sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O olho do furacão

CicloneSabemos, penso que toda a gente sabe, que Manuel Alegre é escritor.
Sabemos, penso que toda a gente sabe, que os escritores, escrevem.
Sabemos, penso que toda a gente sabe, que os escritos dos escritores podem render-lhes dinheiro, principalmente se forem escritores mundialmente conhecidos, como é o caso de Manuel Alegre.

As livrarias estão cheias de livros, também penso que todos saibam, e os livros são escritos por escritores (alguns não) e vendem-se.

Os escritores escrevem muitas coisas. Todos sabem.

Manuel Alegre foi contratado para, na sua qualidade de escritor, escrever. É normal.
Manuel Alegre foi pago pelo seu trabalho de escritor. É normal.
Manuel Alegre quando soube que o que tinha escrito era para ser usado em publicidade, coisa vedada aos deputados, mandou que essa publicidade fosse retirada. Fez bem, agiu na normalidade.
Manuel Alegre diz que estava convencido que, para além de ter mandado retirar o seu texto literário do circuito publicitário, tinha devolvido o dinheiro que lhe pagaram. Não tinha de o fazer. Ele foi pago para escrever e escreveu. O que tinha que fazer (mandar retirar um seu texto literário do circuito publicitário), fez. Se o dinheiro que devolveu foi levantado ou não, veremos, mas, seja como for, não tinha que o devolver porque foi pago por um serviço que prestou.

Comparar isto com outras coisas de que se tem falado nos últimos tempos, é tentar distrair as atenções de quem tem de nascer duas vezes.
E os desonestos são os outros...
(também publicado aqui)
LNT
[0.006/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXLIX ]

Água no Alentejo
Água no Alentejo - Vila Nova de São Bento - Portugal
LNT
[0.005/2011]

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Reincarnações

Ana FragaSoa-me estranho quando alguém em política chama desonesto, desonesto consciente, a outro alguém político que mais não fez do que, perante determinados factos comprovadamente verdadeiros, pedir explicações mais concretas.

Soa-me estranho que alguém que já teve todos os cargos que a política pode proporcionar, menos o de autarca, possa falar da "classe política" tentando alijar-se da sua própria condição de político. Soa-me estranho e desonesto, porque é enganador.

Soa-me estranho que um político com responsabilidades de topo goste de considerar "bons alunos" aqueles que dirige. Estranho e paternalista porque os cidadãos não se querem alunos bem comportados, mas cidadãos de pleno direito.

E se é preciso nascer duas vezes para que este estranho deixe de soar estranho, prefiro não reincarnar.
LNT
[0.004/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXLVIII ]

António Colaço
António Colaço - Lisboa - Portugal
LNT
[0.003/2011]

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Delitos

Delito de OpiniãoOs dois anos do Delito de Opinião são motivo suficiente para ler Pedro Correia e Sérgio de Almeida Correia.

Motivo suficiente mas desnecessário porque muitos blogs fazem mais de dois anos mas poucos fazem tanto e tão bem como os delituosos.

Ao Pedro Correia, em representação de todos os outros autores do DO, deixo felicitações.

Venham mais cinco.
LNT
[0.002/2011]

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contra os silêncios

Alegro PianissimoAcaba de ser disponibilizado o Blog Alegro Pianissimo onde um grupo de autores (entre os quais este vosso escriba) resolveu juntar-se contra o silêncio e para contrariar a ideia de que pode haver eleitos sem eleições.

A lista de autores, que ainda está em formação, dá a ideia clara de que o destino não está escrito nas estrelas, mas sim na ponta da caneta com que assinalaremos, no próximo dia 23, aquele que queremos para nosso Presidente.

Alegro Pianissimo está aí para o que der e vier. Se ele servir para ajudar a haver uma segunda volta nas próximas presidenciais, cumpre os seus objectivos.
LNT
[0.001/2011]

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Bom Ano de 2011

Happy New Year 2011

LNT
[0.497/2010]

Alegre 2011

Sexy YearMotivos vários, uns dias de descanso, digestões de Natal e outras, aniversários caseiros, fizeram que a escrita dos votos de Feliz Natal nada tivesse no entretanto até aos de Ano Novo.

Para o ano, que se quer alegre, vai haver mais.

Fica um grande abraço a todos, que são muitos e bons, os que aqui vêm.

Que 2011 consiga exceder aquilo que dele esperamos. No mínimo que esse excesso se traduza em muita saúde e boa disposição.

Sejam felizes e até para o ano.
LNT
[0.496/2010]

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

oh! oh! oh!

Bola de Natal
Vem esta casa de letras e navalhas desejar a toda a sua ilustre clientela que possa gozar, na companhia dos seus e em alegria, amor e paz um Natal pleno de satisfação e, se possível, santo.


Aproveita-se para informar que, entre o caldo verde de 24 e os cabritos de 25, os serviços serão reduzidos devido às festas das colaboradoras.

LNT
[0.495/2010]

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Respeitinho

CartolaCavaco respondeu à jornalista da TVI sobre a questão BPN, após o debate de ontem, o que já tinha declarado em 23 de Novembro de 2008.

A jornalista ficou-se. Foi incapaz de reformular a questão em moldes correctos.
Foi incapaz de, p.e., mudar BPN por acções da SLN e insistir.

Sobre a transparência estamos conversados.

Sobre o respeitinho também. Confirma-se ainda ser o que era.
LNT
[0.494/2010]

Imaginem

CoelhoEm resposta à frase de Passos Coelho, que as televisões e as rádios passam à exaustão desde a jantarada de ontem:
"Imaginem o que seria um Governo com um projecto de mudança profunda na sociedade portuguesa e volte a pôr o país a crescer… Imaginem o que seria ter Manuel Alegre Presidente da República?"
só pode ser atirada uma outra:
Imaginem o que seria um Governo com Passos Coelho à redea solta… Imaginem o que seria ter Cavaco Silva Presidente da República?
LNT
[0.493/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCCXLVII ]

Bilhete de avião
Lisboa / Genève
LNT
[0.492/2010]

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

E no entanto o mundo move-se

ConquilhasComo não sabemos se hoje há conquilhas, inventa-se um prato de conchas vazias. O Tomás não participa no processo eleitoral, logo, diz que a campanha eleitoral está sem mobilizar ninguém e eu concordo com a sua dupla negação.

Esta campanha não mobiliza ninguém porque mobiliza alguém e não é por Vasques estar ausente que o alguém passou a ser o ninguém.

Por cada sala cheia há-de aparecer sempre quem a filme antes de encher. Dói-lhes, há dores inultrapassáveis e, no entanto, apesar da falta do calor que faz abrir a casca à conquilha, o mundo move-se.
LNT
Nota: É este espírito de cabala que diferencia os romancistas dos ficcionistas.
[0.491/2010]

Espectros - direito de resposta

Peter BalikóFazem bem epíteto, os Honrados que fazem uso, Publicando, o que lhe é dito entre Amigos, em privado...
Os Valores Morais e Éticos que persigo, na qual fui educado, sempre praticando o Bem, com empenho e dedicação, pondo os interesses colectivos antes dos interesses individuais ou de corporações, numa luta de mercado de sobrevivência privada, contrariando e opondo-me a todas as tentações da natureza humana. Mais vale viver no sonho, assente em passado, rico em aprendizagem, do que viver no presente resignado. Não considero que o óptimo seja inimigo do bom. Acção local de bem, com humildade, sem busca de protagonismo, partilhando o sucesso têm sido a minha cruzada, não necessito de protagonismos, razão pela qual, cada vez gosto mais do meu caminho, do qual muito me orgulho. Quero deixar duas considerações finais: trabalho no sector privado e tenho família numerosa. O quadro que está no spot é da minha autoria e ofereci-o a si em nome da grande amizade que considerava que existia entre nós.
Espero que este meu comentário tenha direito a igual destaque! Como diz o meu filho de 7 anos “Não tens sentido de Amor”

Peter

Nota de LNT:
Sem querer entrar noutras considerações particulares porque, a fazê-lo, será de viva voz, importa esclarecer que o texto que publiquei abaixo só existe porque a tal mensagem que me serviu de inspiração para o escrever, e que não publiquei, deixava na sua última frase aquilo que refiro no segundo parágrafo do texto.
A ameaça velada de que a mensagem não era escrita publicamente “devido à amizade... etc.” deu-me liberdade suficiente para poder redigir aquilo que eu queria dizer, da forma como o fiz. Não mencionei nomes, foi uma espécie de “blague privée”.
Isto nada tem a ver (julgava eu, mas pelo visto julgava mal) com relações pessoais. Tem tudo a ver com o tal “sentido de amor” de que fala o teu filho de 7 anos.

LNT
[0.490/2010]