[0.681/2008]
Já fui feliz aqui [ CCXCI ]
Lisboa/Monsanto - Portugal
LNT
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
[0.680/2008]
Canalhas e canalhices
Aconteça o que acontecer, nunca ninguém conseguirá alguma vez fazer desaparecer a mancha que foi criada à volta de Paulo Pedroso, salvo se se conseguir provar que ele foi alvo de uma tramóia.
Por isso concordo com Ana Gomes e considero que, mais do que qualquer sentença para o indemnizar, é imprescindível que o Estado, depois de ter destruído a sua reputação com "erro judicial grosseiro", tome a iniciativa de utilizar os meios de investigação de que dispõe para incriminar quem montou a tramóia e aplicar as sanções devidas.
O mal menor foi a prisão de Paulo Pedroso, porque o mal maior decorre da acusação que, mesmo nunca demonstrada, lhe ficará para sempre colada à pele. Não é coisa pouca destruir o bom-nome de alguém e imagino que não seja fácil viver condicionado a uma suspeita.
Como diz Ana Gomes é necessário desmascarar os canalhas, desmontar a canalhice e comprovar a inocência de quem for inocente. Compete ao Estado apurar todos os factos não só para ilibar Paulo Pedroso das acusações, mas para comprovar a sua inocência.
Só assim se fará justiça embora as consequências pessoais e politicas que este caso comporta nunca possam vir a ser reparadas.
LNT
Canalhas e canalhices
Aconteça o que acontecer, nunca ninguém conseguirá alguma vez fazer desaparecer a mancha que foi criada à volta de Paulo Pedroso, salvo se se conseguir provar que ele foi alvo de uma tramóia.
Por isso concordo com Ana Gomes e considero que, mais do que qualquer sentença para o indemnizar, é imprescindível que o Estado, depois de ter destruído a sua reputação com "erro judicial grosseiro", tome a iniciativa de utilizar os meios de investigação de que dispõe para incriminar quem montou a tramóia e aplicar as sanções devidas.
O mal menor foi a prisão de Paulo Pedroso, porque o mal maior decorre da acusação que, mesmo nunca demonstrada, lhe ficará para sempre colada à pele. Não é coisa pouca destruir o bom-nome de alguém e imagino que não seja fácil viver condicionado a uma suspeita.
Como diz Ana Gomes é necessário desmascarar os canalhas, desmontar a canalhice e comprovar a inocência de quem for inocente. Compete ao Estado apurar todos os factos não só para ilibar Paulo Pedroso das acusações, mas para comprovar a sua inocência.
Só assim se fará justiça embora as consequências pessoais e politicas que este caso comporta nunca possam vir a ser reparadas.
LNT
Rastos:
-> Causa Nossa - Ana Gomes
[0.679/2008]
É tão fácil educar os filhos dos outros, não é?
Se uma sua filha de 17 anos lhe dissesse que estava grávida deitaria para o lixo toda a sua coerência?
Mesmo em política há fronteiras para o nojo. Quem o não compreender não compreende nada e quem cinicamente explorar o nojo não passa dum moralista imoral.
Talvez não seja só uma questão de embirração com os sapatos de Obama e insisto que se é isto a renovação da política, então não se justifica a política renovada.
LNT
É tão fácil educar os filhos dos outros, não é?
Se uma sua filha de 17 anos lhe dissesse que estava grávida deitaria para o lixo toda a sua coerência?
Mesmo em política há fronteiras para o nojo. Quem o não compreender não compreende nada e quem cinicamente explorar o nojo não passa dum moralista imoral.
Talvez não seja só uma questão de embirração com os sapatos de Obama e insisto que se é isto a renovação da política, então não se justifica a política renovada.
LNT
Rastos:
-> Defender o Quadrado - Sofia Loureiro dos Santos
terça-feira, 2 de setembro de 2008
[0.677/2008]
Já não se fazem cadeiras como antigamente
Filho: Pai, o homem morreu de velho?
Pai: Não filho, morreu do caruncho.
As cadeiras de hoje fazem-se em Universidades de Verão, sítios propícios a fazer de conta que são escolas, locais de trampolinagem onde se aprendem técnicas de genuflexão. Os docentes que lá vão explicam que os tabus são feitos de silêncio e que no silêncio, tal como na inactividade, reside a sabedoria de não errar.
Filho: Pai, a senhora é muda?
Pai: Não filho, é surda.
As disciplinas de hoje são matéria de mestre. Mastigam-se como se fossem fatias de bolo-rei, colhem-se como se fossem figos com pingo de mel na árvore, inibem-se como se fossem espaços aéreos reservados aos senhores da terra.
Filho: Pai, afinal nessas Universidades acham que o Governo é moeda boa, ou moeda má?
Pai: Antes pelo contrário, filho. Antes pelo contrário!
LNT
Já não se fazem cadeiras como antigamente
Filho: Pai, o homem morreu de velho?
Pai: Não filho, morreu do caruncho.
As cadeiras de hoje fazem-se em Universidades de Verão, sítios propícios a fazer de conta que são escolas, locais de trampolinagem onde se aprendem técnicas de genuflexão. Os docentes que lá vão explicam que os tabus são feitos de silêncio e que no silêncio, tal como na inactividade, reside a sabedoria de não errar.
Filho: Pai, a senhora é muda?
Pai: Não filho, é surda.
As disciplinas de hoje são matéria de mestre. Mastigam-se como se fossem fatias de bolo-rei, colhem-se como se fossem figos com pingo de mel na árvore, inibem-se como se fossem espaços aéreos reservados aos senhores da terra.
Filho: Pai, afinal nessas Universidades acham que o Governo é moeda boa, ou moeda má?
Pai: Antes pelo contrário, filho. Antes pelo contrário!
LNT
[0.676/2008]
De novo os super-heróis
Dei um salto ao Maputo, em visita de reconhecimento pós-férias aos devaneios do antropólogo-comendador de que sou mandatário, para verificação do caminho prosseguido durante a época de banhos e verifico que, tal como nas teorias desta casa, também por lá se considera que a esquerdice da orfandade continua na senda sistemática do líder moral carismático, agora de pigmentação diferente porque a coisa assim tem mais charme enquanto se lambem os dedos da gordura dos pastelinhos de bacalhau e das tapas de caviar servidas nos Pôr-do-sol das embaixadas que comemoram os dias nacionais.
Agora são Obamistas convictos os mesmos que em tempos se diziam Trotskistas ou coisa semelhante, depois de terem passado de moda as loas albanesas e os delírios que a Terra do Mel, esse purgatório fidelista, lhes apontava a passada larga na busca incessante de um qualquer Deus-homem.
Tal como JPT também aqui se questiona, entre pentes e escovas, o que será um Obamista e qual a mensagem de esperança que o Obamismo acrescenta ao pensamento.
De slogan em slogan, de discurso em discurso, de mezinha em mezinha e de deificação em deificação, o mundo-croquete segue atrás do Yes, we can, uma americanização do lusófono, Querer é Poder.
O Mundo avança para a Igreja Universal, é o que é. Tudo indica ter sido encontrado um reencarnado Bom-Pastor. Oxalá a desilusão não se venha a consumar uma vez mais.
LNT
De novo os super-heróis
Dei um salto ao Maputo, em visita de reconhecimento pós-férias aos devaneios do antropólogo-comendador de que sou mandatário, para verificação do caminho prosseguido durante a época de banhos e verifico que, tal como nas teorias desta casa, também por lá se considera que a esquerdice da orfandade continua na senda sistemática do líder moral carismático, agora de pigmentação diferente porque a coisa assim tem mais charme enquanto se lambem os dedos da gordura dos pastelinhos de bacalhau e das tapas de caviar servidas nos Pôr-do-sol das embaixadas que comemoram os dias nacionais.
Agora são Obamistas convictos os mesmos que em tempos se diziam Trotskistas ou coisa semelhante, depois de terem passado de moda as loas albanesas e os delírios que a Terra do Mel, esse purgatório fidelista, lhes apontava a passada larga na busca incessante de um qualquer Deus-homem.
Tal como JPT também aqui se questiona, entre pentes e escovas, o que será um Obamista e qual a mensagem de esperança que o Obamismo acrescenta ao pensamento.
De slogan em slogan, de discurso em discurso, de mezinha em mezinha e de deificação em deificação, o mundo-croquete segue atrás do Yes, we can, uma americanização do lusófono, Querer é Poder.
O Mundo avança para a Igreja Universal, é o que é. Tudo indica ter sido encontrado um reencarnado Bom-Pastor. Oxalá a desilusão não se venha a consumar uma vez mais.
LNT
Rastos:
-> Ma-Schamba - José Pimentel Teixeira - "obamista", ou da palermice
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Infantilização do debate
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - O contexto
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Os Problemas de Obama (I)
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Os Problemas de Obama (II)
[0.675/2008]
Tangos e tangas
A Lólita e o Besugo fizeram cinco aninhos de tango e o Besugo, que deve andar de candeias-avessas com meio mundo dos futebóis porque insiste em mandar para as partes baixas toda a malta da bola sempre que o Esportingue joga mal (o que é quase sempre), queixa-se de que isto dos links, que lhe dão virilidade ao Sitemeter, andam arredios.
Sovinices dos blogo-companheiros, está bem de se ver, queixa-se!
É ir até lá e provocar-lhe uma erecção no contador para ver se ele se aguenta.
LNT
Tangos e tangas
A Lólita e o Besugo fizeram cinco aninhos de tango e o Besugo, que deve andar de candeias-avessas com meio mundo dos futebóis porque insiste em mandar para as partes baixas toda a malta da bola sempre que o Esportingue joga mal (o que é quase sempre), queixa-se de que isto dos links, que lhe dão virilidade ao Sitemeter, andam arredios.
Sovinices dos blogo-companheiros, está bem de se ver, queixa-se!
É ir até lá e provocar-lhe uma erecção no contador para ver se ele se aguenta.
LNT
Rastos:
-> Blogame Mucho
[0.674/2008]
Saudades do nada
Até parece que o mar não lavou o pensamento, que os pés não andaram descalços na areia em desvios de conchas e de uma ou outra alforreca. Até parece que o sabor das ostras, o ripanço do toldo, as leituras entrecortadas pelas idas à beira-mar (que porcaria de fim-de-estória, Vasco Graça Moura), os cafés e as amêndoa-amarga na esplanada do Maré-Alta, as amêijoas e os rosés da hora do jantar, as gargalhadas e as birras dos sobrinhos, as arrelias do dolce far niente, as implicações dos desocupados e o sabor mole da preguiça só foram sonho esperado que não se cumpriu.
Os regressos demonstram que afinal a vida é feita de papéis e discursos, de coisas rituais maçadoras, aparentemente importantes, intoleravelmente chatas e irritantes com contas para pagar que não fizeram férias e com trabalho infindo para lhes fazer frente.
Todos os anos é assim.
LNT
Saudades do nada
Até parece que o mar não lavou o pensamento, que os pés não andaram descalços na areia em desvios de conchas e de uma ou outra alforreca. Até parece que o sabor das ostras, o ripanço do toldo, as leituras entrecortadas pelas idas à beira-mar (que porcaria de fim-de-estória, Vasco Graça Moura), os cafés e as amêndoa-amarga na esplanada do Maré-Alta, as amêijoas e os rosés da hora do jantar, as gargalhadas e as birras dos sobrinhos, as arrelias do dolce far niente, as implicações dos desocupados e o sabor mole da preguiça só foram sonho esperado que não se cumpriu.
Os regressos demonstram que afinal a vida é feita de papéis e discursos, de coisas rituais maçadoras, aparentemente importantes, intoleravelmente chatas e irritantes com contas para pagar que não fizeram férias e com trabalho infindo para lhes fazer frente.
Todos os anos é assim.
LNT
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
[0.672/2008]
Barberjacking
Andava pelas praias de Sotavento a angariar colaboradoras sem os tiques de terem ido ás olimpíadas integradas na comitiva de Sua Ex.ª o Secretário de Estado dos Jogos de Lazer e das Caminhas Matinais quando me fizeram saber que esta Barbearia, aparentemente desprotegida, poderia estar a ser alvo de um ataque de Barberjacking.
Os Rottweiler deixados de soslaio e os Dobermanns soltos no estabelecimento para imporem respeito a quem cogitasse violar as colaboradoras que regressavam de Beijing depois de terem conseguido ganhar ouro do OE, já que o outro, em medalhas, lhes exigia um esforço para que não estavam mentalizadas, podiam ter sido sequestrados pelos bandidos que tinham sido presos no dia anterior e que o juiz já tinha devolvido à liberdade.
Mas não, graças a Deus!
Afinal nada de mal se passou e a loja encontra-se em prefeitas condições, com os clientes à porta, uns barbados e os outros re, reclamando que o tempo não está para tão longas ausências e que as peles não se compadecem sem o creme de todos os dias.
Saudações que as portas reabrem hoje, conforme prometido. É só dar tempo para amolar tesouras e navalhas e ordenar ás meninas que dispam as sedas contrafeitas que adquiriram na China.
LNT
Barberjacking
Andava pelas praias de Sotavento a angariar colaboradoras sem os tiques de terem ido ás olimpíadas integradas na comitiva de Sua Ex.ª o Secretário de Estado dos Jogos de Lazer e das Caminhas Matinais quando me fizeram saber que esta Barbearia, aparentemente desprotegida, poderia estar a ser alvo de um ataque de Barberjacking.
Os Rottweiler deixados de soslaio e os Dobermanns soltos no estabelecimento para imporem respeito a quem cogitasse violar as colaboradoras que regressavam de Beijing depois de terem conseguido ganhar ouro do OE, já que o outro, em medalhas, lhes exigia um esforço para que não estavam mentalizadas, podiam ter sido sequestrados pelos bandidos que tinham sido presos no dia anterior e que o juiz já tinha devolvido à liberdade.
Mas não, graças a Deus!
Afinal nada de mal se passou e a loja encontra-se em prefeitas condições, com os clientes à porta, uns barbados e os outros re, reclamando que o tempo não está para tão longas ausências e que as peles não se compadecem sem o creme de todos os dias.
Saudações que as portas reabrem hoje, conforme prometido. É só dar tempo para amolar tesouras e navalhas e ordenar ás meninas que dispam as sedas contrafeitas que adquiriram na China.
LNT
domingo, 10 de agosto de 2008
[0.669/2008]
Reabre a 1 de Setembro Retribuem-se a toda a nossa excelentíssima clientela que fez o obséquio de, por escrito ou por pensamento, nos desejar bom repouso, votos de boas-férias, paz e amor, na companhia dos seus ou de quem mais lhe aprouver.
A distinção que nos dão com a vossa preferência será sempre retribuida, no mínimo, com o dobro daquilo que nos desejarem.
LNT
Reabre a 1 de Setembro Retribuem-se a toda a nossa excelentíssima clientela que fez o obséquio de, por escrito ou por pensamento, nos desejar bom repouso, votos de boas-férias, paz e amor, na companhia dos seus ou de quem mais lhe aprouver.
A distinção que nos dão com a vossa preferência será sempre retribuida, no mínimo, com o dobro daquilo que nos desejarem.
LNT
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
[0.667/2008]
As olimpíadas das colaboradoras [ X ] (fim da série)
Olá Fellows,
Sou a Colaboradora das Relações desta magnífica casa de cultura e estou-vos a escrever da caserna olímpica que o excelente governo liberal e libertário chinês disponibilizou para que, com as minhas colegas, possamos fazer aquilo que sabemos fazer com mestria, de forma a manter em pé o espírito e a moral da rapaziada que se apresenta aos nossos serviços.
Venho à escrita para lhes transmitir que o mestre barbeiro vai partir para merecidas férias e só voltará no dia 1 de Setembro. Diz que não levará a traquitana para a praia e que fará todos os possíveis para não acompanhar estes globalizantes e imorais Jogos Olímpicos que, à semelhança de outros realizados no século passado na capital alemã, só servem para tentar lavar o que nunca deixará de estar encardido.
Nós, as colaboradoras, estamos por cá muito bem, cheiinhas de clientela e no desempenho das funções. A vidinha está ruim por aí e o dinheirinho faz muita falta, pelo que fechamos os olhos ao que nos rodeia e enchemos a bolsa com os servicinhos encomendados.
Mandamos beijinhos e saudades.
Desejem-nos sorte e sucesso e não se esqueçam de pôr a bandeira à janela.
Vossa,
Joyce VaiceMulla
As olimpíadas das colaboradoras [ X ] (fim da série)
Olá Fellows,
Sou a Colaboradora das Relações desta magnífica casa de cultura e estou-vos a escrever da caserna olímpica que o excelente governo liberal e libertário chinês disponibilizou para que, com as minhas colegas, possamos fazer aquilo que sabemos fazer com mestria, de forma a manter em pé o espírito e a moral da rapaziada que se apresenta aos nossos serviços.
Venho à escrita para lhes transmitir que o mestre barbeiro vai partir para merecidas férias e só voltará no dia 1 de Setembro. Diz que não levará a traquitana para a praia e que fará todos os possíveis para não acompanhar estes globalizantes e imorais Jogos Olímpicos que, à semelhança de outros realizados no século passado na capital alemã, só servem para tentar lavar o que nunca deixará de estar encardido.
Nós, as colaboradoras, estamos por cá muito bem, cheiinhas de clientela e no desempenho das funções. A vidinha está ruim por aí e o dinheirinho faz muita falta, pelo que fechamos os olhos ao que nos rodeia e enchemos a bolsa com os servicinhos encomendados.
Mandamos beijinhos e saudades.
Desejem-nos sorte e sucesso e não se esqueçam de pôr a bandeira à janela.
Vossa,
Joyce VaiceMulla
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