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terça-feira, 25 de março de 2014

A Mão do Diabo (remix)

José Rodrigues dos SantosJá lá vai o tempo em que uma das minhas prioridades era manter em dia esta casa de cortes e conversas. Não é por falta de respeito aos muitos que por aqui passam mas sim, principalmente, por respeito com a minha vontade de escrever publicamente que é um direito que julgo ter.

A coisa que aqui me traz hoje é a savandijanice (gosto desta moda em voga de inventar palavras) que no Domingo vi acontecer na RTP (por nós cada vez mais paga) quando um pivot muito importante da escola da BBC (fica provado que mais importante do que boas escolas são os alunos que aprendem) quis fazer de um comentador político, um entrevistado que não sabia que o iam pôr em tal situação.

O resultado foi aquele que se viu. O rapazola demonstrou continuar a sê-lo (mesmo já sem ter idade para o ser). O comentador demonstrou estar à-vontade com os ataques (mesmo não se tendo preparado para o julgamento). O programa demonstrou que estas brincadeiras podem aumentar os shares e notoriedade (basta ver a propaganda que por aí vai). A RTP demonstrou que não merece a nossa confiança nem o nosso esforço para a manter viva à custa da electricidade que pagamos.

Possivelmente o romancista José Rodrigues dos Santos (o galinho da índia, como por aqui é conhecido) estará para publicar novo livro e precisava desta publicidade. Possivelmente a RTP estava com baixos níveis de audiência e procurou forma de os aumentar. Possivelmente o Ministro Maduro tinha o megafone da propaganda em baixa voz e quis dar-lhe volume. Possivelmente, muitas outras coisas, mas uma delas é certa: O “animal feroz” não se rendeu apesar de toda a bordoada a que tem sido sujeito e, goste-se ou não da sua narrativa, mais uma vez esclareceu que está aí para durar e que será preciso muito mais do que jogos infantilizados para o conseguirem calar.
LNT
[0.112/2014]

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Do favor popular

SócratesAscenso Simões é um tipo inteligente mas, na minha modesta opinião, apressou-se com o lançamento de uma candidatura para condicionar quem está mandatado para decidir nessas matérias. A sua opinião é tão válida como a de qualquer outro interveniente mas basta ver a repercussão que o seu palpite teve na comunicação social e nas redes sociais para perceber que não foi expressa ao acaso.

Ainda na minha modesta opinião, Ascenso Simões está a fazer o jogo da moda. Atira uma isca para a água com o intuito de saber quantos peixes se querem bater por ela. Poderia ter reflectido para perceber que o "mal interpretado desapego ao «favor popular»" haveria de ser o mote permanente para bombardeamento, em sede da campanha eleitoral, nas europeias do próximo ano.

Claro que Sócrates tem todo o direito a ter a vida que entender e a candidatar-se ao que entender mas isso passa pela sua própria vontade e, neste caso, também pela que vier a ser manifestada no Partido Socialista.

Parece-me que Sócrates ao anunciar que não pretende "favor popular" (de imediato) preferiria, ao contrário daquilo que Ascenso Simões sugere, uma nomeação ou designação para cargo internacional que não fosse sujeita a sufrágio.

Veremos!
LNT
[0.423/2013]

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O toca–e-foge

Olho de loboTantas vezes diz Pedro – vem lá o lobo – que, no dia em que o canídeo lhe comer as ovelhas, ninguém prestará atenção.

Andava ainda Deus a planear a vinda de um dos membros da Santíssima Trindade para daí a quatrocentos anos e já Esopo avisava.

Passos Coelho é como o pastor mas, nos tempos modernos, arrisca-se a ser comido com o rebanho que apascenta.

Pedro usa a técnica do toca-e-foge que consiste em mandar avisos do que pretende fazer para que, no futuro, possa dizer que já tinha avisado. Como sabe que o lhe vai na cabeça só receberá votos se os portugueses já estiverem ao nível do masoquismo puro, apressa-se a desdizer, a interpretar e a contrariar tudo aquilo que acabou de afirmar. A sua antecessora também era assim mas tinha interpretadores encartados para suavizar os propósitos, coisa que Coelho não consegue, uma vez que Relvas – essa espécie de caterpillar do PSD – ainda é mais radical do que ele próprio e o homem que telepaticamente fez o acordo troiko enquanto aguardava na São Caetano que lhe ligassem, foi largar bojardas para Copacabana.

O toca–e-foge de Pedro, cansa, descredibiliza e banaliza. E, mesmo sabendo que o lobo lhe ronda o rebanho, o seu grito de alerta é tão repetido e já tantas vezes fez pegar em armas para enfrentar o falso alarme que cada vez alerta menos.

Nota para melhor esclarecimento:
O lobo a que me refiro não tem cerdas russas na cabeça. Esse, aliás, não é um lobo mas sim uma raposa.
Refiro-me ao outro, ao lobo-do-mar da lavoura, o da dentadura branca, habituado aos periscópios.

Na forja:
A fábula da raposa e do lobo. Em breve disponível no quiosque de São Bento.

LNT
[0.176/2011]

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Botão Barbearia[0.080/2009]
Tempos difíceis e poderes ocultos


(...)"Poderes ocultos para dirigirem e para orientarem campanhas negras não terão sucesso".

Embora se saiba que se são ocultos não é possível identificar que poderes serão esses, é urgente perceber se é possível que existam poderes ocultos em Portugal.

Não haverá quem tenha por missão desocultar esses poderes para que se saiba quem são? Não terá o poder instituído obrigação de escrutinar para defender os cidadãos de eventuais poderes ocultos?
LNT

sábado, 24 de janeiro de 2009

Botão Barbearia[0.064/2009]
Mania de complicarSócrates

Porque será que Sócrates se referiu ao seu familiar, nas declarações de hoje, como o "filho do meu Tio" e não "o meu primo"?

Será só a mania de complicar, ou será pelo complicado da mania?
LNT
Rastos:
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-> SIC PM garante que vai lutar para defender a honra