domingo, 8 de novembro de 2015

Inequivocamente e muito claro

BengalasPara que fique muito claro, como costuma dizer António Costa, as eleições primárias foram para designação do candidato do Partido Socialista a Primeiro-ministro.

O que foi inequivocamente afirmado pela imensa maioria dos portugueses, como costuma dizer António Costa, foi que os eleitores não quiseram que esse candidato a Primeiro-ministro se fizesse o chefe do Governo, senão teriam posto o PS em primeiro lugar nas eleições.

É nesta clivagem, como costuma dizer António Costa, que reside a diferença entre a consciência de Costa e a minha própria. Nada tenho contra, antes pelo contrário, a uma convergência séria à esquerda, tenho muito contra que ela se faça com estes resultados eleitorais em que António Costa perdeu vergonhosamente umas eleições depois de quatro anos de martírio desta direita. Uma questão de coerência.

E também:

A partir de agora não haverá qualquer Partido que fique isento de responder, em campanha eleitoral, à questão sobre as suas alianças no caso de não obter maioria absoluta.

Ninguém vai poder escusar-se a dar essa resposta (com a desculpa de que está orientado só para a obtenção de uma maioria absoluta) e ninguém poderá vir, a posteriori, dizer que essa resposta já tinha sido dada em momentos diferentes ou por outras palavras.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.288/2015]

5 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Barbeiro, que tal estava o leitão?

Jaime Santos disse...

Gostaria de lhe recordar que o seu candidato, António José Seguro, perdeu umas Primárias que ele próprio (e não Costa) inventou, para um cargo, de PM, que não é de eleição direta. Poderia ter-se atido às regras existentes e feito duas coisas: nada, o que seria provavelmente insustentável ou ter dito, 'pá, obrigado, vamos a isso!' e poderia ter-se demitido e convocado Diretas e um Congresso, que provavelmente ganharia, ficando com a liderança reforçada, depois do balde de água fria das Europeias. Poderia a seguir ter disputado as Legislativas e até poderia tê-las ganho. Agora, não culpe Costa pela falta de inteligência de terceiros, porque esse é que é o ponto essencial de toda esta história. Estava agora à espera que ele se demitisse? Até parece que não o conhece. P.S. Conheço a sua opinião acerca da falta de senso das Primárias. O problema é que é só sua e não de António José Seguro...

Anónimo disse...

Parece que o leitão deixou o barbeiro com azia.

Luís Novaes Tito disse...

Não respondo a anónimos. É um princípio meu. Escusa de insistir na provocação.

Caro Jaime Santos,
Este Blog é meu e por isso é natural que exprima a minha opinião que, como disse bem, sempre foi de considerar as "Primárias para designação do candidato do PS a Primeiro Ministro" um absoluto aborto, sem sentido. Pode ler-se isso neste espaço em vários Posts. Também sempre fui da opinião de que, embora considerasse uma afronta inadmissível um desafio a uma direcção eleita fora do prazo eleitoral, não restava à direcção que eu apoiava a convocação imediata de um Congresso Nacional para esclarecer a questão levantada e ainda hoje penso que se tal tivesse acontecido o Seguro teria ficado como Secretário-geral.
Até aqui parece-me que estamos de acordo.
O desacordo só começa quando Costa aceita disputar as Primárias. A partir daí aceitou as regras que o levaram a ser candidato a Primeiro-Ministro (absurdas ou não) e que serviram para que, ao perder as legislativas e note que toda a campanha tirando aquele curto prazo do disparate dos cartazes iniciais foi feita com a cara dele nos cartazes, ficou com o abono de ter sido derrotado por quase 70% dos votos para ocupar esse cargo. Foi isto que escrevi por outras palavras.
Abraço

Unknown disse...

Inequivocamente e Muito Claro,
Como muitos socialistas, desde há largos anos que desejava que a esquerda fosse uma esquerda unida.Lamentavelmente recordo que as greves organizadas pela CGTP-IN geralmente atuavam com mais frequência sempre que o PS era governo. A união agora do PS com o Bloco de Esquerda e PC não me encanta, pois não me parece legitima. Os eleitores não a votaram. Embora sem maioria absoluta, mas sim relativa votaram na Coligação PSD-CDS ou seja a FAP foi a vencedora e a seguir o Partido mais votado foi o PS. Segundo a minha leitura isto tem um significado ou seja os eleitores desejam uma mudança em que o PS tivesse um papel fundamental junto da Coligação. O PS tinha a oportunidade de proceder a negociações parlamentares a fim de conseguir a bem do País que certas reformas da área do Estado Social fossem implementadas, designadamente na saúde, educação, ordenado mínimo, desenvolvimento económico, emprego etc... além de que este acordo do PS com o Bloco de Esquerda e o PC não me transmite inteira confiança de ua vez que não se vinculam participando no governo. Maria José Gama