quinta-feira, 18 de julho de 2013

Na pala do pavilhão de Portugal

CML
Hoje, às 18 horas, irei até ao Parque das Nações para dar apoio ao meu amigo de sempre e estimado camarada António Costa. O trabalho que tem desenvolvido como presidente da Câmara Municipal de Lisboa é a marca de qualidade que gostaria de continuar a ver na minha cidade natal.

Espero que Costa tenha um bom número dois, alguém que o possa substituir mantendo a mesma garra à frente da CML caso, dentro de dois anos e tal, entenda candidatar-se à Presidência da República.
LNT
[0.240/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLX ]

Casa dos Assentos
Casa dos Assentos - Quinteães - Minho - Portugal
LNT
[0.239/2013]

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cá se vai andando, obrigado (com a ajuda de Deus)

LaranjeiraHá uns anos, quando se andou "aos cestos", como se diz na Madeira, o refúgio incomunicável foi o Pulo do Lobo. As coisas evoluíram e os gostos refinaram-se dando lugar ao upgrade do Pulo para as Selvagens, da Reserva natural para a Reserva integral.

No terreno ficam a discutir o que nunca foi sufragado e que se pretende que seja discutido e aprovado sem sufrágio, Ministros sem relevância nos Partidos mas que os representam por designação, representantes encartados do maior Partido da oposição (que exige a demissão do Governo) e uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo, em tempos Ministro da Educação de um Governo de Durão Barroso e noutros tempos vereador de Isaltino em Oeiras.

É um circo sem rei nem rock e a questão é que já nem o circo tem panos porque alguns dos seus artistas encarregaram-se de botar fogo à tenda enquanto faziam malabarismos e contorcionismos com tochas de fogo.

Tudo isto sem pressa, ao jeito da portuguesa resposta à saudação:
- Então, isso vai?
LNT
[0.238/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLIX ]

Cavacos
Cavacos - Ilhas Selvagens - Arquipélago da Madeira - Portugal
LNT
[0.237/2013]

Personalidades de reconhecido prestígio para a salvação nacional

David Justino, David Justino, David Justino, uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo, é um nome que não deixa de me matraquear a memória.

E de repente um flash.

Cavaco, Isaltino, demissões no Governo de Durão Barroso, mais confusões, mais personalidades de reconhecido prestígio que promovam e facilitem o diálogo e coisa e tal. O Loureiro não estaria disponível?
LNT
[0.236/2013]

terça-feira, 16 de julho de 2013

Bom de bola

11 para 11Há coisas que um barbeiro nunca deve dizer (ou escrever) porque é uma vergonha para a profissão. No entanto, esta barbearia é perita em politicamente incorrecto e por isso aqui vai:
O autor desta espelunca é pouco mais que analfabeto nas coisas do futebol, embora goste de mandar umas bocas e seja aficionado do Benfica por afinidade (e quase por convicção, vá lá).

Isso não impede que aceda a divulgar um site de coisas de futebol que lhe dizem ser muito técnico e científico. Consta que versa sobre a forma como se desenvolve a arte de dar uns chutos na bola, chama-se 11 para 11, e está aqui e aqui nas redes sociais.

Esperando que isto caiba no vosso conceito de serviço público, aguardo feedback, penalti, offside, ou lá o que for em futebolês.
LNT
[0.235/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVIII ]

Blog Alegro
Blog Alegro - 2010/2011 - Portugal
LNT
[0.234/2013]

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Da imparcialidade dos árbitros

Gunter GrassO papel mais importante que um Presidente da República tem é o de moderador da sociedade e de mediador dos interesses que mantêm a sociedade em funcionamento regular.

Com a eleição da actual maioria, o Presidente da República teve essa mediação na mão, com tarefa simplificada tanto a nível dos parceiros sociais como a nível do maior Partido da oposição uma vez que se geraram consensos, inclusive à custa do sacrifício da imagem do líder da oposição que foi bastas vezes acusado de ser demasiado conciliador.

Cavaco Silva desprezou o seu papel de moderador e preferiu agir em conluio com uma das partes convencido de que o poder e a maioria dessa parte seriam suficientes para se impor ao País.

A coisa correu mal, muito mal. O seu juízo sobre a parte apoiada não o deixou entender os perigos resultantes do carácter dos líderes da coligação e a sua condição ideológica sobrepôs-se ao bom senso da negociação até ao momento em que tudo se desmoronou à sua volta.

Agora, com o País em ruínas devido aos erros que foram cometidos pela Tróika e pelo Governo do “além da Tróika”, o Presidente tentou salvar a face com o jogo do empurra e da inclusão de outros na responsabilidade das irresponsabilidades do seu Governo.

O Chefe de Estado continua convencido de que nunca se engana e de que raramente comete erros (ou vice-versa) e por isso recusa emendar a mão.

Seria normal que ouvisse a voz de quem o elegeu e que exigisse aos Partidos que se apresentassem a votos com programas eleitorais que os vinculassem a linhas orientadoras claras para resolver o imbróglio em que estamos metidos.Em vez disso, arrasta o País para o caos tentando impor a todos a sua visão.

Estamos a perder tempo. Espera-se que o Partido Socialista não ceda perante tal erro e que mantenha válido o seu compromisso com os portugueses para que não se anulem as expectativas de que “não somos todos iguais” e de que “os resultados eleitorais não são indiferentes” para as políticas que se seguem.
LNT
[0.233/2013]

Caça à fisga

CavacoSabe-se, porque a sua narrativa com mais de trinta anos faz com que se saiba, que Cavaco Silva não gosta de Partidos Políticos e que adora fingir que não é político sendo um dos principais e mais activos políticos desde que em Portugal foi reposto um regime democrático.

Também se sabe que, tirando o período em que ele foi líder do PPD-PSD, Cavaco nunca gostou em especial de qualquer outro líder do Partido fundado por Sá Carneiro e que por eles sempre mostrou uma sobranceria que culminou com a ordem de retirarem Coelhoa sua imagem de um cartaz de campanha eleitoral que Pedro Santana Lopes teve a ousadia de fazer afixar.

Cavaco, tirando o seu próprio reinado, nunca conseguiu ver gente sua a ascender ao trono laranja, pelo menos em alturas em que esses seus fiéis pudessem exercer o poder, melhor, esses seus fiéis pudessem, em seu nome e sobre as suas orientações, exercer o poder.

Marques Mendes e Ferreira Leite, por exemplo, andaram pela Buenos Aires mas nunca mandaram mais do que nas paredes onde se moveram. Já Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho chegaram à liderança de executivos portugueses sem que a mão do arbusto conseguisse apontar-lhes o caminho, até que agora, a dois anos e picos de Cavaco abandonar a Presidência da República deixando para a História a imagem do Presidente da República eleito democraticamente menos amado de sempre, exigiu a um seu sucessor que trilhasse o sentido por si apontado.

Sendo verdade que as pedradas catapultadas pela fisga que empunhou se destinavam a devolver o veneno que Portas lhe injectou com as setas disparadas quando andou barricado no Independente e que também tinham por objectivo acertar em cheio no lombo do Partido Socialista, Partido que ele sempre odiou, fazendo-o chafurdar no charco que as teorias “além-da-troika” escavaram, o seu alvo mais apetecível neste momento é o homem que derrotou a sua primeira escolha, Ferreira Leite, a quem pretende ultrajar devolvendo-lhe em dobro todos os ultrajes que Coelho lhe tem feito.

Andamos nisto, e enquanto a mesquinhez tem o seu curso, vamos levando com as pedras perdidas como se os danos colaterais não nos estivessem a matar matados.
LNT
[0.232/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVII ]

Bairro Alto
Bairro Alto - Lisboa - Portugal
LNT
[0.231/2013]

domingo, 14 de julho de 2013

A Barbearia agradece o obséquio da sua preferência

BarbeiroE como o tempo é incontornável, fica a nota de que se perfazem hoje seis anitos que as cadeiras desta casa se abriram para desfazer barbas e cabelos.

O barbeiro já antes tinha ensaiado as artes noutros estabelecimentos e deles tinha trazido clientela, gente selecta que passou palavra sobre os serviços aqui prestados tendo resultado num crescendo que, contado a números de hoje, já perfaz 657.000 acessos.

É obra que se agradece, porque sem clientes não há trabalho.
LNT
[0.230/2013]

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cantando e rindo

CanoagemDiz-se por aí que o alegado Vice-Primeiro Ministro do alegadamente Governo em pleno exercício de funções já tinha embalado a trouxa para zarpar dos negócios estrangeiros.

Já para não falar no custo que as habituais fotocópias devem ter importado e no esforço feito pelas digressões à procura de um palacete ou forte que desse dignidade de Estado à função alegadamente relevante de coordenador da economia interna e externa, da finança lado-a-lado no que respeita à troika e de outras minudências relativas a alegados interesses ligados à gestão pública da Administração Central, basta que nos concentremos na presumível frustração que irrevogavelmente condicionará o estado anímico do retornado Ministro dos Negócios Estrangeiros para termos um panorama da vontade que anima o actual executivo.

Logo agora que tudo parecia ir para melhor, uma vez que estava aberta a janela de oportunidades para que Álvaro levasse consigo, para Vancôver, o alto interesse da Nação que consistia na substituição das exportações de faiança fina das Caldas pelas natas dos pastéis de Belém, e também devido ao facto do sector cervejeiro português passar a ter na economia um mandante de peso, ainda que coordenado à maneira portuguesa (uma canoa com inúmeros timoneiros e um só remador) que trocasse o interesse estratégico da fermentação das uvas pela fermentação da cevada, o País foi surpreendido com uma nova série do filme “a Múmia volta à vida” com o intuito de se demonstrar que continua a ser verdade que as vinganças frias e os guiões complexos fazem parte da marca nacional.

Continuamos a navegar à bolina e com ventos soprados por um Adamastor escondido num rochedo de tabus.

Mais tarde há-de surgir um Roteiro que aponte os culpados e os desleais que provocaram um segundo resgate, esquecendo que já o primeiro fez parte da mesma estratégia e teve por principal actor o autor desses mesmos Roteiros.

Voltando à trouxa do MNE, espera-se que a não desfaça, para que se não perca tudo. Já não faltará muito para que os eleitores lhe confirmem que chegou a hora de partir.
LNT
[0.229/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVI ]

Albufeira
XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura (1983) - Lisboa - Portugal
LNT
[0.228/2013]

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Implosão

BiomboNão pode ser uma questão de surdez, aquela que levou o Presidente da República a fazer a alocução que ontem fez.

Cavaco ignorou que o seu Governo lhe apresentou uma proposta de solução, ignorou que o Partido Socialista há muito tomou a decisão de só se envolver após eleições e ignorou que o poder reside no povo português e não nos Partidos.

Cavaco arredondou as arestas do seu pensamento com palavras bem medidas mas que deixam clara a sua interpretação dos conceitos da democracia e do regular funcionamento das instituições.

Cavaco apelou a um consenso de exclusão ao dirigir-se só aos Partidos signatários do memorando. Para além do mais foi redundante e desajustado porque nenhum desses três Partidos repudiou, até hoje, a sua responsabilidade no cumprimento dos compromissos assumidos com a sua assinatura.

Cavaco atirou o País para uma campanha eleitoral prolongada sem ter marcado eleições. Nem demitiu um Governo que tem ministros demissionários e outros com guia de marcha assinada, nem apresentou uma solução, deixando o País paralisado e ainda mais dividido entre aqueles que são defensores de soluções democráticas e plurais e os outros que entendem que, no mínimo, há que suspender a democracia.

Cavaco foi o que sempre foi. Ouve, mas não escuta e entende que o consenso é a aceitação da sua vontade.

Cavaco fez, uma vez mais, aquilo que sempre fez:
- Recusou reconhecer que erra e que muitas vezes se engana;
- Atirou as suas responsabilidades e culpas para as costas dos outros;
- Empatou, enrolou, arrastou e dilatou até ao limite as questões que lhe queimam as mãos; e
- Negou, escondeu e disfarçou a sua politiquice em meias-palavras vestidas de tabus e silêncios.

Que se esteja ciente de que o discurso de ontem foi só o princípio do que está para vir. Ninguém pode acreditar que um Governo com cartas de demissão, ministros que sabem que estavam nas bordas de um caixote de lixo a aguardar substituição e uma Ministra das Finanças disposta a dividir a troika com um vice-primeiro-ministro que afinal o não é, é um Governo no pleno gozo das suas funções.
LNT
[0.227/2013]

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Demasiadamente mau

KoenO grande responsável por termos chegado a este ponto é quem, tendo por principal instrumento a palavra, a tenha usado para pronunciar os discursos feitos no 25 de Abril e 10 de Junho e que logo na noite de vitória eleitoral a tenha usado para criar a divisão dos portugueses.

A tentativa de sacudir a água do capote usando agora da palavra carregada de ameaças e temores e procurando responsabilizar outros numa solução absurda de compromisso com gente que nem sequer consegue cumprir os compromissos que tem com os seus parceiros e aliados, não merece muito mais do que um encolher de ombros.

Cavaco encheu de gás Passos Coelho. Tanto gás que levou o Primeiro-ministro a dar-se ao luxo de humilhar o seu aliado impondo-lhe a solução para as Finanças como um facto consumado.

Paulo Portas respondeu à provocação do modo que se conhece o que mergulhou Coelho numa tal fragilidade que acabou por entregar todo o poder ao seu parceiro imensamente minoritário.

Agora o Presidente lava as mãos dizendo que um Governo com um Ministro de Estado demissionário e mais dois Ministros com o lugar colocado à disposição está em plenas funções, o que sendo verdade, não lhe retira a condição de Governo moribundo e politicamente inviável.

Tudo isto é demasiadamente mau.
LNT
[0.226/2013]