quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estado de direita

SolContinua a reinar o Sol, frio como o tem de ser na época, sem pitada de nuvem que lhe retire o brilho.

Bem pode Cristas rezar, bem pode Portas fazer de caixeiro-viajante, bem pode a troika barafustar por estar a trabalhar para nos emprestar mais uns mil milhões em troca de uns mil milhões de juros enquanto a estrelinha que os guia se deleita com as meninas descascadas nos corsos.

O Sol, o preguiçoso e traquinas Sol, está decidido a chegar ao ocaso, indiferente a ter nascido para todos ou para muito poucos.

Bem podem as pieguices, os salamaleques e os beijos no cu, como diria MEC em tempos que já lá vão, serem demonstrados ou osculados nos traseiros dos funcionários estrangeiros (que já nem os lavam para tal efeito), que o astro rei está-se borrifando e não altera um milímetro no seu percurso embora cumpra a promessa de trabalhar mais uns minutos sem compensação, acrescentando ao banco de horas aquelas que irá folgar quando o estio estiver a meio.

No Terreiro do Paço diz-se que os gajos já chegaram.

Porreiro, pá!
Vêm aí mais umas regras que reforçarão o argumentário para continuar a esmifrar estes bonzos que não param de relinchar e de se lamentar com não “possos mais”, como se estivéssemos a falar de limites ou com receio de uma revolta da docilidade secular que sempre os levou além da dor.
LNT
[0.119/2012]

Sem comentários: