quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Portas fechadas?

Portas/RumsfeldÉ pena se o PSD não vier a incluir Paulo Portas na sua lista de propositura para Conselheiros de Estado.

Uma pena para Cavaco Silva que ficará privado de doutas e eficazes frases-chave que poderia incluir em futuras comunicações ao País;
Uma pena para Alberto João Jardim que ficará sem ter a possibilidade de finalmente conhecer o líder do Partido "frota de táxi 5x5";
Uma pena para o próprio Passos Coelho que não disporá do espírito-santo-de-orelha quando tiver de dar palpites no Conselho de Estado e, principalmente;
Uma pena para o Conselho de Estado, no seu todo, pois perderá a oportunidade de perceber a importância dos submarinos na problemática emergente das fronteiras marítimas de fundo.
LNT
[0.320/2011]

Já fui feliz aqui [ CML ]


Praia Algarve
Quase a ser outra vez (espero!) - Algarve - Portugal
LNT
[0.319/2011]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A má gestão pelo preço da morte

Jack NicholsonNão vivemos tempos fáceis. A prová-lo estão os telejornais que passaram a ter os ministros deste Governo como pivots, o que logo à partida é pronuncio de coisa má. Estes tempos já nos ensinaram que a presença de um Ministro representa o anúncio de notícia ruim justificada em português arrevesado.

Ontem foi a vez do Álvaro nos deitar a língua de fora. Anunciou que, para os que pensam que os transportes públicos passaram a custos obscenos, lhes dará novo incremento pelas janeiras. Trata-se de uma acção pedagógica destinada a diferenciar um preço sensual, de um pornográfico. A língua de pau assumiu a forma de gráfico de linhas paralelas, uma vermelha e outra preta, e a má notícia foi a de que, para que essas linhas passem a convergentes, vai ser necessário espessar a da receita uma vez que se prevê que a da má gestão continue o seu caminho.

Nada de novo. Já sabíamos da teoria desde a apresentação do imposto extraordinário do próximo Natal, isto é: Pelo sim, pelo não, arrecade-se mais dinheiro para cobrir a má gestão, não venha ela a ser ainda pior do que aquilo que se espera.

O paleio desta gente veio para ficar e para substituir a menina-de-cinco-olhos com que, em outros idos, se amedrontavam os educandos para os manter no caminho das cabras, a bem da Nação.
LNT
[0.318/2011]

A resposta de 2,4 mil milhões de euros

Dr. HouseTodos sabem que quem compra acções não tem lucro ou prejuízo enquanto as não vender.

Há sempre quem venda as suas acções acima do valor, é uma questão de estratégia e de tempo.

Há sempre quem faça negócios ruinosos e há quem os faça, aparentemente ruinosos, para daí retirar alguns proventos para alguém.

Há negócios que não se fazem. Há negócios que são menos maus do que outros e há perdas menos gravosas do que outras.

Há muitas coisas e, entre elas, muitas que obrigam à responsabilidade de quem trata da coisa pública.

Por haver tudo isto tem também de haver respostas para questões, principalmente para questões de 2,4 mil milhões de euros, e nenhuma delas passa por as encarecer ainda mais.
LNT
[0.317/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLIX ]


Lisboa
Tolerância - Lisboa - Portugal
LNT
[0.316/2011]
A ler

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A carniça e os ossos

Sanita PionesNos tempos em que se chamavam os nomes tradicionais às coisas dir-se-ia que o BPN foi um negócio da China. Nos tempos que correm chama-se negócio de Angola.

Despachou-se a salganhada ruinosa por 40 milhões sendo que o "custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros", com uma salvaguarda de brincadeira e acrescentando à ruína uma responsabilidade a prazo para o Estado dos "custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções".

O BPN foi, e continua a ser, um negócio maquiavélico para os contribuintes. Todos nós tivemos (e temos) de acarretar com os desfalques, com a má gestão, com os amiguismos, e com as outras trafulhices de toda a espécie, incluindo os favorecimentos de excepção, para que alguns lá fossem buscar aquilo a que agora, por serem "poupanças", se isenta de contribuição especial.

Este negócio acaba na mesma pouca-vergonha que o fez ser uma contaminação sistémica dos impostos que nos são exigidos com agravo sistemático e deixou a rir, na impunidade, quem se encheu “legalmente”.

A expressão "uns comem a carne e os outros roem os ossos" nunca foi tão bem empregue.
LNT
[0.315/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLVIII ]

Beatles
Beatles - UK
LNT
[0.314/2011]

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se o ridículo matasse estávamos em autogestão

Laranja MecânicaDepois da inutilidade de fazer publicar em II série do Diário da República um despacho ministerial que determina a desobrigação do uso de gravata quando ela nunca foi obrigatória, o Website do Governo português passou a disponibilizar uma página onde são registados os nomeados para os gabinetes do governo.

Além de mal amanhada, esta página absolutamente inútil (mais não é do que uma duplicação dado que essas nomeações já são do domínio público pelo acesso gratuito ao Diário da República Electrónico), representa o que de pior pode conter o populismo e a demagogia. A composição dos gabinetes dos membros do governo está vertida em diplomas legais e todas as nomeações estão obrigadas a divulgação pública.

Para além do mais, a informação agora disponibilizada não só não é exaustiva, como também não é apresentada de forma a serem perceptíveis as discrepâncias de vencimentos para funções iguais (bastava que tivesse sido apresentada em matriz) nem contém totalizadores para o número de nomeados nem para os montantes globais de despesa que essas nomeações acarretam.

Para terminar.
As nomeações para os gabinetes do governo são uma gota de água no conjunto de nomeações da Administração Pública (que anda num corrupio de "biquinhos-dos-pés" para garantir o seu lugar ao Sol) e essas não constam na página agora disponibilizada.

Mais do mesmo.
Continuamos a brincar ás transparências para empatar o pagode e continuam a desbaratar os recursos do Estado em inutilidades ineficazes e ineficientes.
LNT
[0.313/2011]

Desemprego à vista

Desemprego - Cartaz do CDS/PPJá não sei em que ano ou em que campanha o CDS/PP apresentou o cartaz que se reproduz mas, o canudo por onde a menina espreita, faz adivinhar que seria uma estratégia a utilizar assim que o pote lhes ficasse à mão de semear.

Duvido que a promessa dos cinco ministros se cumpra, uma vez tratar-se de um desígnio do Governo inteiro e desconfio que se cumpra a previsão das 5 políticas uma vez que as políticas actuais são alteradas em cada dia que passa.

Importa o título da propaganda:

Desemprego à vista

Desemprego seleccionado, porque o poder é selectivo como já demonstrou com o assalto ao 13º mês, preventivo, para não se correr o risco de mais tarde ter de taxar os que nunca têm crises para pagar.

Desemprego tendencialmente sem justa causa e sem indemnização, porque se se onerar o lucro este não poderá vir a ser poupança isenta de sacrifícios.
LNT
[0.312/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLVII ]

Alentejo
Pesca Achigã (Micropterus Salmoides) - Alentejo - Portugal
LNT
[0.311/2011]

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Palha

Nós de gravata
Cá está.
Com a pompa de publicação no Diário da República e com a circunstância da formalidade, o despacho da Ministra Cristas transforma uma coisa que não era obrigatória, numa outra, em que essa coisa continua a não ser obrigatória.

Fico de atalaia para ver qual será a próxima medida de fundo que transformará mais coisas não obrigatórias em coisas que não são obrigatórias. Por exemplo, o laço (atenção Dr. do coração), que nunca foi obrigatório usar, deverá passar a ser usado só quando e por quem o quiser usar.
LNT
[0.310/2011]

Como se deixa de ser uma coisa que já se não é?

EspreitarHá qualquer coisa de inconsistente entre este título de uma notícia do Negócios – on line:
Escritório de Rebelo de Sousa vai deixar de trabalhar para a CGD
E o teor da própria notícia:
A esse propósito, Rebelo de Sousa garante que a Caixa não é actualmente cliente do seu escritório e que, com a garantia de que não o será enquanto ele for administrador, “os outros escritórios até ficam beneficiados”.
LNT
[0.309/2011]

Burriés

BurriésSe vos contasse o que me vai na alma, fugiam daqui para não mais voltar e por isso não vos contarei.

Se vos dissesse como me apetecia pirar-me daqui, da vidinha, não do Blog, assustar-vos-ia, o que não pretendo, e por isso não vos direi.

Se vos confessasse o colossal (entre parêntesis, ou entre aspas - daquelas que se sinalizam com os dois dedinhos de cada mão no ar - para ilustrar que existe uma série de palavras até chegar a…) desvio da qualidade que ambicionava para mim e para os meus, amargurar-vos-ia, e por isso não confessarei.

Ainda falta tanto para que seja só pensamento, ou passamento, ou passatempo.
LNT
[0.308/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLVI ]

Bola de Berlim
A dentada na boa da Bola de Berlim com creme - na praia - Portugal
LNT
[0.307/2011]

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A mãe de todas as culpas

NetworkÉ vulgar ouvirmos culpar a Net por inúmeros desvios de comportamento. A Net é perigosa, diz-se (diz principalmente quem a não sabe usar), porque é um espaço de depravação, de pornografia, de assédio e agora, mais recentemente, também um incentivo ao mais vulgar crime de agressão, ou ao mais imbecil acto destinado a ganhar o minuto de fama que não se prevê ser possível conseguir de outra forma.

Diz-se tudo isto, esquecendo que a Net é o espaço de excelência da liberdade (ainda é), é o mais importante veículo inventado até hoje para divulgação de informação e opinião, para consulta e estudo a nível universal, para racionalização da burocracia, para concretização do bem estar e também para todo o tipo de cultura e divertimento.

A Net é um meio de comunicação potente. Como todos os outros e como todas as outras actividades no espaço público pressupõe que seja utilizada com cuidado e responsabilidade e, quanto aos menores, que seja acautelado o seu uso da mesma forma como se lhes deve acautelar a circulação numa Feira Popular, ou em qualquer outro local onde se reúna uma multidão anónima.

Esta nota foi feita a pensar no toureio de automóveis que culminou em prejuízos insanáveis para os seus praticantes. O motivo, dizem, era disponibilizar na Net uns filmes You Tube e com eles conseguir notoriedade, tal como anteriormente foi também possível consegui-la com o filme da miúda espancada pelos colegas (que agora andam às voltas com a justiça). Esta nota foi feita a pensar que pudemos sempre tentar arranjar bodes expiatórios para a nossa insanidade, mas não serão esses subterfúgios que nos livrarão da responsabilidade e das consequências de as ter cometido.
LNT
[0.306/2011]