sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Fado malandro

GuitarraO problema maior desta gente é o de que tudo aquilo que sabe, aprendeu na escola. Ninguém lhes explicou que saber e sabedoria não são a mesma coisa e que, enquanto o saber é adquirido na escola, a sabedoria vai-se buscar ao ancestral.

Todas as sociedades antigas sabem isso, todas as famílias também, pelo menos as famílias onde os mais novos não são de geração espontânea.

As Nações, principalmente se forem Pátrias, são antros de sabedoria e quem não lhes conhece o saber nunca as conseguirá dirigir.

É por isso que eles estudam, estudam, estudam e alguns até ensinam e, quando vão ao terreno para fazer, não conseguem perceber as causas da diferença entre aquilo que planearam e o que efectivamente obtiveram.

Esquecem-se que as cartilhas dos países novos (p.e. a de Chicago) seguem modelos para serem aplicados a povos sabedores mas sem sabedoria e que dificilmente resultarão em povos milenares (que até podem parecer que não se defendem nem confrontam), porque eles detêm aquilo que os fez sobreviver por milénios.

A economia paralela, em Portugal, parece andar pelos 25%.

Quanto mais cartilha, mais se lhe arrima.
LNT
[0.429/2012]

Post It

Arco - Praça de EspanhaEstamos num tempo em que já é difícil convencer alguém que andam a espalhar pregos nas estradas.

Ângelo, o conselheiro espiritual das trevas, já deve ter desenvolvido outra tese para justificar o rebentamento dos pneus para as bandas de Massamá. Aguardemos para a conhecer até porque, em breve, haveremos também de conhecer as teses que Paulo vai congeminar para justificar os seus silêncios. Até mesmo o patriotismo, tal como a nossa paciência, tem limites.

Não é meu costume bater desalmadamente em moribundos e estou tentado a deixar passar algum tempo antes de voltar a abrir o sarcófago onde dormem os mortos-vivos que nos ameaçam com catástrofes colossais caso lhe sejamos desobedientes, mas mantenho à mão mais um monte de letras em forma de espeto de pau aromatizado em alho, para o caso de ser necessário.

Entretanto, enquanto a rataria, rata, vou à rua arejar. Não se esqueçam de amanhã ler Sophia no arco plantado na Praça de Espanha.

Post It para minha memória:
Ir ao fundo do baú que está na arrecadação e reler os slogans da Fonte Luminosa.
LNT
[0.428/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLXXVII ]

Primatas
Jardim Zoológico - Lisboa - Portugal
LNT
[0.427/2012]

A Ota de Coelho

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Surdinas [ LVI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Em relação à entrevista de Passos Coelho tudo aconteceu da forma que eu previa. Bem, confesso, que foi ainda mais atabalhoada do que eu previa, mas não me admirou.

A única coisa que realmente estranhei foi não ter havido qualquer jogo da selecção logo a seguir.
LNT
[0.425/2012]

A roubalheira

LadrãoManuela Ferreira Leite, de quem me orgulho de divergir, disse ontem algumas coisas muito acertadas. Confirma-se que “eles” não são todos iguais. Ela é uma social-democrata de direita e a tríade Coelho/Gaspar/Borges são experimentalistas-fundamentalistas-radicais da Lei da Selva.

A um social-democrata, mesmo de direita, preocupa o social e está-lhe adjacente o humanismo. Aos robots servis do capital só está subjacente a primazia do dinheiro.

Muito haverá a dizer sobre esta intervenção de Ferreira Leite mas fico-me pelo conceito de roubo dos reformados a que ela chamou imposto, ignorando a universalidade que teria de ter para o ser.

Um reformado (gostam de lhes chamar pensionistas para os igualarem aos que recebem sem nunca terem contribuído) é alguém que entregou parte dos seus rendimentos a uma instituição para dela poder usufruir a partir de determinada altura. O dinheiro que recebe da reforma é por isso tão seu, como se o tivesse colocado no banco, ou numa conta poupança-reforma. É uma poupança privada (mesmo que forçada) feita ao longo da vida.

O que aconteceria se um cidadão que constituiu uma poupança chegasse à organização onde a constitui e lhe dissessem que não a retribuíam conforme estava acordado?

O Estado não é o BPN. Os gestores do Estado (os governantes) não podem ser uns Oliveira e Costa.
LNT
[0.424/2012]

O alvo

MãosConcordo e possivelmente participarei na manif que está agendada para o dia 15 em Lisboa.

Saberei demarcar-me, caso alguém ou alguma coisa me queira enquadrar e, tal como diz o nosso PM, estar-me-ei lixando para os aproveitamentos políticos que alguém ou alguma coisa queiram fazer.

No entanto gostaria de deixar claro que o alvo que me leva a aderir à rua é a insatisfação com as políticas extremistas e os modelos desumanos que este Governo está a seguir e que levam ao empobrecimento da nossa Nação, à destruição da nossa economia, à abolição da qualidade de vida conseguida pela evolução do conhecimento, pela liberdade e pela igualdade de oportunidades e ao radical corte com a coerência social que a civilização europeia e a nossa Constituição apontam como caminho.

A minha luta não é contra a troika, embora me esteja lixando (linguagem oficial) para ela. Essa luta já a fiz quando defendi soluções que não passavam pelo recurso à troika e que foram recusadas na Assembleia da República pelo PSD, pelo CDS, pelo PCP e pelo BE.

A minha luta é contra o modelo anti-social que este Governo está a seguir para atingir as metas a que se comprometeu e pela desumanidade do modelo do “sempre a eito, custe-o-que-custar”(e que custa sempre aos mesmos) mesmo após já ter verificado o falhanço que esse modelo comporta.

A aderir, engordarei a contestação só no seu término (na Praça de Espanha) não me prestando a afrontar a sede da representação permanente da troika, ainda que tenha gozado com o gamanço do carteirista do 28.
LNT
[0.423/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLXXVI ]

Relógio
Solengas - Albergaria-a-Velha - Portugal
LNT
[0.422/2012]