Colaborador da Semana [ XCIX ]

Nomeação especial

Joselita Mourisca é a colaboradora number one desta loja de massagens, toucados e topetes.

Clientela que se preze nunca deixa de lhe passar pela mão e nunca sai desiludida com os tratos massajares em que ela é mestra. Ganhou agora uma nova valência ao conseguir, seguidinhos, cinco avios secos, o que deixou em brasa uns milhões de voyeurs.

Uma boa razão para que esta semana se abra a excepção de a termos, ex aequo at bono com Petroska Coelhona, no quadro de honra.
LNT
[0.440/2010]

Tretas

Hoje não há notícias. Foram-se todas com o frio, a neve e o arrefecimento global, uma vez que é quase Inverno.

Das não-notícias destacam-se duas:

A primeira é a de que, apesar de o PSD ter aprovado o OE, coisa que a não ter feito faria com que os juros dos mercados continuassem a subir, os juros continuam a subir;

A segunda prende-se com a primeira. Cavaco Silva afirma que Portugal precisa, na Presidência da República, de um forte conhecedor da política e da situação económica portuguesa para saír da crise, esquecendo-se de que, possivelmente, o facto de ele ser Presidente da República há cinco anos contribuiu para que a crise esteja aí à espera de que o FMI venha fazê-la ainda mais crise.

Não é grande coisa, mas é o que se arranja para vos fazer prova de que este Blog ainda está vivo embora seja, cada vez mais, um registo Facebookiano.

Nunca mais é Janeiro para que a entrada em vigor do OE nos dê verdadeiro sinal da crise. Estou farto dos engarrafamentos de trânsito.
LNT
[0.439/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCCXXX ]

Restaurante Tavares - Lisboa - Portugal
LNT
[0.438/2010]

Danados para a brincadeira

Parece que há por aí um site que resolveu publicar aquilo que toda a gente diz à boca-pequena mas que não fica bem ler-se preto no branco.

Hoje, num posto radiofónico novo em folha (sucedâneo do RCP), até diziam que a coisa era um novo 11 de Setembro, como se a publicação deste lixo tivesse a quantidade de combustível aeronáutico suficiente para levar ao suicídio, por desespero, um monte de inocentes.

Acontece que anda por aí uma malta danada para a brincadeira que redescobriu a solução do Botas e quejandos para manter a juventude fora das estatísticas do desemprego e ao mesmo tempo lhe resolver as saídas profissionais com formação em vez de educação.

Essa gente anda mortinha para sanear a economia, doidinha para resolver parte do problema da longevidade, desesperada para melhorar os índices de emprego e ansiosa por relançar o nicho de mercado mais rentável do Mundo que nas últimas décadas tem andado pelas ruas da amargura.

Como essa cáfila sabe hoje que o todo político assenta na personalização, explora os egos dos donos do mundo atirando-lhes à cara o que os egos contrários pensam deles para ver se explode a raiva e se reabrem as fábricas que resolverão os excessos populacionais, a longevidade, o desemprego e a ocupação das juventudes.

Até parece coisa portuguesa. A intriga está feita, só lhe falta a inveja (que neste caso é substituída pelo negócio).
LNT
[0.437/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCCXXIX ]

Banco Alimentar - Portugal
LNT
[0.436/2010]

Colaborador da Semana [ XCVIII ]

Revigoradas pela greve geral, as nossas colaboradoras voltam a espevitar-se para o quadro de honra.

Nesta semana e pela enésima vez, Petroska Coelhona, um russa pela parte materna e italiana do lado paterno, ocupa o lugar de destaque pelos serviços de qualidade dispensados à nossa clientela assídua.

Petroska esparja-se, e nós com ela, cada vez que enfia na cabeça o barrete laranja que a faz sentir-se adolescente amada, predestinada às brincadeiras da dominação, arte em que consegue dar a volta por cima embora continue a ser endrominada por baixo.

Estas práticas conhecidas nos meios pedicuros como entreténs, afagam-lhe a alma e a vaidade e ela, espasmando-se, angaria mais e mais clientela que transforma esta barbearia em prosperidade do patrão.

Por isso é a escolhida para colaboradora da semana.
LNT
[0.435/2010]

Com um escafandro

O que mais gostei na entrevista que o Paulo Portas fez ontem à Judite de Sousa foi aquela coisa da soberania nacional passar pela nossa capacidade submarina.

Penso que já todos sabíamos que o patriotismo de Portas residia no periscópio mas, agora que ele o disse, ficamos mais sossegados.
LNT
[0.434/2010]

Os mercados

Pelo que se vê no Bulhão e na Ribeira os mercados de hoje já não são o que eram.

Dantes compravam-se couves, batatas e peixe da nossa terra. Agora é tudo importado a juros altíssimos. Dizem os que mandam não produzir o leite, as couves e os cereais, que não se podem enfrentar os mercados, que há que calar (e não comer) porque os mercados de quem somos clientes têm razão e, se não queremos que eles nos vendam ao preço que querem, temos de nos abster de recorrer aos seus serviços. Ao mesmo tempo defendem que não se produzam alfaces e nabos em solo português porque os mercados pagam essa não-produção para nos venderem, ao juro que quiserem, aquilo que nos pagaram para não produzir.

Parece confuso? Não, é só a economia, estúpidos! A economia dos (destes) economistas, está bem de se ver.

Com tudo isto deixou de haver a relação personalizada que os clientes estabeleciam com as peixeiras. Dantes discutia-se o preço e a qualidade. Agora, em tempo de selvajaria, é o que se vê e, se em tempos recuados o cliente tinha sempre razão (o que não era verdade), no presente momento nem sequer deve apresentar reclamação, até porque o chamado mercado livre é mesmo um mercado de oligopólio.
LNT
[0.433/2010]

A vida tem destas coisas

Hoje está um frio de rachar e há pouco tempo fazia um calor de ananases.

Sócrates aumenta hoje brutalmente a carga fiscal e há pouco tempo jurava não ir haver aumentos de impostos. Passos Coelho engole hoje um sapo com leitinho achocolatado e há pouco tempo esmagou Ferreira Leite por ela proteger esses e outros sapos. Paulo Portas defende hoje a redução dos salários dos gestores públicos e há pouco tempo nomeava-os e defendia que os gestores públicos deviam ser bem remunerados. Cavaco Silva defende hoje a solução marítima e há pouco tempo desmantelou a indústria naval e as frotas mercantes e de pesca.

Hoje é aprovado um Orçamento de Estado considerado péssimo mas que amanhã, quando acontecer aquilo que todos sabemos que vai acontecer mas que fingimos acreditar que não vai acontecer, vamos achar que era um orçamento razoável.

Hoje estamos tramados, amanhã também.
LNT
[0.432/2010]