sexta-feira, 19 de outubro de 2012

as pessoas andavam todas de pernas para o ar

Banco de pernas para o arUm dia um passarinho chamado Fausto fez as malas e foi conhecer mundo.

Chegou a uma terra em que as pessoas andavam todas de pernas para o ar e de cabeça para baixo.

As pessoas daquele país calçavam os sapatos nas mãos e as luvas nos pés.

O País das Pessoas de Pernas para o Ar
Manuel António Pina
LNT
[0.515/2012]

Das decepções

Vitor ConstâncioDetesto ter de referir um ex-líder do Partido Socialista como o pior dos lixos que Portugal teve depois da liberdade mas, depois da acção miserável que Vítor Constâncio teve à frente do Banco de Portugal, principalmente durante o assalto do BPN em que encobriu todos os bandidos que o perpetraram e, depois, nas contínuas investidas contra os portugueses, sempre em defesa dos seus próprios interesses e dos da camarilha que o segura no poleiro, não me deixa alternativa.

Victor Constâncio faz-me asco. É uma das minhas piores decepções políticas e pessoais.

Como me terá sido possível ter, alguma vez, acreditado que ele era uma pessoa de bem?
LNT
[0.514/2012]

O PEC 9.999

Alcool ao volanteLá vamos cantando e rindo a caminho de uma sociedade miserável onde coesão e desenvolvimento são palavras censuradas e solidariedade passou a ser um chavão marxista banido do léxico coelhino-gaspariano/borgesachs.

Depois do PEC IV ter ido às malvas por ser, no dizer de sua Excelência, um esforço para além do aceitável, e no dizer de outras excelentíssimas sapiências, esganadas pelo chafurdo no pote ou pela raiva dos incendiários, uma desnecessidade de incómodo aos nossos amigos europeus, pedinchou-se muito mais aos tubarões mundiais com o intuito de conseguir cobertura para uma agenda assente no “além da troica, além do Bojador, além da dor (custe o que custar)”, e atingir as metas do empobrecimento, da desvalorização do trabalho, da indigência social e do retorno à condição de cu da Europa.

Porquê e com que intuito? Cumprir ensinamentos radicais com a mesma determinação e fundamentalismo de um bombista-suicida mas com a diferença de que os veículos da bomba não morrem porque se piram para longe ou já se blindaram atrás de um qualquer muro de impunidade ou de dinheiro.

O OlE2013 é um PEC que peca por não ser um plano, não promover a estabilidade, nem objectivar o crescimento. É uma agenda da qual ninguém assume a paternidade e foi parida por uma mãe de aluguer.
LNT
[0.513/2012]

Já fui feliz aqui [ MCC ]

Olinda
Olinda - Pernambuco - Brasil
LNT
[0.512/2012]

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bye Sylvia

Cadeira Emmnuelle
LNT
[0.511/2012]

Estratificação

EstratificaçãoMesmo sem conseguir saber ao certo o que vai na cabeça desta gente e persentindo que irá muito pouco porque a massa cinzenta “enormemente cara na formação” tem pouco que se lhe aproveite em resultados práticos (continua a ser irritante a confusão entre habilitações literárias e formação e entre canudo e saber fazer) adivinha-se que a associação cognitiva que as medidas em curso pretendem fazer, através do empobrecimento anunciado, resulta na reengenharia da estratificação social baseada no conceito: “só faltava que as sopeiras se confundissem com as meninas da casa”.

Há por isso que estratificar para tratar em conformidade. O modelo que se propõe é:

- Ricos;
- Classe média alta;
- Classe média baixa; e
- Miseráveis.

Acaba-se com a fantasia de viver acima das possibilidades, isto é, acaba-se com a fantasia de que só há uma classe média e dá-se fim à confusão entre as meninas e as sopeiras.

Ricos são ricos e ponto final, não se questiona. Classe média alta é a que faz dos filhos dos doutores, doutores. Classe média baixa a que faz dos filhos de funcionários públicos, servidores do Estado e dos filhos dos canalizadores, canalizadores. Miseráveis, são miseráveis e ponto final, não se questiona.

- Aos ricos nada se pede, senão que se mantenham ricos.
- Á classe média alta pede-se que olhe com simpatia para a classe média baixa e com compaixão para os miseráveis.
- Á classe média baixa pede-se que reflita sobre a sua condição, se esforce para tentar passar à classe média alta e se sacrifique na esperança de ascensão.
- Aos miseráveis pede-se que não macem com a sua miséria e que sejam doces à compaixão e receptivos à caridade.

E nós, que gastámos um dinheirão a habitar estes canastrões para que nos imponham tais projectos, poderemos continuar a fingir que tudo isto é normal?
LNT
[0.510/2012]

Já fui feliz aqui [ MCXCIX ]

Angola
Paquete Angola - CNN - Portugal
LNT
[0.509/2012]

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Da política

Cara Portugal O que este, ou qualquer outro Governo teria terá de fazer, Paulo, é ser político.

Até poderá ter alguns tecnocratas no seu seio (dispensáveis porque é exactamente para isso que pode recorrer a assessores, adjuntos e à administração pública) mas tem de ser forte politicamente.

Tem de fazer política nacional, interna, que devolva a esperança às pessoas e as envolva num projecto de futuro e, principalmente, política externa junto dos nossos parceiros comunitários e aliados extracomunitários.

Tem de fazer política, em vez de se arvorar no dono do pensamento e das soluções únicas e tem de se deixar dessa infantilidade que Cavaco Silva baptizou como teoria dos “bons alunos”.
LNT
[0.508/2012]

Fetiches

CordaDepois de se ter divorciado de todos os eleitores, dos parceiros sociais e económicos, da concertação, da coesão, do Presidente da República, dos Partidos que o sustentam, da Europa e do resto do Mundo, o Governo divorcia-se agora de si próprio.

Tudo isto porque quer manter uma amante imaginária, caríssima, perita em sadomasoquismo.

Ainda não percebeu, mesmo depois dela já o ter informado de que o chicote deve ser usado com mais propriedade, que o cabo da chibata é para segurar na mão e não para o uso que ele lhe quer dar.

Depois admira-se das olheiras.
LNT
[0.507/2012]

Caracol, caracol, põe os corninhos ao Sol

CaracolChamar cobardia política àquilo que Portas e Comp.ª andam a fazer é simplificar.

Paulo Portas é, a par de Francisco Louçã, um dos políticos mais rodados no activo.

Tanto um como outro são politiqueiros de mão cheia e baseiam a sua demagogia no atrevimento da irresponsabilidade inconsequente. Diferencia-os o facto de Portas estar convencido que faz parte dos Partidos do poder por já ter estado inúmeras vezes no governo e por isso ter uma quota-parte da responsabilidade do estado a que chegámos e Louçã ter conseguido passar uma vida inteira na política sem nunca ter assumido a responsabilidade de dar alguma utilidade àquilo que apregoa.

Paulo Portas não é um covarde político. É somente um intriguista convencido de que é político e um demagogo pretensioso convencido que o seu papel de bengala poderá alguma vez ser transformado em papel de ceptro.

Não vale um caracol.
LNT
[0.506/2012]

Já fui feliz aqui [ MCXCVIII ]

Sapo Caneca
a Caneca do Caldas - Lisboa - Portugal
LNT
[0.505/2012]

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Feitas as contas

LeopardoPegando ainda na converseta do Ministro Gaspar sobre o retorno que pensa estar a dar-nos do enorme investimento que todos fizemos para que ele tivesse a formação que tem e considerando os prejuízos que ele nos trouxe com a aplicação que tem feito dos seus conhecimentos teóricos, só posso concluir que Miguel Relvas saiu-nos mais em conta.

A equivalência privada que o guinou ao estrelato ficou-nos muito mais barata e a sua sapiência chega e sobra para o fala-baratismo que pratica.
LNT
[0.504/2012]

Insistência (reformulada)

Dentes

O CDS/PP já se pronunciou sobre o OLE 2013 ou ainda está à espera de um novo branqueamento dentário para os sorrisos nas feiras que antecederão as próximas eleições?


O CDS/PP acha que os portugueses continuam na disposição de aturar  os joguinhos de salão e do poder et  les règles de la danse noble mais conhecidas por menuets das Caldas?
LNT
[0.503/2012]

Surdinas [ LXVII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

O CDS/PP já se pronunciou sobre o OLE 2013 ou ainda está à espera que o Falcon aterre, ou que o Tridente se faça pastilha elástica?
LNT
[0.502/2012]

A censura está a passar por aqui

Manif AR 20121015

As televisões noticiosas, já só falo destas porque nem vale a pena falar das de sinal aberto, passavam conversas da treta sobre a bola quando a malta do CERCO, de ontem, desatou à pancadaria.

Não me refiro à bondade ou à concordância com a pancadaria, nem ao CERCO, coisa que já tive a oportunidade de esclarecer não me ser respeitável até por lembrar outros cercos que em 1975 se fizeram para bloquear a democracia e a liberdade.

No entanto, tal como não gosto de assistir em directo a um terramoto, não prescindo de ser informado de que ele está a acontecer.

Ontem, enquanto as equipas de reportagem estavam no terreno sem informar da arruaça, os programas de chacha inundavam os ecrãs e as televisões não disponibilizavam informação escrita em rodapé. As redações mantiveram silêncio e registaram imagens para resumos que só passaram quando a acção ficou controlada.

As redes sociais já tinham filme e fotografia publicada há horas quando as notícias das televisões deixaram de estar sequestradas. Até lá (nas redes sociais) não faltaram comentários a justificar a ausência de directo e a impingir a teoria de que os directos só servem para fomentar mais violência. Teorias velhas de quem não estima a liberdade e de quem está sempre pronto para passar atestados de menoridade a um povo que se quer tutelado.

Aquilo que ontem se passou nas televisões portugueses foi uma vergonha e foi um precedente gravíssimo. Amanhã, com iguais justificativos, outras coisas serão escondidas, outra informação será adiada e um qualquer vizinho será levado pela calada da noite e só o saberemos quando formos convocados para o funeral.

A censura, ontem, voltou a passar por aqui.
LNT
[0.501/2012]