segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
[0.949/2008]
Saques
Damos por nós muitas vezes a perguntar para onde foi o dinheiro que entrou a rodos neste País. Milhões para formação que não se sabem onde estão. Outros tantos para modernização de empresas que acabaram por falir obsoletas. Outros mais ainda para a agricultura que nunca produziu. Muitos e muitos para recuperação do património que continua ao abandono.
Basta dar uma volta para se constatar que muitos desses milhões devem ter tido destino diverso do esperado e talvez justifiquem Ferraris a Norte, jipes a Sul e iates nas marinas, mas pouca serventia terão tido no bem comum.
A Ermida de Santa Clara, na Vidigueira, é um bom exemplo do esbanjamento inconsequente. O IPAR tratou de caiar as paredes que já estão de novo escuras, fez umas portas que nunca foram tratadas, montou uns holofotes que desapareceram, escavou e pôs à vista sepulturas que estão de novo perdidas e deixou um placard para lembrar que a incompetência e a pouca-vergonha em Portugal não têm limite.
LNT
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3 comentários:
Pois é dessas contas e contos que muitos gostaríam de saber e não sabem.
Só sabem que sempre tiveram que apertar o cinto e ficar deprimidos quando vêem o património assim negligenciado, por falta de contos, vejam só!
Não aceite o meu conselho mas, se não se importar de ficar ainda mais deprimido, visite Sagres.
Caro sr. Luís da Barbearia:
Há dois adjectivos para pessoas que me "irritam" (excessivo, mas não encontro aqui à mão um verbo mais pertinente), a saber: simpático/a e honesto/a!
Quando se referem a uma pessoa como simpática fico sempre a pensar que não lhe encontraram grandes atributos nem grandes defeitos...Vai daí o rasante simpático resolve! Ah! Fulano/a ? É simpático/a!!!!
No caso da pessoa honesta, pode ser tacanha, vistas curtas, provinciana, inculta, até incompetente, e outras coisas, mas...é honesta. Como se isso tapasse as outras lacunas!
Não imagino alguém a duvidar da necessidade definitiva de sermos honestos. Uma necesssidade antes de tudo pessoal. Mas não basta... ser honesto! E muito menos ser honesto e austero, como se isso, por si, tecesse uma aura de valor incontornável!
Estas coisas que agora começam a aparecer só me espantam por tardias...
Desculpe sr. Barbeiro se extrapolei...
:)))
Mas foi graças a coisas destas que o nível de vida de uns quantos melhorou. E muito.
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