios de forma levezinha, com muito humor. Os portugueses não se devem maçar, porquê dizer-hes que a sardinha está em risco de desaparecer da nossa costa ?, que temos de esperar que ela se reproduza para se poder pescar ? Para quê dizer que os pescadores já sabiam a cota para este ano ?

Luís Novaes Tito disse...

Essa já respondi largamente no FB. Não se fala da sardinha estar a desaparecer na Península Ibérica porque isso já está largamente documentado por todo o lado. O que a Drª Cristas não quis explicar foi a razão para que a quota portuguesa fosse tão mal negociada com Espanha sabendo que a sardinha tem um impacto em Portugal que não existe em Espanha. Mas é como diz, Campus, devemos tratar estes assuntos sérios de forma levezinha. Isso e agora ter de ir a Espanha e a Marrocos comprar sardinha para a nossa indústria conserveira. Tanto faz, falta pouco mais de um mês para trocarmos este Governo rendido ao exterior por outro que defenda melhor o interesse nacional.