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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Data histórica

1º de Dezembro de 1640

Não deixou de ter uma certa graça termos tido o Rei Juan Carlos a dormir em Portugal na noite de 30 de Novembro para 1 de Dezembro de 2009, data em que, para além da data, fica assinalada a entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

Se Miguel de Vasconcelos sonhasse o que 369 anos depois se iria passar, talvez não tivesse morrido.

Se Dom Sebastião tivesse voltado a tempo, em vez de nos deixar nesta angústia de o supor retornar sempre que há nevoeiro, nem que reencarnado com botas, muito sofrimento se teria poupado.

Foi tudo em vão. Nem os mortos ressuscitaram nem as fronteiras, apesar de Olivença, se deixaram de estender aos Urales.
LNT
[0.746/2009]

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.031/2008]
A coisa é simples, pá

Gato na nevePortugal foi o grande impulsionador do Tratado de Lisboa.

O Governo português deriva da Assembleia da República eleita por todos os portugueses.
Os deputados da Nação são tão capazes de representar os eleitores na ratificação do Tratado de Lisboa, como para decidir qualquer outra coisa.

O Presidente da República foi eleito por todos os portugueses.
O Presidente da República é tão capaz de aconselhar o Governo e a Assembleia da República sobre o Tratado de Lisboa como sobre qualquer outra coisa.

A democracia parlamentar é a base do regime escolhido pelos portugueses.

O referendo não tem qualquer importância. Houve quebra de compromisso? Talvez, mas não foi inédito e os compromissos anteriormente quebrados foram bem mais gravosos para toda a população e não se ouviu tanto ranger de dentes.

Será necessário referendar, no futuro, a nossa permanência na União Europeia? Talvez. Então exija-se essa condição no próximo acto eleitoral em vez de multiplicar a abstenção.

Agora, por favor, não nos façam ouvir de novo os habituais comentadores dissertarem sobre o sexo dos anjos provocando a abstenção já provada em actos referendários anteriores onde meia dúzia de não eleitos decidiram por todos os outros.
Ao menos os deputados da democracia portuguesa detêm a representação universal dos eleitores.
LNT
Nota: e lá se foi a discussão da vergonhaça da divisão do retractivo das pensões em 14 sauves prestações e já ninguém vai querer saber mais do BCP, nem da Ota, nem do entra e sai do Governo, nem do resto que anda por aí.
Sejam porreiros, pá e acordem!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.028/2008]
100% de acordo

Tratado de LisboaAqui está uma notícia sobre uma decisão deste Governo com a qual concordo em absoluto:

Não haverá referendo para ratificação do Tratado de Lisboa.

Os deputados na Assembleia da República que assumam as suas responsabilidades, que é para isso que são eleitos.

Espero que o Governo e o PS não comecem a inventar desculpas esfarrapadas para esta decisão porque está bem assim e é assim que deve ser.
LNT
Rastos:
USB Link

-> Adufe 4.0 ;
-> .

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Botão Barbearia[0.365/2007]
And now, the end is near

Tratado de LisboaPraticamente a queimar os últimos cartuchos a Presidência Portuguesa da União Europeia vai promover hoje a assinatura, no Mosteiro dos Jerónimos, do tratado reformador – o Tratado de Lisboa.

Depois da assinatura que, pelo que se sabe, contará com um atraso do Primeiro Britânico, o Tratado terá de ser ratificado por todos os países da União.

Inicia-se agora a batalha dos pró e contra referendo, refrega em que este barbeiro estará em sossego por, como já explicou vezes sem conta, não lhe parecer necessário, nem sequer útil, chamar o povo a referendar uma matéria que os parlamentos nacionais têm suficiente representação para decidir.

Pouco mais fica por fazer nesta 3ª presidência portuguesa que se revelou, uma vez mais, de um dinamismo de registo e que merece o aplauso pela demonstração das capacidades que Portugal tem na realização de eventos internacionais. Fosse assim em todo o resto.

Na distante Eslovénia já se fazem os preparativos para assumir a próxima presidência da UE, a partir do dia 1 de Janeiro de 2008.
LNT
Rastos:
USB Link-> Tratado de Lisboa(PT);
-> Tratado de Lisboa (Documento);
-> Presidência Eslovénia da UE2008.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Botão Barbearia[0.184/2007]
Referendo não, mas...

Cantar de GaloJá o disse aqui na barbearia e anteriormente já o tinha dito noutros lugares, mas há dizeres e dizeres.

Referendo não, muito obrigado.

Sinto-me bem com a democracia que temos e basta-me, em termos de Tratados internacionais e de decisões já sufragadas em programas eleitorais, que a Assembleia da República me substitua no acto de ratificar ou legislar.

Agora meu caro Vital Moreira, Senhor Professor quase jubilado e reverendíssimo (acho que o reverendíssimo não se aplica, mas fica aqui bem – uma questão de fé, registe-se) essa de julgar que os barbeiros deste País são uma catrefada de inaptos e néscios, até a mim, que o sou, parece mal.

Quando a democracia começa a ser coisa só para os excelentíssimos há aqui um qualquer tique que não bate certo. Por raciocínios mais abertos do que esse Cuba, China, Zimbabué e por aí fora, têm lideres que dispensam os súbditos das maçadas do pensar.
LNT
Rastos:
Link - Causa Nossa
Link - Ter Voz
Link - Tugir em português

domingo, 21 de outubro de 2007

Botão Barbearia[0.176/2007]
Interessa saber se Itália tem mais um deputado?

Cimeira de Lisboa 2007O referendo é o direito que em alguns países assiste aos cidadãos de se pronunciarem sobre certos assuntos de grande interesse nacional ou local.

Interesse local, em relação ao Tratado de Lisboa, não se vislumbra.

Interesse nacional, talvez, mas muito pouco.

Depois de termos visto que a coisa andou, na discórdia, à volta de mais um ou menos outro deputado, ou em torno de questões teológicas/filosóficas de uns gémeos absurdos nunca se questionando, por exemplo, se os ingleses têm de usar a moeda europeia ou se normalizam as suas métricas com os padrões europeus, pouco interessa este tratado, porque contém muito pouco de avanço na normalização de uma Europa única, social, política e estratégica.

Quanto a referendos sabe-se que este barbeiro entende que, tirando os referendos locais para se saber da colocação de um banco no jardim ou para abrir um novo passeio, não suscitam qualquer mobilização, o que aliás está taxativamente comprovado pela baixa adesão revelada nos três já realizados anteriormente sobre coisas muito mais práticas e de importância para as pessoas comuns.

Suponho que um referendo sobre o Tratado de Lisboa só possa servir para massajar o ego das chamadas elites ou de outros que têm pretensões a sê-lo.

Resta o incumprimento de mais uma promessa eleitoral, coisa sem relevo se comparada com os incumprimentos anteriores onde, aí sim, os portugueses se sentiram defraudados.
LNT

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Botão Barbearia[0.169/2007]
No mundo civilizado nunca o chamarão à portuguesa

FontainebleuAnda aí a guerra dos negacionistas, coisa da moda, como há tempos andava a dos cartazististas Maomeistas.
São coisas giras e chiques, de gente chique e gira.

Adelante!

A moda também corre pelo tratado europeu que é de Lisboa e é uma vergonha, dizem as gentes das modas.

Tivesse o mesmo conteúdo mas fosse baptizado de Sintra, Lapa, Madrid ou Las Palmas, ainda escapava, embora chiquérrimo seria se fosse de Fontainebleau que lembraria frou-frous, sedas, cabeleiras empoadas, sífilis, Joséphines e outros fedores maneiristas.

Maastricht, por exemplo, foi um bom título que fez brilhar essa gente da moda na pronúncia holandesa. Ainda hoje enchem a boca de favas para o dizer.

Mas Lisboa?! Nada chique e sem sotaque.
Basta lembrar que os ingleses dirão sempre Lisbon, os franceses Lisbonne e os italianos de Lisbonna.
LNT