segunda-feira, 8 de abril de 2013

Validar alternativas

EleiçõesNão deixa de ser interessante ouvirem-se vozes, algumas vindas do próprio interior do PS, a reclamar de que ainda não é tempo do Partido Socialista exigir eleições antecipadas. Dizem-nos que o PS deveria apresentar-se activo no debate sobre as reformas do Estado e só quando as suas teses fossem viáveis e suportadas por forças que garantissem a sua implementação, se deveria avançar.

Parecem essas vozes esquecer-se de que “as forças” de suporte só são reais após a contagem dos votos e de que, contra um bloco de surdos como o que agora dirige a nossa Nação, só há essa forma de se fazer ouvir.

António José Seguro fez tudo o que era exigível a um líder político fazer para que não tivéssemos chegado ao estado de ruptura em que nos encontramos. Muito do que fez até lhe custou fortes antipatias por parte daqueles que se dão mal com as ideias dos outros e que julgam não dever dar oportunidades para testar ideias diferentes.

Perante os maus resultados conseguidos por aqueles a quem foi concedida a dúvida, Seguro apresentou alternativas e não negou colaboração. Perante a recusa de todas as alternativas e perante os insucessos patentes, Seguro acabou por romper e demarcar-se.

Querem debate sobre a reforma de Estado? Neste momento só há maneira de o fazer através de um programa eleitoral.

Querem suporte por parte de forças que viabilizem uma alternativa? Neste momento só o é possível alcançar nas urnas, dado o radicalismo instalado no terreno.

Sei que o apoio a eleições antecipadas vindo de quem sempre defendeu os prazos democráticos pode chocar algumas susceptibilidades mas os prazos nunca serão mais importantes do que a vida das pessoas e o sufrágio será sempre a melhor forma, em democracia, para validar alternativas.
LNT
[0.040/2013]

Estado de sítio

Rui PerdigãoPassos Coelho e Paulo Portas entenderam que a melhor forma de responder perante a reposição da legalidade infringida foi a de declarar guerra aos cidadãos de Portugal.

Pouco faltou ao Primeiro-Ministro, que respirava ódio e se engasgava no discurso, para declarar o estado de sítio e assim punir quem o chamou à ordem constitucional.

Todos os poderes que pediram a fiscalização da legalidade, o Presidente da República, a Assembleia da República e o Provedor de Justiça, foram alvo indirecto do seu discurso e o Tribunal que o julgou foi objecto das mais graves afrontas feitas em democracia a um poder independente.

Os cidadãos são o alvo da vingança e foram anunciadas as malfeitorias que se seguem para demonstração de que ninguém sairá impune à rebeldia e ao inconformismo.

A alocução piegas e revanchista do chefe do Governo português ficará certamente registada na memória de uma Nação que não se resigna à má-sorte, embora resulte das suas escolhas, de ter tão fraca gente e com tão má índole a dirigir os seus destinos.

Imagem: Rui Perdigão
LNT
[0.039/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXL ]

Amoreiras
Amoreiras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.038/2013]

domingo, 7 de abril de 2013

al.i do art.º 133 da CRP (Pieguices)

Será que Passos Coelho vai invocar a al. i) do art.º 133 da Constituição da República Portuguesa? (1)

É que se não o fizer, dado que o Governo já nem de si próprio consegue apoio, deixa sem valor o comunicado de ontem do PR, nomeadamente quando diz que:
O Presidente da República reitera o entendimento de que o Governo dispõe de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido e manifestou o seu empenho em que sejam honrados os compromissos internacionais assumidos e em que sejam alcançados e preservados os consensos necessários à salvaguarda do superior interesse nacional.
(1)  i) Presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar;
LNT
[0.037/2013]

18:30

Pastel de BelémVivemos um momento de horas marcadas.

Há dois dias o País ficou suspenso para as 20:05. Ontem suspendeu-se para anúncios a meio da tarde e para o início da noite. Hoje suspende-se para as 18:30.

Todos os prazos foram ultrapassados. Todos os horários foram, à boa maneira portuguesa, furados. O País aguardou e continua a aguardar por decisões e soluções. Tirando as que vieram anteontem, que continham decisões mas às quais não competia trazer soluções, reina o vazio, o boato, o recado, os bicos-de-pé e falsas modéstias que se alinham em interesses pessoais e nas habituais jogadas de desresponsabilização com o intuito de proporcionarem novos alinhamentos em futuro próximo.

No meio de tudo isto salva-se Seguro que de forma frontal se disponibiliza para apresentar as soluções em programa eleitoral e através dele para enfrentar o sufrágio que validará as medidas de combate às dificuldades deixadas pela falência das políticas de empobrecimento, além da tróica, resultantes da ala ultraliberal do PSD e apadrinhadas pelo Presidente de todas as Coelhas.

Esperemos pelas 18:30. Esperemos sem stress porque sabemos que o que aí vem é mais irresponsabilidade, impreparação, incompetência, submissão, meias-palavras e ameaças veladas para nos condicionarem.
LNT
[0.036/2013]

sexta-feira, 5 de abril de 2013

20:05

Será cinco minutos depois da hora certa. Nem mais, nem menos.
Não se sujeitaram a pressões. Espera-se que apareçam trajados senão a peça não resultará com todo o esplendor da arte.
LNT
[0.034/2013]

Das forças anímicas

Magritte
Se ainda sei alguma coisa de língua portuguesa – o acordo ortográfico deixa-me sempre neste "se” – a palavra "anímica" refere-se à alma, à psico.

Assim como é difícil invocar a ética de quem a não tem, embora se deva ter em conta que a ética não é confinada a conceitos comuns uma vez que pode ser específica de grupos, bandos e até de quadrilhas, é no mínimo estranho que se invoque a força anímica para justificar estados de alma quando dela (da alma) se faz gato-sapato.

A força anímica é do domínio da alma, da psico, da moral.

Não se deveria confundir com o mau estado do espírito, nem com o espírito em mau estado.
LNT
[0.033/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXIX ]

Offshore
Offshores - ICIJ - USA
LNT
[0.032/2013]

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Let's go

Águia
LNT
[0.031/2013]

Enquanto Relvas vai e vem, ao Coelho folgam-lhe as costas

MarsupilamiConsta que o gajo foi estudar. Perde o País, perde o Contrainformação, perdemos nós que deixámos de ter um bo(m)bo onde malhar e perdem os que até aqui viviam descansados porque sabiam por onde ele andava.

Passos Coelho deve estar nervoso. Quando todos os que andam à sua volta deixarem de andar vai-se perceber que afinal, ao contrário do habitual "ele até nem é mau rapaz, a questão são as más companhias", o problema é ele próprio.

Vítor Gaspar deve estar já a desenhar o próximo gráfico em PowerPoint onde explica que a demissão de Relvas não representa perigo sistémico. O nome, a aparecer diluído numa lista forte de gente, garantirá uma espiral de diversão cujos danos colaterais abafarão as má-feitorias que se estão a preparar.

Já fiz a minha parte. Falei de Relvas numa altura em que todos hão-de falar.
Cumpre-se o ditado popular: "Enquanto Relvas vai e vem, ao Coelho folgam-lhe as costas".
LNT
[0.030/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXVIII ]

Açores
O sorriso das vacas - Açores - Portugal
LNT
[0.029/2013]

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O direito a continuar a falhar

Sumo de laranjaAquele rapaz do PSD que aparece nas televisões como o sábio do teorema do disparate veio ontem a público exigir que o Partido Socialista apresente alternativas para que possa levar avante a Moção de Censura entrada na Assembleia da República.

Como é minha reconhecida falha, sou mau para recordar nomes, principalmente nomes de sábios demonstradores de tal teorema e pedi ajuda no FaceBook para que me recordassem a “graça” de tão ilustre orador, ao que a Palmira e a Maloud acederam de imediato informando tratar-se de Moreira da Silva.

Assim sendo, posso dirigir-me a Moreira da Silva recordando-lhe que ele e os seus seguidores e seguidistas apresentaram uma pseudo-moção-de-censura na Assembleia da República, há mais ou menos dois anos, baseada em alternativas do tipo “já basta de impostos e de PEC’s, a Troika ao poder, já!” ou, em versão mais soft, “há limites para os sacrifícios”, coisas de fazer parar o trânsito pela assertividade que tinham e que resultaram no maior saque alguma vez realizado ao povo português através da aplicação de um programa que nunca foi sufragado e que afinal tinha por agenda escondida “ir além da Troika”, “empobrecer a canalha” e “custe o que custar, havemos de lá chegar”.

As alternativas que o mestre de Moreira da Silva apresentou para avançar para eleições e assim chegar ao pote foram as meias verdades de que o PSD nunca cortaria o subsídio de Natal (porque na realidade haveria de cortar o de Natal e o de Férias) e foram as restantes inverdades de que bastaria arredar Sócrates para que os juros diminuíssem, o desemprego parasse e os impostos e os restantes sacrifícios não aumentassem.

As alternativas exigidas por Moreira da Silva são mais do mesmo em relação à arrogância perante os direitos constitucionais e mais uma pressão, desta feita ao próprio povo português, para que cesse a censura a este Governo falhado que insiste em querer falhar mais por dois anos.
LNT
[0.028/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXVII ]

Simplex
Praia da Terra Estreita - Algarve - Portugal
LNT
[0.027/2013]

terça-feira, 2 de abril de 2013

Coisas de cabeça

CaveiraVoltei à actividade normal. Passaram quase dois meses desde que me puseram a dormir com a cabeça aparafusada a uma mesa de operações para entrarem pelas cervicais de forma semelhante ao que se faz no talho com o corte à milanesa.

Foram precisos muitos anos para que alguém me dobrasse a "espinha", embora não tenha sido da forma a que estamos habituados a ver, mas lá o conseguiram fazer. (também não foi bem dobrar, mas sim cortar e colar)

Só que isto de ser urso velho faz também ser-se osso duro de roer. Já cá ando de novo com o crânio no ar, quase pronto para o que der e vier e para torrar a cabeça a muitos daqueles que andam com ela de banda por terem outras má-formações na coluna.
LNT
[0.026/2013]