(Com este Post encerro esta série de três textos (1 e 2) que entendi necessário fazer para reposição de verdades escondidas) Manuel Alegre nunca traiu a confiança dos
militantes que nele votaram para Secretário-geral do PS, nem a dos que elegeram os delegados ao XIV Congresso Nacional. Antes pelo contrário, defendeu muitas vezes praticamente isolado, aquilo com que se candidatou.
Manuel Alegre não traiu a confiança dos
Delegados ao XIV Congresso que votaram as listas para os órgãos dirigentes do PS e das quais saiu a quota a ser considerada na construção das listas de candidatos a deputados que agora terminam o seu mandato. Antes pelo contrário, bateu-se na Assembleia da República, mesmo perante a oposição e silêncio de muitos dos deputados (há raras e honrosas excepções) que ainda lá estão pela sua quota.
Manuel Alegre nunca traiu a confiança dos
cidadãos-eleitores que o elegeram deputado porque nunca votou contra o que estava disposto no Programa Eleitoral do PS. Antes pelo contrário, sempre se opôs a que o Programa Eleitoral, ainda em curso, não fosse cumprido.
Manuel Alegre nunca traiu a confiança de quem nele depositou
a esperança de o ter na Presidência da República. Antes pelo contrário, mostrou uma coragem impar na nossa jovem democracia tendo levado até ao fim a sua determinação.
Manuel Alegre nunca traiu a confiança do
Partido Socialista. Antes pelo contrário, cumpriu o mandato para que foi eleito e soube reconhecer o fim do ciclo que o elegeu sem cedências e sem abandonos.
Apesar de tudo isto e apesar das muitas deturpações e inverdades em todo este processo, incluindo a última falácia de que teria imposto três nomes para as próximas listas de deputados,
o que já desmentiu categoricamente, Manuel Alegre mantém intacta a sua credibilidade e é um exemplo de coerência e verticalidade para toda a classe política.
Para os que gostam de falar em
modernidade e
visão de futuro e que se arrogam dessa modernidade sem que se lhes conheça qualquer contributo a seu favor, é bom que analisem o percurso feito por Alegre e possam concluir que também é a ele que se deve a consciencialização da
nova política consubstanciada numa candidatura à Presidência da República independente, baseada em Movimentos de
Cidadania que surgiram do nada.
Os caminhos estão traçados. Já não é possível aos Partidos fazerem aquilo que entendem sem considerar que o Mundo mudou e que há muito mais política para além daquela que se cogita nos gabinetes.
Agora é tempo dos eleitores se pronunciarem e de se assumir o seu julgamento. Alegre é um militante disciplinado. Não estará contra o Partido Socialista mas não lhe é exigível que assuma a responsabilidade daquilo com que não concordou.
LNT[0.392/2009]