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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Recolheu aos curros

PicassoO que mais irrita nisto tudo é que o homem nem sequer fez um par de cornos à portuguesa.

Como é de "luas" e de "boas-famílias" em vez de mandar um par de cornos a quem queria, gesticulando com propriedade, espetou um dedinho de cada lado da sua própria testa e assumiu a condição de cornudo.

Percebe-se assim que, ao toque para saltar para a arena, o Cabo dos Forcados tenha dado ordem para que se lhe fizesse a cernelha, como determina a afficion, por se apresentar em pontas e quem assim se apresenta não é para tourear mas para ser toureado.

O erro de Pinho/Pino foi tirar a jaqueta e o barrete, enfeitar-se de choca e saltar a barreira. Nem o derrote o salvou.
Céu dum azul infinito,
Tarde linda, praça a cunha,
0 toiro é negro, gravito,
Cornetim, toca p'rá unha.

E salta lesto pr'a arena
0 forcado valentão,
E pisa a terra morena
Com altiva decisão.

E todo donaire e graça,
Petulante e atrevida,
Citando de praça a praça,
Aguenta a investida.

E o povo desvairado
Com tamanha valentia,
Vendo o toiro dominado
Rompe em alta gritaria.

E no brado do respeito,
Como carícia dum beijo,
Sente o forcado no peito
Todo o sol do Ribatejo.
Toca P'rá Unha
D. Maria Mimela Cid
LNT
[0.489/2009]

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Política Fantasmagórica [ II ]

Mancha NegraQual será a diferença entre alguém se candidatar a lugares sucessivos julgando-se com esse direito por não ter sido eleito para os lugares anteriores e a de alguém anunciar logo à partida que se irá candidatar a dois lugares, indicando qual a sua preferência no caso dos eleitores entenderem que é igualmente elegível em qualquer um deles?

Direi que a diferença reside na honestidade do candidato que informa logo na primeira candidatura o que pretende fazer e assim alerta sobre as suas intenções.

Há quem julgue que é mais lícito apresentar-se a votos quem não disser à partida quais as suas intenções. Para esses o eleitorado terá a resposta que entender, tal como tem para os outros a quem já atribuiu mandato na escolha anterior. Parece-me claro que quem decide é sempre o eleitorado e mandam as regras da democracia que se respeite o seu voto. O que me não parece claro é que quem se candidata a um cargo e para ele é eleito, não cumpra o seu mandato para ocupar um outro lugar para que não foi eleito.

domingo, 21 de junho de 2009

Memória

Magritte - Tugir em portuguêsHá uma razão maior que todas as outras para votar no PS nas próximas legislativas. (serve também de declaração de interesses)


Essa razão chama-se Manuela Ferreira Leite.

Não me agradam as campanhas negativas, aliás neste momento nem sequer me agradam quaisquer campanhas, mas a memória não deixa esquecer a passagem de Ferreira Leite pelas Finanças, nem o estado em que ela deixou o País com as arquitecturas financeiras que inventou para esconder o desastre financeiro. É a mesma memória que não consigo apagar que me recorda que a solução por ela inventada para a Administração Pública não passou pela reforma do Estado, nem pela redução do esbanjamento, mas só pelo congelamento dos salários dos trabalhadores, pela criação de um sistema de avaliação muito mais injusto e ineficaz do que este que agora existe e pela tomada de assalto a todos os lugares de topo da Administração Pública, saneando a torto-e-a-direito os dirigentes anteriores, insultando-os injustamente, como fez com António Nunes dos Reis na DGCI e substituindo-os por quadros piores, oriundos principalmente da banca, que tiveram o privilégio de ficar com o know-how do funcionamento do fisco.

Como a memória serve para alguma coisa, lembro-me ainda da sua anterior passagem pelo Ministério da Educação e do que resultou desse seu desempenho.

Sem remédio e sem amnésia irei votar onde ainda há uma réstia de esperança.

Espero que o Partido Socialista tenha o bom-senso de demonstrar com dados credíveis, inquestionáveis cientificamente e certificados, as vantagens de algumas políticas praticadas nos últimos anos. Por poucos que sejam, foram melhores que a herança deixada por Ferreira Leite, Durão Barroso e Santana Lopes. Se o conseguirem, em vez de se entreterem a maquilhar o carácter dos actores em cena, pode ser que muitos dos que se sentem vítimas da arrogância e do autismo de meia dúzia de iluminados que chegaram a desplantes nunca imaginados, ainda reconsiderem e troquem a vontade do coração pela da razão e pela memória.

Se o não conseguirem, ou não o quiserem fazer, perceberão que os portugueses não são povo de se habituar só porque alguém assim entendeu mandar.
LNT
[0.478/2009]

Política Fantasmagórica [ I ]

Mancha NegraPor princípio, quem se candidata a eleições e é eleito deve cumprir o seu mandato. É a democracia em execução e este deve ser o respeito a ter pelos eleitores que começam a estar fartos de dar a sua confiança a quem, de imediato, abusa dela.

A única excepção admissível a esta regra é a que decorre do Governo emanar da Assembleia da República e, como tal, alguns dos deputados eleitos poderem sair para constituírem esse mesmo Governo.

Se o caso das candidatas ao PE já não merecia aprovação por se saber serem candidatas às Câmaras Municipais de Sintra e do Porto e que, a vencerem as eleições autárquicas, renunciariam ao lugar de deputadas europeias, o de Paulo Rangel que usou o argumento das candidaturas fantasma como uma das pedras base da sua campanha e agora anuncia estar disponível para abandonar o cargo em troca de um lugar no Governo, é escandaloso pela falta de honestidade que revela. Nada que se não esperasse, até porque se um destes dias vier a haver alterações na direcção do PSD, certamente teremos também Rangel a fazer a agulha.

Quando se anunciarem as listas para deputados à Assembleia da República veremos quantos fantasmas haverá nesta pouca-vergonha em que se tornou a utilização da política para satisfação de interesses pessoais. Nessa altura veremos quantas múltiplas candidaturas se fizerem nas listas das europeias, legislativas e autárquicas e teremos oportunidade de observar que não será um exclusivo dos “grandes Partidos”. E o argumento de que só se candidatam a cargos diferentes porque não foram eleitos para cargos anteriores não servirá de razão porque fica à mostra que a disputa é para conseguir um qualquer tacho.

Restará, nessa altura, a dignidade mínima de Ana Gomes e Elisa Ferreira que apesar de terem cometido o "pecado" tiveram a frontalidade de informar, à partida, os eleitores das suas intenções.
LNT
[0.477/2009]

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pátio dos Bichos

Pátio dos BichosPelo que se anuncia vai reunir em breve o Conselho de Estado. É normal que o Órgão de consulta do PR reúna, o que não se tem verificado por razões tão óbvias como a necessidade da depuração dos loureiros que finalmente se fez.

Até pode não ser importante que reúna, uma vez que a agenda nacional não tem apresentado e não apresenta, motivo de urgência, mas como já disse é normal que o Presidente reúna os seus conselheiros em equipa em vez de ouvir uns e outros isoladamente como tem feito nos últimos meses.

Nota-se novo fôlego para os lados do Pátio dos Bichos. Até já se oferecem coroas de flores a quem se recusou pensão.

As coisas estão a ganhar outra cor e consta que já se preparam outros carros para fazer rodagem agora que parece certo que a concorrência se irá manter por Bruxelas.
LNT
[0.453/2009]

Dêem o exemplo, parem os sermões

Trockadero
Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.

Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos

António Barreto
LNT
[0.452/2009]

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o Público ≡ Discurso de António Barreto no 10/06/2009

Dia da Raça

BOEste ano a nosso querido e estimado Presidente deixou de lado o Dia da Raça que evocou no ano passado e virou-se para coisas mais terra/terra. Por exemplo, virou-se para a abstenção e para a responsabilidade repartida desse fenómeno entre os eleitores que exercem o direito de se absterem e os intervenientes políticos que levam, pela sua acção, a que os eleitores não votem. Cavaco esquece-se, tal como já antes o fazia quando era Primeiro-Ministro e Presidente do PSD e se referia aos políticos na terceira pessoa do plural, que o seu discurso se aplica também a ele uma vez que é um dos tais agentes políticos.

Cavaco faz escola. Que o diga o seu aluno Rangel que, sendo o líder do maior grupo parlamentar que votou por unanimidade a Lei do Financiamento dos Partidos, vem agora demarcar-se dela.

A incoerência na política não consegue ter fim em Portugal.

Antes o Dia da Raça, como o nosso Presidente dizia. Sempre tínhamos grande motivo de orgulho agora que temos representantes da nossa Raça nos lugares mais destacados dos EUA e da UE, cada um coçando, à sua maneira, as pulgas lusitanas que Deus lhe deu.
LNT
[0.449/2009]

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Também publicado no Eleições2009/o Público

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bloco central político e bloco central de interesses

Paula Rêgo – Jorge Sampaio Enquanto o Económico não disponibiliza a entrevista na íntegra torna-se difícil fazer um comentário sobre a concordância de Jorge Sampaio com um possível bloco central. Todos estamos mais do que experimentados com parangonas que depois não têm qualquer concordância com os textos que titulam e por isso aconselha-se prudência.

No entanto, pegando só em algo que já está transcrito, pode saber-se que Sampaio terá admitido a constituição de um bloco central político, ao mesmo tempo que rejeita um bloco central de interesses. Sampaio habituou-nos a coisas deste teor, desde a parte final do seu segundo mandato, o que fez com que pessoas que sempre estiveram com ele passassem a ter as maiores reservas ao seu pensamento. Pelo que agora se sabe, Sampaio pretende uma vez mais, tal como quando criou condições à demissão de Ferro Rodrigues, escamotear a coerência. Sampaio sabe bem, e já demonstrou sabê-lo fazer melhor que ninguém mesmo contra os seus mais fieis companheiros, que a manutenção de um bloco central político sem ideologia é a mesmíssima coisa que um bloco central de interesses. Demonstrou essa sabedoria quando Durão Barroso abandonou o País e ele não convocou eleições, tendo preferido a solução provisória Santana Lopes enquanto dava sinal ao PS para substituir a alternativa por alternância.

Com a morte da doutrina resta a vida dos interesses e foi pela subordinação das doutrinas aos interesses, da qual Sampaio tem fortíssima quota parte de responsabilidade, que chegámos ao ponto em que estamos hoje, isto é, em que ninguém sabe quais são as fronteiras do PS no açambarcamento do liberalismo do PSD e no abandono do social defendido por largos sectores do seu eleitorado.

Já o escrevi antes. Mais vale centrar os votos no PS ou no PSD exigindo liberdade de voto para os eleitos do que dividir os votos entre eles para depois os aglutinar num caldo de interesses muito mais global. Este novo agitar do espantalho da amálgama serve para incentivar os votos nos extremos, única forma de evitar que posteriormente se faça com os nossos votos aquilo que nós não quisemos fazer no momento de votar.
LNT
[0.356/2009]

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Diário Económico ≡ Pode ser necessário um bloco central para gantir estabilidade
-> Eleições2009/o Público ≡ LNT

quarta-feira, 29 de abril de 2009

História das estórias

T6GHá uns anos, bastantes, era aluno piloto-aviador e, ao pôr um avião em marcha na placa da Base Aérea nº 7, em São Jacinto, o motor incendiou-se. A canopy mantinha-se aberta e o bombeiro estava a postos, conforme determinavam os procedimentos. Quando olhei para o lado esquerdo do taxiway já lá estava o instrutor que tinha saltado para o chão e o bombeiro tentava accionar um extintor fora de prazo e com a neve carbónica avariada.

Que nervos, ainda para mais o avião tinha o depósito cheio de combustível e estava ladeado por outros T6 abastecidos.

Preocupado, embrulhado nos cintos de segurança e na tralha do pára-quedas entendi cumprir todos os procedimentos de emergência que tinha decorado: - corte de combustível, corte de magnetos, desligar de baterias, etc., – após o que iria fazer companhia ao meu instrutor, caso o incêndio persistisse. O fogo extinguiu-se por si. O avião não ardeu, as outras aeronaves não se incendiaram, não tive problemas físicos e saímos para a missão, pouco depois, noutro avião que entretanto nos foi atribuído.

Lengalenga, esta estória, que me veio à memória no fim de ver a entrevista que Manuela Ferreira Leite concedeu a Mário Crespo. Tal como ao meu instrutor de há uns anos, ouvi-lhe a resposta de que "se perdesse, perdia", e que, nem sequer teria de dar explicações ao seu Partido, porque outras também as não dariam no seu lugar. Verifiquei que ela se pôs em segurança no taxiway, a ver o avião arder e a observar expectante e sem acção o bombeiro a puxar a alavanca do extintor que não apaga o fogo. Neste caso percebe-se que o instruendo continua aos comandos mas, como não tem os procedimentos decorados, o incêndio vai progredir, o avião explodirá com o aluno lá dentro e possivelmente a explosão vai contaminar os aviões que o ladeiam.

Poderá safar-se no "se perder, perdi", mas dificilmente lhe será entregue nova missão de instrução.
LNT
[0.348/2009]


Ler outras conclusões desta estória: -> Eleições 2009/ o Público ≡ LNT - Estórias da História

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E agora, Bo?

Cão de Água Português Mau prenúncio este de nem os cães genuinamente portugueses serem de primeira geração lusa.

Bo, o cachorro sucessor de Barney é uma segunda geração, ladra em gringo e tem pulgas made in United States of America.

E agora, Bo? É a questão que atrapalha todos os que defendem que o facto de se ter no topo do mundo um ser de raça portuguesa é meio-caminho andado para o resto do caminho que falta.

Mais depressa Bo mostrará interesse na divulgação da terra dos seus antepassados do que outros nacionais que por aí andam.
LNT
[0.305/2009]

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.165/2009]
XVI na legalidade [ II ]XVI Congresso PS

Por muito que os jornais de hoje silenciem o Congresso Nacional do Partido Socialista é incontornável a relevância política do acontecimento que se inicia esta tarde em Espinho. O Partido Socialista é, independentemente da sua liderança, o grande motor político de Portugal e a reunião magna dos seus militantes merece atenção e análise.

Manuela Ferreira Leite já veio a terreno falar dele e, uma vez mais fazendo-se de política não política, entrou pelo enlameado em que se atola cada vez que fala.

Diz a senhora ser imperdoável que Sócrates falte a uma reunião europeia onde se debaterá a crise internacional para estar presente no Congresso Nacional do seu Partido.

Sabemos que Ferreira Leite não consegue mais do que isto, até porque ainda nos lembramos do pouco que fez quando foi poder, mas conseguir tão pouco, isto é, não reconhecer a importância da presença de um líder no seu Congresso Nacional, justifica muito do estado em que, com o contributo dela, se transformou o PSD de hoje.

Foi por raciocínios como o de MFL que Durão Barroso abandonou o lugar com que os portugueses o honraram pelo voto em troca do cargo que lhe foi oferecido por meia-dúzia de iluminados.

Este Congresso Nacional do PS até poderá ser apelidado de Missa Solene para hossanas a um Deus menor, mas nunca poderá ser desvalorizado como um acto político menor no Portugal democrático.

Ferreira Leite não entende a importância das coisas, é escusado.
LNT

sábado, 14 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.122/2009]
Empolgamento na unidadeAceno

É hoje.

Reina grande nervosismo e excitação para se saber quem iremos escolher para grande líder. Empolgado, tenho um palpite.

O PSD, invejoso da unidade que vê no seu adversário, fala de eleição coreana (do norte) mas isso não passa de mais uma atoarda.

Unidade, unidade.
Contra os canhões marchar, marchar
.

LNT
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-> PSbenfica
-> o Público

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.119/2009]
TribunosManuel Tito de Morais

Quando esta noite publiquei o "Já fui feliz aqui" recordei-me da razão por ali ter sido feliz há uns anos.

Aquela estátua de José Estêvão foi removida do espaço público antes da liberdade, (para os mais novos e para os esquecidos é sempre bom recordarem que a liberdade não é um estado mas sim uma conquista) e arrecadada nas catacumbas do Convento de São Bento (Assembleia da República). Depois do 25 de Abril foi colocada no átrio interno da AR. Quando Manuel Tito de Morais foi Presidente da Assembleia propôs e fez vingar a sua vontade de devolver José Estêvão ao espaço público e engendrou um evento solene com entidades, fanfarra e populares colocando José Estêvão onde ele ainda hoje está para que os deputados conseguissem ter referência do que é ser um tribuno.

Nesse dia fui feliz com o Tito e com os que sentiram que, mesmo depois de mortos, ainda há a possibilidade de ter alguém bom que nos faça justiça.

O "Já fui feliz aqui" de ontem foi igualmente feliz por ter coincidido com a sessão vergonhosa que se realizou no Plenário do Parlamento, talvez uma das mais rascas sessões plenárias realizadas naquela casa, uma vez que os nossos deputados terão tido a oportunidade de, à saída, passarem por José Estêvão e reflectirem sobre a sua dignidade, caso ainda façam alguma ideia sobre quem foi o homem que está ali representado.

Lembro-me que uma das dúvidas de Tito de Morais foi a de saber se a estátua devia ficar de costas ou de frente para o Convento.

Ficou de costas. Manuel Tito de Morais, homem perspicaz, lá soube porquê.
LNT

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.117/2009]
Sócrates, o voto da unidadeAceno

No dia 13, sexta-feira, na Secção do PS de Benfica e de São Domingos de Benfica, em Lisboa, reúne a Assembleia-Geral para se proceder à eleição do Secretário-Geral e dos delegados ao Congresso Nacional.

Não faltarei, como nunca faltei a uma eleição no Partido Socialista, e exercerei o meu voto. A eleição do Secretário-Geral é um momento de imensa importância que implica concentração militante e empenhado discernimento, dadas as alternativas apresentadas. Vai ser um ponto alto de demonstração da unidade do Partido.

A eleição dos delegados já poderá ser menos unitária uma vez que há mais Moções.

Vejo no Blog da Secção um Post do meu camarada e amigo João Boavida que informa haver hoje, dia 11, um debate das três Moções. Talvez aí se esclareça se cada uma delas apresentará, na Secção, a respectiva lista de candidatos.

Até agora, a única lista que se sabe existir é apresentada pelo Secretariado da Secção, coisa interessante porque as listas devem ser apresentadas por militantes e o Secretariado, enquanto Orgão Executivo da Secção, deveria manter-se independente e neutro garantindo a imparcialidade que se exige num acto eleitoral.
LNT
Curiosidade: quantos milhares de chineses terá a delegação do PC Chinês que o Lello convidou para o Congresso de Espinho?
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-> PS Benfica
Botão Barbearia[0.116/2009]
Ainda os coelhinhos truca-truca, mesmo sendo casais, e os pecadilhos da burocraciaCoelhos

Neste tempo de grandes aflições e preocupações em que há milhares de pessoas desempregadas e muitas a passar fome, a perder as casas, a tirar os filhos das escolas, a sofrerem penhoras pelo fisco, etc., tanto a Igreja Católica Apostólica e Romana como o Partido Socialista descobriram que a bandeira mais empolgante para os portugueses é saber se os casais de coelhos, dos tais coelhos que não conseguem fazer coelhinhos por muito que “trabalhem”, podem ou não ser portadores de aliança e de papel passado.

São estas particularidades de suma importância que dão relevo à Política e à Doutrina, porque resolvida a burocracia da toca e do truca-truca, segundo o PS, os portugueses em geral passam a viver muito melhor e, segundo a Santa Madre Igreja, fica o pecado capital de se passar a ver às claras aquilo que todos sabem no sussurro dos conventos.
LNT

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.106/2009]
A fábula do coelhinho truca-truca e do dinheiro vilãoCoelhos Notas

Imaginem dois coelhos numa cova, de certeza que vão sair coelhinhos, mas se puserem duas notas de cem euros, imaginam que vão sair notas de vinte?
Francisco Louçã

Naquele tempo andava um cardeal moralista a filosofar pelos contrafortes da democracia e encontrou um casal de notas e um outro de coelhos.

O Cardeal vermelho, homem de lutas fracturantes, sentou-se a observar as notas que, por muito que se friccionassem, pareciam nada produzir enquanto que os coelhos pareciam obter com isso grandes espasmos e, isso observando, recostou-se para admirar os resultados.

Passados uns meses, convencido que aquilo que observava era trabalho, o Cardeal admirou-se com os resultados. As notas de tanto se friccionarem conseguiram calor e os coelhos, em resultado das causas fracturantes defendidas anteriormente extinguiram-se de cansaço sem darem rebentos.

O Cardeal pasmou-se e concluiu: Energia, tudo não passa de energia e embora nada mais que se crie do que energia, uma, ainda assim, aquece e a outra só esgota.
LNT
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-> Público

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.096/2009]
Aquele ar naif liberal Picasso

Viste o Passos Coelho no Mário Crespo?
Vi!
E então, que tal?
Coisa e dal.
Ah!, mas esteve bem?
Errr...
E substância?
Muida dranquilidade, ehhh, deve ser do Spórdengue.
LNT

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.093/2009]
Jazigos de família e swingPerigo - GOLF

O nosso vizinho João Tunes, do Água Lisa(6), aborda a questão que mais me tem feito reflectir nos últimos tempos: - Deveremos, perante uma campanha política cínica e anónima, entregar o poder a Belém através do apodrecimento de uma única figura que, após ter provocado o estado calamitoso em que se encontra a ideologia, deixará o colectivo partidário à beira do orfanato?

A resposta imediata é não e ainda mais veemente, antes o PS/Sócrates, do que o PSD/Leite. Morte de ideologia por morte de ideologia, prefiro a política que mantém a doutrina nos seus fundamentos à de políticos que repudiam a política.

Manuela Ferreira Leite, moeda boa de Belém, tenta passar a imagem anti-política que Cavaco cultivou nos seus mandatos de executivo e que ainda hoje demonstra quando é abordado para comentar a situação política portuguesa. No tempo de executivo atafulhava-se de bolo-rei e agora, em posição majestática entre dois sorrisos e o swing do campo de 18 buracos, evoca razões de estado para manter o silêncio, como se o seu silêncio não se devesse quebrar perante as "fontes da Presidência" que tanta água inquinada têm brotado, as fugas ao "segredo de justiça" que tanta injustiça tem criado e a "boataria lançada pelo anonimato" em que os cobardes do costume se escudam com o argumento da liberdade.

Se Ferreira Leite viesse a herdar o poder, não o faria por valor próprio, que poucos lhe reconhecem, mas por jogos de bastidores que já foram jogados em circunstâncias anteriores ao longo da História, incluindo na História recente.

Seria o acumular do poder nas mãos do Presidente que foi eleito na campa da ideologia aproveitando guerras fratricidas de famílias desavindas.

No entanto parece impossível a concretização do desejo do João Tunes de ver sair do próximo Congresso do PS a solução que protagoniza, por duas razões: 1 - Porque o Congresso já está antecipadamente concluído e o Líder decididamente escolhido; e, 2 – Porque ressuscitar a ideologia requer tratamento de choque e isso não se consegue com intenções.

Para finalizar deixo um conselho: - Não se façam enterros de mortos-vivos, mesmo que as procissões fúnebres estejam a ser ensaiadas com togas e cabeleiras empoadas. Também aqui, o anúncio da morte precoce pode ser manifestamente exagerado.
LNT
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-> Água Lisa João Tunes - Devolver a decisão política aos que elegem e aos que são eleitos

sábado, 31 de janeiro de 2009

Botão Barbearia[0.087/2009]
BoatariaEspelho meu
"Dos contactos que tenho mantido com dirigentes de instituições de solidariedade, recolho informações que a maioria dos casos de 'novos pobres' está associada a situações de divórcio"

Sem fazer comentário à qualidade da Lei e, inclusive, dando razão ao Presidente da República quando fala em perplexidade pela forma como se legisla em Portugal sobre matérias relevantes, parece ser relevante ficar igualmente perplexo com a má qualidade com que o Presidente se pronuncia.

Um alto responsável não pode dirigir-se a um auditório usando expressões como "recolho informações" e "dos contactos que tenho mantido".

Falta a quantificação, falta a origem da informação, falta a frequência, falta o universo, falta, em suma, o rigor da informação que transmite.

Cada vez é mais claro de onde parte a técnica "fontes de Belém fazem saber que..." deixando no vazio as evidências que transformam o boato em informação.
LNT
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-> Diário de Notícias Cavaco diz que Lei do Divórcio poderá criar novos pobres