sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sombras

MagritteFico na dúvida se a austeridade se destina a melhorar ou a manter os negócios resistentes a todos os impactos.

Tenho por teoria que, ao contrário do que se ouve vulgarmente nos autocarros, a culpa de tudo isto não é dos Partidos políticos mas sim de um grupo de interesses que gravita por aí e a quem é indiferente os detentores do poder político.

Esse grupo instalado desde sempre consegue que os seus testa-de-ferro flutuem em qualquer mar e, mesmo quando simulam o seu afundamento, é para manobrar mais submersamente os cordelinhos que movimentam. As reformas não passam de uma peça da engrenagem inteligentemente manipulada para eliminar todos os grãos de areia que a fazem patinar.

O que tem mudado nos últimos tempos são as fontes de receita. As sombras sabem o que os políticos não sabem e sabem sobreviver ao trânsito dos políticos.

Pouco lhes interessa a fonte de receita. Tanto lhes faz que jorre pelo aumento de receita ou pela diminuição de despesa. A máquina não é pública nem privada, nem de direita nem de esquerda, nem laranja, rosa, azul ou vermelha. É-lhe indiferente a vida e a morte. Não se importa de pagar desde que possa continuar em movimento.

O resto é espuma que as sombras borbulham para camuflar a sua existência.
LNT
[0.206/2012]

Já fui feliz aqui [ MCII ]

Quinta dos Pipos

Quinta dos Pipos - Ericeira - Portugal
LNT
[0.205/2012]

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Um raio que os parta

NuvemO coisa que mais me põe "puto da vida" é quando uma gentalha que nunca conseguiu, sequer, educar o cão para que não faça xixi na alcatifa, consegue convencer um povo a dar-lhes poder para que o possa capar.

Fazer uma lei para proibir que alguém possa fumar no seu próprio carro é um acto próprio de gente incapaz de compreender a liberdade dos outros. E isto anda tudo ligado, como dizem por aí. É esta mesma gentalha que decreta também para que as escolas deixem de ministrar a disciplina do civismo.

Não é uma questão de estilo, mas uma cultura de autoritarismo, de despotismo, de interferência e de imposição. Houvesse alguém, daqueles que sempre cuspiram para o chão e a quem nunca alguém chateou, que lhes escarrasse num olho.

Censores, beatos, prepotentes, impotentes ou o raio-que-os-parta.
LNT
[0.204/2012]

Já fui feliz aqui [ MCI ]

Balugães

Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.203/2012]

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Entre as Brumas

Entre as Brumas da MemóriaA memória já não é o que era. Por vezes tolda-se e não fosse o espírito sebastiânico da coisa que a envolve, varria-se a aprendizagem nestes tempos de fuga e de esquecimento.

A Joana funciona na actualidade e usa intensivamente a experiência do passado para previsão do além. Faz isso quase todos os dias em vários espaços e, há cinco anos, faz isso no Melhor Blog Individual de 2011.

Fá-lo tão bem que até parece que estas coisas se conseguem sem esforço.

O Brumas é um agregador de referências, um NAS, um servidor de arquivo da escola da Big Blue.

Para a Joana Lopes fica o agradecimento por nos dar continuidade na Network e o pedido para que não deixe de o fazer.
LNT
[0.202/2012]

Pascoalidades

Amêndoas laranjaO vilão Marcelo sacou de toda a sua ciência de direito na missa do passado dia de Aleluia e desancou o futuro Primeiro-Ministro, tendo ainda aproveitado para lhe mandar uns recados sobre com quem ele deve, ou não, dialogar (fundamentou com a sua própria experiência).

Afinal, pensa o vilão, não ter sido vil, só que tornou a sê-lo por não ter pedido desculpa pelo termo "golpaça" que foge dos canhenhos do direito e revela o processo de intenções em que Rebelo de Sousa é useiro e vezeiro. Mas Marcelo é assim mesmo e nunca é capaz de um pedido de desculpas. Mais uma Vichyssoise.

Não no Domingo, mas já em pleno festejo de ressurreição, Jesus foi a Alvalade sabendo de antemão que o período não lhe era favorável e veio de lá açoitado.

Quanto ao Coelho levou a conversa caseira para lá do Cabo das Tormentas. Nunca perde uma oportunidade, nem quando anda por fora, para nos azucrinar a paciência.

A Páscoa é assim mesmo. Os reinícios seguem dentro de momentos.
LNT
[0.201/2012]

Já fui feliz aqui [ MC ]

Casa de Paus

Paus - Alquerubim - Portugal
LNT
[0.199/2012]

terça-feira, 10 de abril de 2012

Miserere nobis

candeeiroO Ministro das Finanças, como aqui foi dito na altura, deixou bem claro que cortar os 13º e 14º mês não era a medida estrutural. Na altura, o aperto do jornalista levou-o a quantificar a medida e essa significava 100.000 trabalhadores.
A justificação também foi dada: - A falta de dinheiro para indemnizações fazia com que se adiasse aquilo que se pretende inevitável.
O plano estava traçado, faltando só arrumar o ponto que ficava em suspenso. As indemnizações não se poderiam misturar com as aposentações.
É disso que se está agora a tratar.

Para despachar 100.000 trabalhadores é necessário cortar-lhes, durante dois anos (agora três ou mais), 2/14 dos vencimentos anuais. Com esse dinheiro indemnizam-se os despedimentos.

Fazendo as contas de forma simpática e dando vantagem às rescisões voluntárias, para melhor exemplificar, basta supor que falamos de um mês de ordenado por cada ano de trabalho, 35 anos de contribuições e 60 anos de idade, logo, 35 meses de indemnização.

Havendo a possibilidade da aposentação antecipada, bastava gerir a indemnização com cuidado para que o valor recebido compensasse a penalização da aposentação. Agora, sem a possibilidade de se aposentar antecipadamente e faltando cinco anos para o fazer, sem perspectivas de trabalho (o trabalhador tem 60 anos) e sem subsídio de desemprego, ficam a sobrar dois anos de miséria (5 anos -35 meses) a que se seguirão muitos outros de aposentação penalizada.

Lá vamos, cantando e rindo, já não para o empobrecimento mas sim para a miséria. Tenham piedade de nós.
LNT
[0.198/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCIX ]

Cerveira

Vila Nova de Cerveira - Minho - Portugal
LNT
[0.197/2012]

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bom de bola

Águia


Neste meu último dia de férias pascais não apetece ainda falar de política.

Ali, na rua, passa a claque do Benfica a caminho de Alvalade. Gente que reclama para si o título e que se vai debater com quem reclama do 4º lugar.

Fica esta informação útil para quem quer ver a coisa na Net.

Sem qualquer responsabilidade, claro, e por vossa conta e risco.
Limito-me a informar de uma coisa que conheço.

Bom jogo. Viva o Benfas!
LNT
[0.196/2012]

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Esticar até quebrar

passos CoelhoNesta sexta-feira da paixão não deveria estar a publicar texto mas é impossível fingir que gosto da flagelação.

Um Governo que faz passar disfarçadamente mais uma medida de austeridade (mais um ano de corte de 2/14 do vencimento e a pista de que nos anos seguintes o corte se manterá através de fórmula “progressiva”) ao arrepio de tudo aquilo que havia anunciado oficialmente (lembram-se certamente que foi convocada uma conferência de imprensa para anunciar que iria haver um corte de 2/14 só por dois anos) está a chamar estúpidos a todos os seus governados, em risota trocista e cretina, quando diz que se tratou de um lapso.

É verdade que, para provocar aqueles a quem chama lentos, anunciou ir falar devagar para que eles entendessem o que lhes estava a chamar, é verdade que demonstrou, muito devagar, que estava a lidar um bando de carneiros incapazes de lhes fazer frente, é verdade que conta com a moleza de quem deveria ser enérgico na oposição e com a complacência de um Presidente da República totalmente alheado das provocações feitas ao povo governado, entre risos e gargalhadas na Assembleia da República, mas é redondamente falso tratar-se de um lapso.

Nesta sexta-feira da paixão fica a penitência dos penitentes. Sabemos que eles esperam que dêmos a outra face. Pode ser que se enganem.
LNT
[0.195/2012]

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Compulsivos

Governo


Aldrabões, mentirosos.

Uma vez mais: mentirosos, aldrabões, além da Troika, custe o que custar.

Subsídios de férias e de Natal só vão ser repostos a partir de 2015 e de forma gradual
LNT
[0.196/2012]

Em estágio

Águia

LNT
[0.195/2012]

Pontes tolerantes

Ponte
Mesmo sem tolerância de ponto estou de ponte. Pelo menos consegui dormir de manhã quando resolvi ouvir o Ministro Gaspar falar naquela língua-de-trapos que os economistas gostam de falar para fingir que estão a dizer coisas acertadas.

É verdade que deito fora dois dias de férias mas eles também não me iam fazer falta este ano e assim aproveito para mais uma desobediência civil.
Fica o serviço mínimo.

Viva o Benfica e os votos de boa Páscoa, caso não volte aqui antes das aleluias.
LNT
[0.194/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCVIII ]

Conceição

Conceição - Tavira - Portugal
LNT
[0.193/2012]