quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ministros da propaganda

Maduro Iraque

Dizia ele a bom dizer, que não, que tudo estava de feição, que se tinha melhorado 1,1 de -2 e que a guerra estava ganha.

Momentos depois, os gringos de Bush e Blair entraram-lhe pela porta adentro.
(o resto da história é memória de quem acompanhou, em directo, a caça que os aliados fizeram a Saddam Hussein)

(imagem de autoria desconhecida)
LNT
[0.257/2013]

Salta-pocinhas

BoteroEsta mania de haver, em democracia, um momento em que são os eleitores que mandam, vai ter de acabar.

Assim decreta que faz decretos, seja no legislativo, seja no executivo.

Agora, depois das explicações que os legisladores têm dado para justificar que os autarcas salta-pocinhas possam continuar a saltar de poça em poça, uma vez que (dizem eles – e façam o favor de ler o Pedro Correia para saberem a opinião de um dos legisladores que ele transcreve) o que se pretende não é impedir a profissionalização do cargo de autarca mas sim limitar os mandatos na mesma autarquia, aproxima-se a altura da parte chata da democracia em que os eleitores dirão aquilo que eles próprios entendem sobre o assunto.

Isso será ainda mais claro no caso das candidaturas salta-pocinhas que se arrastam pelos doutos tribunais e que conseguirão vingar nos boletins de voto.

Veremos como os eleitores farão saber aos nossos legisladores aquilo que pensam sobre a dita profissionalização.

Pela parte que me toca espero que a resposta em Lisboa (que é a que mais me diz respeito) seja de tal forma clara que o salta-pocinhas de Sintra entenda que nem na vereação da CML deveria ficar. (embora se preveja que o lugar de vereador que lhe está destinado seja só um entretanto até ao salto para a poça europeia)
LNT
[0.256/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXIV ]

Cidadela
Cidadela - Cascais - Portugal
LNT
[0.255/2013]

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Farrobodó

Palácio das LaranjeirasConsta que a expressão farrobodó vem das pantominices e farras que o Conde de Farrobo fazia no teatro que mandou construir no átrio do seu palácio nas Laranjeiras, em Lisboa.

Local muito apropriado para quem é perito em pantominices e gosta do estilo palaciano, Paulo Portas não se acanhou e marchou de malas e bagagens (e possivelmente com um camião de fotocópias) para as instalações recuperadas no tempo de Guterres quando criou o Ministério da Reforma do Estado.

Agora que o teatro renasceu das cinzas e com o camarim do maior artista português instalado no salão nobre do palácio, só falta reactivar a aldeia dos macacos no jardim zoológico para que tudo fique conforme.

Se bem me lembro os espectáculos dos papagaios e araras fazem-se mesmo ali ao lado.

Tudo normal, portanto. Oxalá nenhuma víbora fuja do reptilário para o palácio pois correrá o irrevogável perigo de morrer envenenada.
LNT
[0.254/2013]

Rosalino se tu fores à praia

No espetoÉ mais ou menos assim o início de uma canção, julgo que do Fausto, que o aconselha a ter cuidado, não lhe descaia o pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.

Mas Rosalino tem o pé de catraia sempre sujo de óleo e tem pressa, não vá o diabo tecê-las e os seus planos serem de novo suspensos, como já lhe aconteceu no tempo das decisões irrevogáveis de Portas, e o pezinho não lhe pára de saltar para a asneira.

Foi por isso que transformou a iniciativa dos trabalhadores da administração pública de se amigarem para rescindir, num convite irrecusável à moda dos padrinhos da mafia.

Cuidado, Rosalino, não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.
LNT
[0.253/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXIII ]

Star Wars
Star Wars - USA
LNT
[0.252/2013]

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Silly season

Mira técnicaPara quem esteve três semanas sem quase ver noticiários o regresso às notícias faz lembrar aquelas novelas que ocupam metade do tempo a passar as cenas dos últimos capítulos e a outra metade a anunciar as cenas dos capítulos seguintes.

A coisa agrava-se com a única notícia relevante que dá informação de estar interdita a apanha de bivalves contaminados com uma bactéria parasita, facto recorrente sempre que os nossos governantes se deslocam para as zonas de mar.
LNT
[0.251/2013]

E de repente

LisboaE de repente regresso ao bulício da capital cheia de mortos-vivos e de restos de gente que nos diz governar. É como se nunca daqui tivesse saído, não fosse a cor que o Sol deixou na pele preste a desbotar.

A baixa está um inferno de calor e faz lembrar a Palestina onde nem falta a vergonha de um muro que impede quem venha do Chiado de atravessar a Rua Aurea.

Mau, muito mau, embora as notícias (do tempo em que elas faltam) dissessem que o arco do triunfo lisboeta passou a miradouro de dois euros e meio com vista garantida para a rua fronteira esventrada e para o cavalo do Dom José a marchar sobre as serpentes desbotadas.

Se querem sombra vão ter de a pagar neste imenso caldeirão incandescente a que chamam terreiro do paço. Se querem sossego vão ter voltar aos areais algarvios cheios de alfacinhas e de fedelhos aos berros.

E assim, de repente, aqui estou de novo estafado e poluído como se daqui nunca tivesse saído.
LNT
[0.250/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXII ]

Praia do Cabeço
Praia do Cabeço - Algarve - Portugal
LNT
[0.249/2013]

terça-feira, 30 de julho de 2013

União Nacional

União Nacional
A unidade nacional não lhes basta.
Querem de novo a União Nacional.
A seguir dirão que é tudo a bem da Nação.
LNT
[0.246/2013]

terça-feira, 23 de julho de 2013

Portugal refundido

Paulo Portas

Agora que está confirmado que aconteceu aquilo que sempre disse que ia acontecer, isto é, que o Presidente da República iria fazer um número para fingir que era uma entidade viva e que depois de assim ter aparecido voltava ao seu estado vegetal para satisfazer os desejos e ambições do seu Governo, fica a questão mais importante de todas.

Será que Paulo Portas, o putativo novo Primeiro-ministro em efectividade, conseguirá encontrar um palácio, palacete, forte, ou qualquer outro imóvel onde aloje, com a dignidade que lhe é devida, toda a sua irrevogável prosápia?

Deus queira que sim, senão acabará a dividir os cómodos de Belém com o seu tutelar e mumificado chefe o que não será bom nem para ele, nem para a Nação que ambiciona vê-lo bem mais alto do que os maduros do Coelho.

Não é todos os dias que o dono de um Partido tão minorca chega a tão importante cargo. A minoria agradece, a Nação aguenta, aguenta…
LNT
[0.245/2013]

domingo, 21 de julho de 2013

Nunca tenho dúvidas e raramente me engano

Cavaco Silva

Nada voltará a ser como dantes.

O Presidente da República olhou para o espelho enquanto escrevia o discurso e acrescentou:
Existe em Portugal um ciclo vicioso.

O resto da alocução, sem novidade, já conhecem. Um desperdício de tempo caríssimo.
LNT
[0.244/2013]

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Parece um festim de gatos-pingados

PrimatasO País enlouqueceu (leia-se: os políticos em funções no País, enlouqueceram) e nós andamos para aqui a ver se a porta do Júlio de Matos se fecha sem que eles entrem lá para dentro.

O arrastar dos punhos de renda (que fazem adiar congressos de uns e comissões políticas, nacionais, ou lá o que é, de outros) já mete nojo, como diria há uns tempos o homem do Gil Vicente.

O pivete a fénico é nauseabundo. Nem enterram o cadáver, nem o embalsamam.
LNT
[0.243/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXI ]

Carapaus secar
Seca de Carapaus - Praia de Vieira - Monte Real - Portugal
LNT
[0.242/2013]

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A Nação não carece de salvação

Bandeira NacionalA ver se nos entendemos.

A Nação está bem e recomenda-se e, como tal, não carece de salvação. Quem quer ser salvo e carece de salvamento é quem tem sido incapaz de cumprir as suas promessas perante a Nação e só está preocupado com o disfarce do seu insucesso para se conseguir manter à tona da água.

Entendo que a Nação precisa de consenso nacional (e não de salvação) em relação a determinadas matérias e entendo que esse consenso só se poderá conseguir após os cidadãos, que são a razão de ser da Nação, se pronunciarem sobre as matérias e as formas de se obterem esses consensos.
LNT
[0.241/2013]