terça-feira, 4 de março de 2014

Esta Europa de merda

Caneca EuropaO que esperar de um espaço “comandado” (estou a rir) por um tipo que fugiu, no meio do desempenho do mandato que o povo do seu País lhe atribuiu, para se empoleirar e engordar, como pau-mandado, no topo da hierarquia burocrata de Bruxelas?

Diria que nada, mas se o dissesse faria o jogo que os cérebros da coisa gostariam que eu fizesse.

O que se espera, e pelos vistos se aceita com um sorriso de bom aluno idiota, é que esse espaço, designado por União Europeia, seja uma mercado de gado onde o Norte pastoreia e o Sul pasta para ganhar corpo e alimentar o pastor.

Os conceitos iniciais não eram estes porque na sua génese:
Bom Aluno–era característica de quem estudava, cumpria os objectivos e atingia exemplarmente as metas (e não o aluno medíocre que se limita a obedecer e a bajular os mestres); e
União Europeia–era significado de desenvolvimento solidário e coeso dos povos desse espaço (e não um mercado comum onde os mais ricos ordenam numa bolsa de mão-de-obra barata formada na periferia e mantida na miséria, disponível para o que der e vier).

Ao sul mediterrâneo em que só por desleixo Portugal, sendo uma Nação atlântica, se inclui, exigiu-se a estagnação produtiva e o correspondente desemprego para garantir reserva territorial de lazer e o fornecimento de “brancos preparados” para suprir as necessidades demográficas do norte luterano assustado com as invasões que as ex-colónias europeias produziram neste inicio de século (e já no final do século passado).

A Europa de hoje transformou-se num continente de merda onde os recrutadores garantem que a sua prosperidade reside na colocação de esbirros obedientes e comportados que lhes assegurem contingentes de carne-para-canhão.
LNT
[0.084/2014]

União de Tomar–100 Anos de História

União de Tomar - Leonel VicenteNestes tempos de crise é habitual a tese do “Nós e do Eles”. O “Nós” somos os de cá, os que entendemos que pouco ou nada podemos fazer e o “Eles” são os que estão para lá do “Nós”, os que têm obrigação e à-vontade para tudo fazer, fazendo só o que entendem, porque o “Nós” assim os deixa fazer.

O Leonel Vicente, conhecido de quem navega nas vagas da Net pela atenção com que sistematiza os mais diversos assuntos, atirou-se de alma e coração ao levantamento de História do União de Tomar, aproveitando o centenário que se comemora este ano.

Ainda não li o que compilou, porque isso está feito num calhamaço que precisa de apoio para entrar na tipografia, mas conhecendo o trabalho do Leonel posso assegurar que se trata de qualidade. Essa qualidade é já reconhecida no prefácio da autoria de Vítor Serpa (director de “a Bola”), do qual deixo um curto extracto:
"Foi por estes anos, aliás, que o União de Tomar voltou a surpreender o país e todos os seus adeptos de futebol, com a contratação de Eusébio – a maior glória do futebol português, bandeira, então, mal resguardada do Benfica – e de Simões, outra figura enorme da história do futebol nacional.

Leonel Vicente não descreve estes tempos de natural euforia, e que se saldou por um aumento significativo de associados e de assistências aos jogos do União, com qualquer espécie de empolgamento ficcionista. Mantém o rigor histórico e a verdade factual.

Conta-nos como Eusébio tinha assinado um contrato muito peculiar que apenas o vincularia ao clube entre os meses de novembro e abril, para depois poder partir para os Estados Unidos, onde teria contratos imperdíveis. Por isso o “rei”, então com 35 anos de idade e a jogar quase sempre a meio campo, longe das balizas que tanto o seduziram e lhe deram fama mundial, passava apenas uns dias (de quinta feira a domingo) na cidade. Tal como António Simões, que chegou a não jogar um desafio oficial por ter tido trabalhos até de madrugada na Assembleia da República. É evidente que, em tais condições, difícil seria esperar grande resultado desportivo e assinaláveis exibições dos dois «velhos» ídolos."
Prefácio de Vítor Serpa
no livro do Centenário do União de Tomar
da autoria de Leonel Vicente
O que é que o “Nós” pode fazer nestes tempos de crise em que o “Eles” entende que tudo o que é cultura e História é supérfluo?

Podemos apoiar a publicação de um trabalho exaustivo que relata a vida de uma associação centenária e deixa um registo importante do interior desta Nação a caminho da periferia desvalorizada da Nação Europeia.

Os contactos do Leonel Vicente são conhecidos, tanto no Blog Memória Virtual, como no Blog do União de Tomar, como no Facebook e no Twitter.

Ajudar a fazer com que esta obra veja a luz do dia é parte do muito que compete ao “Nós”. Os nossos filhos e netos hão-de agradecer. O União de Tomar e o Leonel Vicente, também.
LNT
[0.083/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXIV ]

Tomar
Ponte Velha - Tomar - Portugal
LNT
[0.082/2014]

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os colchões em que nos fazem deitar

Ponte para o nadaAndava às voltas para tentar explicar a porcaria que por aí se vai fazendo em termos de empurrões de lixo para o fazer reciclar pelas “gerações futuras” (expressão de voga, enfim...) quando dei de frente com esta coisa escrita por Soromenho Marques:
"Como é que designaríamos o comportamento de um cidadão que, incapaz de honrar um crédito pessoal a uma taxa de 3,35%, prestes a atingir a maturidade, contraísse um novo empréstimo a uma taxa de 5,11% para pagar o primeiro ("troca de dívida")? Sem dúvida, tratar-se-ia de um comportamento pouco recomendável. E como seria classificado esse comportamento se o cidadão em causa utilizasse parte do novo empréstimo (de 11-02-2014) para antecipar, parcialmente, o pagamento em 19,5 meses do primeiro empréstimo, pagando 102,89 euros por cada 100 euros de dívida ("recompra")? Seria, certamente, uma atitude temerária, pois aumenta a despesa com juros para apenas empurrar a dívida para o futuro."
Poderia ficar por aqui encerrando com um “nada mais há a dizer”. Mas há.

Ora leiam o resto desta Almofoda de Pedra.
LNT
[0.081/2014]

5 - Blogoditos - 5 [ XIII ]

Blogs
se eu já mergulhei ali num tempo em que os esgotos eram despejados no rio e haviam mais cagalhões do que mujos, e se fui capaz de mergulhar no meio deles para tentar ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, então sou capaz de me atirar de cabeça para qualquer merda só para chegar a Presidente da República.
o Jumento

Mãe no mimo "ó Rodrigo, tu és tão giro. Quem me dera ser uma miúda de 2003. Olha que não me escapavas". E ele todo derretido "ó mãe eu é que gostava de ser, eu é que gostava de ser de...de...mil novecentos e tal".
E é assim que uma pessoa se fica a sentir do século passado.
Francisca Prieto

Que Estaline tenha, numa só noite [!], deportado para a Ásia Central toda a população tártara da Ucrânia acusada de colaboracionismo com os alemães, não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que a Crimeia, uma república autónoma, tenha sido transformada por Estaline numa simples região e, posteriormente, integrada na Ucrânia durante o reinado de Khrushchov não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que o PCP, com mais ou menos descaramento e falta de pudor, tenha ido desenterrar Estaline de dentro do buraco para onde Álvaro Cunhal o tinha banido, cada qual que tire as suas conclusões.
A mim preocupa-me mais, muito mais, aquilo que o PCP não condena.
José Simões

Bom, acho que já me fiz entender. Agora, como as negativas não podem por definição ser provadas, não podemos afirmar que com um governo "de esquerda" que nos governasse "desde sempre", e fora do tal Bloco central, estes indicadores não estariam todos muito melhores. Mas como membro de um dos partidos que nos governa desde 1974 posso dizer: estes são os nossos resultados. Tens para a troca?
Vega9000

Estamos muito muito muito, mas muito muito muito melhor.
Estamos todos muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Estamos mesmo tão tão tão melhor, que nem percebemos quão tanto tanto tanto melhor estamos.
Muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Sofia Loureiro das Santos
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.080/2014]

Bom dia

CoelhoE, passada uma semana, digam lá:

Está melhor, ou está pior?
LNT
[0.079/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXIII ]

Praia Marinha
Praia da Marinha - Algarve - Portugal
LNT
[0.078/2014]

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Gregos e portugueses

Águia

Seremos melhores. Vamos a isto!
LNT
[0.077/2014]

O Poder látex

PerservativosVolto ao tema que considero um dos mais graves atentados à continuação de Portugal. O decréscimo da natalidade.

Quando Passos Coelho anunciou, como bandeira, que iria constituir um grupo de estudo para estudar o estudo que um grupo de estudo já tinha feito sobre "n" estudos anteriores, veio ensaiar mais uma das suas habituais rábulas.

Ele sabe que o seu governo látex funciona como a camisinha que evita os meninos porque, para que eles sejam concebidos, têm de ter condições de viabilidade asseguradas.

Dantes, "no tempo da outra senhora", era mais fácil.

Fazer crianças nessa altura, era encarado como a construção de uma bolsa de mão-de-obra desqualificada barata e para se conseguir atingir o objectivo bastava uma côdea de pão barrada com muito analfabetismo e ignorância.

Isto de ter uma percentagem elevada de população instruída é uma grande chatice, principalmente se essa população ganha a consciência de que fazer crianças implica ter de lhes dar de comer e de vestir e garantir estudos e cuidados de saúde. Implica esperança no País, no trabalho e na qualidade de vida futura.

Ao anular todas estas condições, o governo látex funciona justamente como funcionam os preservativos, distinguindo-se deles por não ter associada a função de inibidor de doenças sexualmente transmissíveis e dificultar o prazer por falta de lubrificação.
LNT
[0.076/2014]

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Será um inconseguimento

Cão CoelhoAo contrário de quase todos, nada tenho contra Relvas.

Tanto me faz que ele tenha um curso superior, como não. Tanto me faz que tenha obtido essa habilitação através de facilidades ou através dos métodos vulgares. Desde que a obtenção do canudo não tenha sido criminosa (porque obtida por expedientes que a Lei permite) não aquece nem arrefece. É só mais um nessas condições.

No entanto, a imposição que Passos Coelho fez quando o indicou para encabeçar a lista é demonstradora daquilo que é o seu conceito do exercício do poder.

O que resultou da sua pesporrência (uma penalização colossal consubstanciada por uma derrota irrevogável), neste caso dentro da agremiação que dirige com maioria norte-coreana, é o sinal do que no "nacional" lhe está destinado.

Há quem só aprenda que as paredes são rijas batendo com a cabeça até os miolos ficarem à vista.
LNT
[0.074/2014]

Quotidiano [ IV ]

Afia a navalha

O látex que os separa do mar


Dois jovens ligados a uma qualquer coisa que lhes deita energia nos ouvidos e aparentemente os faz estar em movimento, ela matulona com corpanzil e idade para parir e ele com caparro para o semeio, perdem-se em carícias e olhares denunciadores de uma noite bem passada.

Nota-se a sua despreocupação com o que os rodeia, com o chiar miado do Metro de Lisboa, com o ritmo compassado do “Latinhas” que implora uma moeda, com a igual indiferença de todos os outros que se acotovelam para conseguir um encosto na porta contrária e com aqueles que para eles olham disfarçadamente com acenos de reprovação ou ligeiros sorrisos de inveja.

O ar dos jovens despreocupados, porque focados em si, envolvidos por aquela energia que lhes entra pelos ouvidos vinda sabe-se lá de onde e de que ritmos ou “cenas”, deixa antever que não se dirigem para o trabalho que não têm, nem para a escola que já acabou. Como a linha onde navegam não é a do aeroporto, também não irão para a gare de partida da zona de conforto.

Os olhares que trocam anunciam que ainda acreditam que a fome se pode matar com beijos. Não se prevê uma ida ao Centro de (des)Emprego em busca de um estágio miserável.

Quando abandonei a carruagem para subir os degraus até à cancela que me atirou para a superfície, dei por mim a pensar que já tinha descendentes naquela idade e que, se agora os filhos rareiam, não será certamente por falta de matéria-prima, mas porque quem decide as condições que proporcionem vida anda a criar entraves (e comissões de estudo) semelhantes às camisinhas que condicionam a fusão para nascer.
LNT
[0.073/2014]

A Visita



Espera para depois...
LNT
[0.072/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXI ]

Praia Carvalho
Praia do Carvalho - Algarve - Portugal
LNT
[0.071/2014]