Foi difícil partilhar um Governo
assez mignone como aquele que a demagogia mandou fazer.
Portas, Deus menor de um reduzido paraíso, não se satisfez com pouco e deu nomes aos seus ministérios que nem às páginas amarelas faria lembradura.
Foi a técnica de arrebanhar competências comprimindo-as no topo para depois repartir
o pote em patamares mais baixos (grupos de trabalho,
task force, etc.) onde não se vêem as clientelas que, sem responsabilização directa nem notoriedade pública, agem na sombra usufruindo das regalias sem se sujeitarem ao escrutínio e à fiscalização.
Tácticas aprendidas com o estudo dos
dossiers dos submarinos.
Pelos vistos a estratégia passa também por manter em funções
um ministro gato-sapato, aparentemente com mil pelouros, a quem sorrateiramente se vão esvaziando competências. A influência política transita para quem fica com a competência mas o gato-sapato serve para fingir equilíbrios.
Não sei como se traduz gato-sapato para
québécois mas deve ser qualquer coisa como:
mon petit Álvaro, laissez faire puisque tu est ici, tu est dans l’eau.
LNT[0.153/2012]