Não, não vos vou falar dos gregos poderem reformar-se aos 50 anos, ou de terem falseado as contas com que se apresentaram a resgate.
Falo-vos de outra coisa que tem a ver com o divórcio entre a política e a cidadania. Falo-vos de alguém que, sem ter mandato expresso para isso, decidiu por todos e pactuou com a anti-política para a destruição da δημοκρατία.
Falo-vos da sobreposição da finança (chamam-lhe "mercados") ao poder político e à miscelânea dos chamados "mercados" com Estados que impõem a outros Estados soberanos a solução única consubstanciada no pensamento político único.
Falo-vos de invasão, já não pelo disfarçado poder dos "mercados" mas pela voz de dirigentes de potências estrangeiras que finalmente se assumem como a retaguarda desses "mercados".
Falo-vos do fim da União Europeia e do novo império que se desenha na Europa com uma tropa que invade sem tanques e arrasa países deixando a despesa dos tiros aos canos das armas fratricidas.
O fogo amigo, por alguma razão simbólica, iniciou-se no berço da democracia.
Os danos colaterais não se farão esperar.
LNT
[0.110/2012]
LNT
[0.110/2012]
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