Nas televisões “noticiosas”
– principalmente nestas – os viciados das ficções CSI descobriram os tablets tácteis
gigantes onde se extasiam com a possibilidade de fazer risquinhos com os dedos
e terem um menu que lhes permite colocar bonequinhos com capacetes onde brincam
às guerras e às táticas aprendidas nos manuais do 007 e do Rambo.
Falam, em pleno
século XXI, no cerco à fortaleza como aprenderam na escola quando estudaram (?)
o cerco a Alusbuna e
continuam com a noção de que, entre os enviados de Putin, haverá um Martim
Moniz que lhes possibilite uma narrativa lendária.
Insistem nestes grafismos sem se aperceberem que se, em Kyiv,
o KGB Putin ainda não foi o habitual Bulldozer é porque esta capital tem para
ele um significado especial e está a tentar tudo para a conquistar sem ter de a
arrasar.
O cerco de Kyiv será feito com cortes de abastecimento, água,
energia e bloqueio das comunicações, inviabilizando todos os acessos aéreos e
terrestres que sejam vias de abastecimento de bens, electricidade, armamento e
munições.
A invasão de uma fortaleza destas é impossível caso não se
use a tática de Bulldozer.
Cada janela será uma guarita e, não querendo acabar com todas
elas, só resta conseguir a rendição dos valorosos resistentes pela fome, pela
sede, pelo frio, pela intervenção de forças rápidas e dirigidas e, se
necessário, pelo veneno em que o actual Kremlin é especialista.
O alarve Putin quer Kyiv para voltar a ter Kiev, senão já a
tinha bombardeado.
Deixem-se de risquinhos e joguinhos e esforcem-se para
entender os sinais que dão as pistas para entender o que vai na cabeça do
estupor que se julga ungido como Czar para ser um novo Ivã.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.037/2022]