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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Da manipulação

Romualda Fernandes e José Leitão
Um bocadinho farto de toda esta publicidade embrulhada em preconceito que nos tenta estupidificar.

Não me julgo racista, xenófobo, radical, nem machista.

Não votei no LIVRE porque me revejo ideologicamente noutro Partido. (Ponto final)

Aproveito para dizer que, no Partido onde votei, tive a honra de ajudar a eleger, entre outros, uma mulher admirável de quem sou amigo e com quem já tive o privilégio de trabalhar, de debater e de "politicar", uma pessoa em tudo igual a mim (não racista, não xenófoba, nem radical) e muito mais competente do que eu nessas matérias de igualdade como tive oportunidade de constatar quando ambos fizemos parte da equipa do José Leitão na altura em que ele foi Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas.

Chama-se Romualda Nunes Fernandes, é portuguesa e guineense (penso), não tem problemas de fala que a tornem mais ou menos notável do que qualquer outro ser humano e não se presta a fazer de bandeira da discriminação, antes pelo contrário, sempre lutou contra ela num percurso de vida que lhe custou atribulações pessoais (dela e da sua família) só possíveis de superar pela sua valentia e determinação.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.018/2019]

sábado, 27 de outubro de 2012

Da vida

ACIMEUma das grandes mentiras do Portugal de hoje é a de que os milhares de jovens licenciados que estão a emigrar, o estão a fazer para ocuparem, nos países de acolhimento, lugares compatíveis com o seu grau de habilitações.

Fazem-no para qualquer emprego, tal como o fizeram recentemente estrangeiros, no Portugal da imigração que, nessa altura, desenvolveu teorias xenófobas contra os que aqui vinham buscar sustento.

Londres está a abarrotar de licenciados portugueses que estão a aviar gelados e hamburgers.

Outras cidades e países também. Basta que essa função seja melhor paga do que uma licenciatura para conseguir um emprego de 500€ atrás do balcão numa loja de perfumes num qualquer centro comercial em Portugal.

Há pouco víamos cartazes xenófobos a atacar engenheiros croatas e ucranianos que acarretavam tijolos na nossa construção civil e hoje gostaria de saber onde anda essa gente que os afixava e que, certamente, terá de esconder as tatuagens de suásticas para guiar um táxi numa qualquer capital estrangeira.

Sei do que falo. Lembro-me de campanhas que ajudei a implementar quando trabalhei com o José Leitão, era ele Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas.

A vida ensina aqueles que não querem aprender com o conhecimento dos outros.
LNT
[0.536/2012]

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Botão Barbearia[0.603/2008]
Novas abordagensCores
( * ) "Quando o agressor não é branco, parte dos brancos anti-racistas cala-se pois, sem autoflagelação, a motivação esfuma-se."
Zé Paulo e já antes João Tunes e, pelos lidos, Carlos Gil (também aqui) abordam a questão de Loures numa formatação conhecida de cor ( * ) por quem já pisou fundo o terreno que lida com determinados grupos activistas, com estatuto de subsídio-dependência, que se limitam a desenvolver actividades baseadas em estereótipos aparentemente bem intencionados e em princípio importantes para a denúncia e defesa dos princípios que dizem proteger mas que, para além do paleio e do folclore, nada trazem de útil. Todos os conhecemos, não adianta enumera-los.

Porque essa gente é por demais conhecida e porque as suas técnicas de sobrevivência sem trabalho são do conhecimento de todos, recuso-me a ajudar na publicidade.

Quanto ao concordar com JPT que é um paradoxo "Um dia, quando a utopia chegar..." como aqui escrevi, o Zé Paulo contesta porque diz já ter visto muitas "utopias" terem-se transformado em realidade com o decorrer do tempo. Espero que ele tenha razão, embora, em relação a esta não acredite que assim venha a ser, pelo menos nas gerações mais próximas.

Voltando ainda a Loures. É evidente que há ali um conflito étnico, não vale a pena escamotear. Mas principalmente existem ali duas componentes que fazem esse conflito transformar-se em guerrilha armada.

A primeira é o facilitismo que proporciona o conceito do direito sem dever. Se aquela gente tivesse pago as casas onde vivem, ou se fossem obrigados a satisfazer compromissos para manterem as casas onde foram alojados, possivelmente pensavam duas vezes antes de criarem problemas entre si. A assim não ser e a partir da ideia simples que alguém lhes irá resolver de novo os problemas gratuitamente sem terem de assacar as consequências dos seus próprios actos, continuarão a agir sem responsabilidade e sempre com a ideia de que tudo podem exigir em troca de nada. Como disse em resposta a um outro comentário, todos nós gostamos mais ou menos de uns ou outros vizinhos dos nossos bairros ou condomínios mas não nos passa pela cabeça começar a chumbar aqueles de que gostamos menos. Ninguém dá valor ao gratuito, embora os portugueses adorem uma borla. Nenhuma habitação social deveria ser entregue sem que fosse assinado um compromisso, pelo menos, de civilidade e licitude. A quebra desse compromisso implicaria a quebra de solidariedade do Estado.

A segunda prende-se com a defesa de territórios de grupos organizados para comércios ilícitos. Em parte também decorrente da primeira, tanto se pode passar entre brancos e pretos como entre pretos e ciganos, entre ciganos e brancos, entre pretos e pretos, entre brancos e brancos, entre ciganos e ciganos e por aí fora considerando todas as etnias, cores, religiões e nacionalidades. No caso, o simples facto de se falar de 2ªs e 3ªs gerações de imigrantes já revela conceitos estranhos porque em princípio estamos a falar de cidadãos portugueses, o que reforça a ideia que a tal utopia tarda a deixar de ser um paradoxo.

Claro que esta abordagem é parcelar e simplicista. Os blogs podem apontar caminhos mas não são, pela sua própria natureza, manuais de ciência nem os bloggers têm de ser mestres.

Se conseguirmos transmitir nestas abordagens pelo menos visões diferentes daquelas que nos são vendidas pelo status quo, seja do poder ou dos que vivem de ser contra-poder, já a coisa não está mal. Foi isso que penso ter sido conseguido pelos bloggers referidos e que servem para reforçar a ideia que os Blogs também servem como criação de nova massa crítica.
LNT

à margem, mas a não perder: João Tunes em "a odisseia da Camarada Álvaro na Quinta da Fonte"
Rastos:
USB Link-> O embaraço de Loures – Água Lisa(6) – João Tunes
-> Loures: é preciso olhar e ver – Água Lisa(6) – João Tunes
-> Loures - Qtª da Fonte - On the road again – Carlos Gil
-> Loures. Racismo? De quem? - Lanterna Acesa - Zé Paulo
-> Ma-Schamba - José Pimentel Teixeira

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Botão Barbearia[0.588/2008]
Racismos politicamente correctosMissangas

Aqui para nós que quase ninguém nos lê e para os poucos que ainda lêem mas a quem pouco importa o politicamente correcto, esta coisa de se ouvir repetidamente na Comunicação Social: - No bairro X houve desacatos e troca de tiros entre elementos de etnia cigana e elementos de raça negra – revela um cuidadismo de punho de renda e revela o mal que estamos em matérias de racismo e de xenofobia.

Antes dissessem que: - No bairro X houve tiroteio entre ciganos e pretos – porque assim a xenofobia continuava a existir mas pelo menos o conceito racista caía.

Claro que o politicamente correcto seria dizer que: - No bairro X houve uma refrega que envolveu armas e disparos entre elementos da comunidade cigana e da comunidade negra – porque assim os conceitos centravam-se nas comunidades (fazendo de conta que elas existem como comunidades), aproveitando a xenofobia e o racismo para explicar a quem lesse, que tinha havido guerrilha entre ciganos e pretos o que deixaria os brancos, os amarelos, os vermelhos e os azuis muito mais descansados e informados.

Um dia, quando a utopia chegar, havemos de ser capazes de só ler que: - No bairro X houve um tiroteio entre arruaceiros portugueses. (ponto final)
LNT