sexta-feira, 7 de junho de 2013

It’s raining cats and boys

Cats and dogs
Está tudo explicado.

Em Portugal tem chovido “cats and dogs” e isso faz com que o desemprego aumente, as receitas baixem embora as taxas dos impostos se inflacionem, as empresas se afoguem em tanta água, as reformas vão de enxurrada e o PIB e o défice entrem em espiral na sequência da baixa pressão que há dois anos insiste em cavar-se a norte dos Açores.

Sobre os “cats” estamos conversados. Já sabemos pelo diário da Assembleia da República que dão pelo nome de Gaspar.

Sobre os “dogs” ainda nada se disse mas podemos imaginá-los se substituirmos o inglesismo por “boys”. Uns porque parecem mastins com os cidadãos menos influentes e os outros por serem tão dóceis com os donos.
LNT
[0.159/2013]

Dos medos

AmarradoJá se verificam entradas nas redes sociais com perfis falsos (e que desaparecem de imediato às sevícias) a mandarem "ter tento" a quem escreve o que lhe vai na alma. Anónimos, sem perfil e escorregadios como eram aqueles crápulas que se sentavam à sorrelfa na mesa do lado da Suprema para apontarem a dedo, em troca das trinta moedas, os outros que nunca se escondem.

Havia cuidado nessa altura, mas nunca houve medo e não haverá também agora, num tempo em que quem deveria ter tento é quem se faz eleger com um falso programa eleitoral para, depois de eleito, fazer o contrário daquilo a que se comprometeu.

É que o respeito, ao contrário do respeitinho, ganha-se, não se impõe nem se consegue com ameaças veladas e se as instituições pretendem ser respeitadas têm de iniciar o processo por respeitarem aqueles que servem.

Sem medo continuarei a escrever enquanto não me calarem e utilizarei do mesmo desprezo em relação aos poderes instituídos que esses poderes utilizam em relação às leis que nos regem e aos cidadãos cumpridores.
LNT
[0.158/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXIII ]

Xutos
Xutos e Pontapés - Portugal
LNT
[0.157/2013]

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Mitologias

Fénix RenascidaPassos Coelho foi ontem à Amadora, em campanha eleitoral, para anunciar que o seu PSD está preparado para perder estas e todas as seguintes eleições. Não deixa de ser interessante verificar que escolheu para local do anúncio exactamente o concelho onde perdeu, ainda em tempos de vacas gordas, sem honra nem vergonha as eleições que o seu Partido lhe havia confiado.

Desta vez pendurou-se na sua mentira preferida, afirmar que nunca mente, para justificar a derrota anunciada. Como todos os fundamentalistas gritou aos sete ventos que o caminho que nos pôs a trilhar não tem retorno e que havemos de atingir a redenção ainda que para tal seja necessário sucumbir.

O ilimite da sua imbecilidade junta o devaneio alucinado de se julgar o profeta da salvação com a fantasia de que só a morte tem efeitos purificadores.

Foi assim que informou que "os portugueses são vistos agora como trabalhadores, cumpridores e honrados", sem revelar as fontes em que se baseou para esta máxima constatação e fazendo crer que antes o não eram.

Coelho seguirá a sua cruzada de destruição convencido de que, das cinzas e quando nada mais houver para destruir, há-de renascer como Fénix. Esquece-se que nem ele é uma ave, nem a Amadora é Heliópos e esquece-se também que a pitonisa que lhe serve de bengala diz-se democrata-cristã nada fazendo crer que esteja disponível para se oferecer à pira em sacrifício a deuses pagãos.
LNT
[0.156/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXII ]

Alentejo
Agricultura - Alentejo - Portugal
LNT
[0.155/2013]

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Há mais vida para além da política

TerraAndava para aqui às voltas para fazer um Post que não falasse de política, até porque hoje é um dia negro para a política portuguesa, e caiu-me no regaço (ou no colo, como gosta de dizer o Santana Lopes) uma matéria relacionada com assuntos completamente diferentes.

Descobri que a Janita que aqui comenta tem um nome e um perfil amigo no FB, o que me fez corar de vergonha por nunca ter associado as duas coisas. Isto não é próprio de um barbeiro, quase coiffeur, e merece penitência (mais do que aquela que Passos, Gaspar e Portas entendem que nos tem de ser aplicada). A nossa vida imaterial, virtual, ou lá o que é, merecia que fossemos mais atentos e menos descuidados com a nossa digitalização. Como se já não chegasse termos deixado de lado os álbuns de fotografias para passar a tê-las em pastas de arquivo na directoria das fotos, tendo assim perdido a oportunidade de massacrar aquelas visitas que não víamos há uns anitos e que de repente aparecem do nada para um jantareco ligeiro lá em casa.

A outra matéria de grande importância e que me deixa aliviado por não ter de falar de política nem destes miseráveis que há dois anos tomaram o País de assalto para massacrarem o povo que neles não votou (foram para a praia, para o laréu, ou para o que quer que tenha sido, mas não tiveram um minuto para “botar” o papelinho na caixa que elegeu esta estuporada gente) e os outros que votaram em promessas completamente diferentes da política que eles têm feito, adveio do “já fui feliz aqui” anterior, no qual a Maria C. Bruno, na virtualidade facebookiana, deixou um comentário a dizer que “Uma boleia deles para longe, muito longe, sabia bem. Visto à distância, tudo devia ser menos arrepiante”. Estava-se a referir a uma boleia à estratosfera para nos dar descanso destes marcianos que resolveram aterrar para as bandas de Belém e São Bento e eu concordo com ela. A coisa vista do lugar de onde esta gente veio para tomar o poder há dois anos deve ser muito mais azul e redonda. E no meio de tanto lixo que anda por lá em rotação nem se deve dar por eles a rodarem também.

Pronto, um Post sem a política do costume. Agradecido às minhas musas inspiradoras. Bem-hajam!
LNT
[0.154/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXI ]

NASA
NASA - Florida - USA
LNT
[0.153/2013]

terça-feira, 4 de junho de 2013

Deixem-nos falar, porra!

PapagaioNão deixar falar publicamente os governantes é não reconhecer o direito constitucional à palavra o que constitui um crime, no mínimo tão grave como o que esses governantes cometem cada vez que violam as restantes normas constitucionais de forma a manterem os seus governados calados por estrangulamento fiscal ou por asfixia de direitos.

O acto afigura-se especialmente criminoso no caso de se tentar silenciar um governante mancebo, embora Maduro, que ainda não teve o rasgo de produzir malfeitorias e que mais não fez do que falar para os jornais e para as televisões.
LNT
[0.152/2013]

Dia nacional do confisco

Moedas EuroTeoricamente hoje dever-se-ia comemorar, em Portugal, o dia da libertação dos impostos.

Diz quem se debruça sobre estas coisas que só a partir de hoje os portugueses conseguem ganhar (os que ainda têm trabalho e ganham) o salário para os seus gastos pessoais tendo, desde o dia 1 de Janeiro e até agora, recebido o montante anual para o pagamento da honra de habitar no espaço nacional.

Não conheço bem a incidência sobre a qual os estudiosos compilaram estas conclusões, mas pelo que vou lendo, as contas contemplam só os impostos directos (se não forem só os saques sobre os rendimentos do trabalho). A assim ser, há ainda muitos mais meses de confisco cobertos pelos 23% de IVA e pelas outras mãos avulsas como, por exemplo, por aquelas que nos entram no bolso para pagamento de uma “renda de casa” (o IMI) decorrente de termos património próprio sobre o qual já pagámos outras alcavalas.

O insaciável Estado que sustentamos e que cada vez devolve menos pelo mais que cobra, não nos dará tréguas de libertação, até porque os seus governantes continuam a aumentar o diâmetro dos rombos no fundo do pote.

Se queriam como feriado “o dia da libertação dos impostos” podem tirar daí o sentido.

Afinal, o que interessam as coisas terrenas a um País de tradição cristã que ignora o espírito encarnado do Senhor, ou a um País independente que mandou trabalhar a plebe no dia em que comemorava a defenestração dos ocupantes?
LNT
[0.151/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXX ]

Feira do Livro
Feira do Livro - Lisboa - Portugal
LNT
[0.150/2013]

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jean Stapleton


Para sempre agradecido pelos bons momentos que Edith me deixou. A inteligência pelo riso é muito mais do que a esperteza séria de muitos saloios.
LNT
[0.149/2013]

Das mula ruça

Burro com capaAqui há muitos anos, no século passado, quando andava a adquirir uma habilitação literária e profissional para confirmar a aptidão para o trabalho que desenvolvia tive um professor na cadeira de LCP que afirmava e fazia decorar que em computação aquilo que se fazia uma vez repetia-se ad vitam æternam com as mesmas características.

A teoria era verdadeira mas tentei convencê-lo a explicar de que esta teoria só por si podia levar os meus colegas de turma e futuros de profissão a erros gravíssimos de implementação.

A questão teria de ser equacionada em conjunto com uma panóplia de variáveis sendo que, principalmente, a frequência, o processador, a largura de banda, a quantidade de utilizadores e a simultaneidade (sim, sim, sei que não existe tal coisa mas existe o tempo de espera para que ela não exista) poderiam tornar essas rotinas inviáveis por não se processarem em tempo útil.

A coisa complicou-se e a nota na disciplina penalizou a ousadia. Ficou-me de memória e, ainda hoje, quando faço determinadas afirmações demasiadamente teóricas tento ouvir quem, por já ter construído, me pode ajudar a aperfeiçoar o raciocínio e a equacionar as condições.

Isto para dizer que, provavelmente, tudo correria melhor na governação do País se, em vez de se contratarem teóricos que nunca construíram qualquer solução, se optasse por recorrer a gente com provas dadas e resultados práticos comprovados.
LNT
[0.148/2013]