segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bloco central político e bloco central de interesses

Paula Rêgo – Jorge Sampaio Enquanto o Económico não disponibiliza a entrevista na íntegra torna-se difícil fazer um comentário sobre a concordância de Jorge Sampaio com um possível bloco central. Todos estamos mais do que experimentados com parangonas que depois não têm qualquer concordância com os textos que titulam e por isso aconselha-se prudência.

No entanto, pegando só em algo que já está transcrito, pode saber-se que Sampaio terá admitido a constituição de um bloco central político, ao mesmo tempo que rejeita um bloco central de interesses. Sampaio habituou-nos a coisas deste teor, desde a parte final do seu segundo mandato, o que fez com que pessoas que sempre estiveram com ele passassem a ter as maiores reservas ao seu pensamento. Pelo que agora se sabe, Sampaio pretende uma vez mais, tal como quando criou condições à demissão de Ferro Rodrigues, escamotear a coerência. Sampaio sabe bem, e já demonstrou sabê-lo fazer melhor que ninguém mesmo contra os seus mais fieis companheiros, que a manutenção de um bloco central político sem ideologia é a mesmíssima coisa que um bloco central de interesses. Demonstrou essa sabedoria quando Durão Barroso abandonou o País e ele não convocou eleições, tendo preferido a solução provisória Santana Lopes enquanto dava sinal ao PS para substituir a alternativa por alternância.

Com a morte da doutrina resta a vida dos interesses e foi pela subordinação das doutrinas aos interesses, da qual Sampaio tem fortíssima quota parte de responsabilidade, que chegámos ao ponto em que estamos hoje, isto é, em que ninguém sabe quais são as fronteiras do PS no açambarcamento do liberalismo do PSD e no abandono do social defendido por largos sectores do seu eleitorado.

Já o escrevi antes. Mais vale centrar os votos no PS ou no PSD exigindo liberdade de voto para os eleitos do que dividir os votos entre eles para depois os aglutinar num caldo de interesses muito mais global. Este novo agitar do espantalho da amálgama serve para incentivar os votos nos extremos, única forma de evitar que posteriormente se faça com os nossos votos aquilo que nós não quisemos fazer no momento de votar.
LNT
[0.356/2009]

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Diário Económico ≡ Pode ser necessário um bloco central para gantir estabilidade
-> Eleições2009/o Público ≡ LNT

Já fui feliz aqui [ DXVIII ]

Rio Chança
Rio Chança - Alentejo - Portugal/Espanha
LNT
[0.355/2009]

domingo, 3 de maio de 2009

A azeitona da Vanessa

Ovibeja - AzeiteVanessa é uma jovem de voz possante que dirige a visita guiada ao Pavilhão do Azeite da Ovibeja que tive o prazer de fazer enquadrado pelo João Espinho e Daniel Rebelo, outros dois bloggers do Eleições 2009/ o Público, e por outras simpáticas companhias.

O João Espinho, nosso anfitrião do Praça da República (em Beja), para além das muitas amabilidades com que nos brindou, preparou-nos uma visita guiada onde a Vanessa fez as honras da casa ensinando-nos tudo o que há para saber sobre a azeitona e a fantástica oleaginosa que dela se retira. Entre outras coisas ficámos a saber que o azeite se mede em quilos porque é um produto da terra e embora tenha ficado a dúvida sobre a unidade de medida do vinho, compreendeu-se a lógica depois de ter comido um copo de azeite.

Se tiverem oportunidade não deixem de passar por lá, pela Ovibeja, e pelas explicações da Vanessa sobre a azeitona e de todos os seus derivados.
LNT
[0.354/2009]

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Praça da República (em Beja)≡ João Espinho
-> Ovibeja 2009
-> Eleições 2009 / o Público

Já fui feliz aqui [ DXVII ]

Alentejo
Herdade HB - Vila Nova São Bento - Alentejo - Portugal
LNT
[0.353/2009]

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Pastar caracóis

Ovibeja
E agora vou dar-lhes sossego. Dois ou três dias longe das traquitanas, mergulhado no Alentejo profundo.

Passagem pela Ovibeja não para assistir às organizações do João Espinho mas ainda assim para comprovar que os míscaros já nascem cozinhados esperando que nenhum pata-negra me espirre para cima.

Fiquem bem e já sabem que amanhã é dia de levantar cedo, não vá o Maio entrar, como dizia o Piçarra.
LNT
[0.352/2009]

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Praça da República (em Beja) ≡ João Espinho

Pandemia magalhânica

ClassmateConta a estória que se pegou num monte de miúdos magalhaenisados, instruíram-se e maquilharam-se para fazer um belo tempo de antena do Partido Socialista. No entanto, aquilo que foi pedido aos miúdos e a quem tem de os proteger, foi autorização de imagem para promoção magalhâes-o-educacional.

O caldo levantou fervura.

Sabe-se que os gabinetes ministeriais e outros locais são refúgio de muita borbulhagem transitada das propinas para os vencimentos, via Jota(s). Boa gente e gente capaz, sem dúvida, mas muito orientada, desligada da realidade, sem filhos criados e sem tarimba de trabalho e do mundo real. Essa gente boa não distingue Estado, de Partido, o que é normal uma vez que o partido sempre foi o seu estado. Essa gente não entende que um pai ou uma mãe podem concordar que o Magalhães seja uma feliz ferramenta e se disponham a assumi-lo, mas que não gostam, não querem e não estão dispostos a deixar que os seus filhos sejam objectos políticos.

Depois da fervura o caldo entornou.

Parece que José Sócrates vai pedir desculpas pessoais pelo logro feito aos alunos, progenitores e educadores. Fica-lhe bem e também ficaria bem que mandasse para serviço cívico quem não percebe a diferenciação entre política nacional e política partidária.
LNT
[0.351/2009]

Já fui feliz aqui [ DXVI ]

Banco de pedra
Marinhas - Minho - Portugal
LNT
[0.350/2009]

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quem é Paulo Rangel?

Bloco Central
Quando se olha para a direita do ecrã fica-se com a ideia de que o Bloco Central Luso/Europeu está coxo, não em paridade, embora o género masculino prevaleça, mas em concorrentes porque só um dos componentes deste Bloco apresenta candidato ao Parlamento Europeu.

O PSDv tem candidato, sabemos porque o Tribunal Constitucional já o confirmou embora informando que quem concorre é o PSD mas, tirando umas aparições televisivas para informar que é contra a auto-estrada rosa, não se consegue descortinar mais nada sobre quem é e ao que vem.

Embora tenhamos ficado a saber pelo Vasco Campilho que já é possível telefonar para a Verdade, segundo ele uma simpática senhora com um sotaque agradavelmente norteinho, não consta que por lá hajam sinais de um tal Paulo Rangel.
Dão-se alvíssaras.
LNT
[0.349/2009]

História das estórias

T6GHá uns anos, bastantes, era aluno piloto-aviador e, ao pôr um avião em marcha na placa da Base Aérea nº 7, em São Jacinto, o motor incendiou-se. A canopy mantinha-se aberta e o bombeiro estava a postos, conforme determinavam os procedimentos. Quando olhei para o lado esquerdo do taxiway já lá estava o instrutor que tinha saltado para o chão e o bombeiro tentava accionar um extintor fora de prazo e com a neve carbónica avariada.

Que nervos, ainda para mais o avião tinha o depósito cheio de combustível e estava ladeado por outros T6 abastecidos.

Preocupado, embrulhado nos cintos de segurança e na tralha do pára-quedas entendi cumprir todos os procedimentos de emergência que tinha decorado: - corte de combustível, corte de magnetos, desligar de baterias, etc., – após o que iria fazer companhia ao meu instrutor, caso o incêndio persistisse. O fogo extinguiu-se por si. O avião não ardeu, as outras aeronaves não se incendiaram, não tive problemas físicos e saímos para a missão, pouco depois, noutro avião que entretanto nos foi atribuído.

Lengalenga, esta estória, que me veio à memória no fim de ver a entrevista que Manuela Ferreira Leite concedeu a Mário Crespo. Tal como ao meu instrutor de há uns anos, ouvi-lhe a resposta de que "se perdesse, perdia", e que, nem sequer teria de dar explicações ao seu Partido, porque outras também as não dariam no seu lugar. Verifiquei que ela se pôs em segurança no taxiway, a ver o avião arder e a observar expectante e sem acção o bombeiro a puxar a alavanca do extintor que não apaga o fogo. Neste caso percebe-se que o instruendo continua aos comandos mas, como não tem os procedimentos decorados, o incêndio vai progredir, o avião explodirá com o aluno lá dentro e possivelmente a explosão vai contaminar os aviões que o ladeiam.

Poderá safar-se no "se perder, perdi", mas dificilmente lhe será entregue nova missão de instrução.
LNT
[0.348/2009]


Ler outras conclusões desta estória: -> Eleições 2009/ o Público ≡ LNT - Estórias da História

Já fui feliz aqui [ DXV ]

Chipmunk
Chipmunk - BA1- Sintra - Portugal
LNT
[0.347/2009]

terça-feira, 28 de abril de 2009

É vê-los

MitosÉ vê-los e vê-las na rua a falar sozinhos.

Primeiro não se estranha colados na moda do telefonar, depois sorrisse pelo abanar da cabeça que adivinha um som de furar tímpanos e por fim, ao olhar mais atento, a descoberta de gente sem fios nem wireless, perdidos nos pensamentos pensados altos, sem diálogo e ao ritmo das frustrações.

Cada vez mais gente na rua a falar sozinha, a protestar a vida sem ninguém com quem partilhar ou sem querer partilhar o resmungo com alguém.
LNT
[0.346/2009]

Diário do Eleições 2009 [ XV ]

Botão Público O meu texto de hoje no Eleições 2009Responda Candidato: Elisa Ferreira, PS, Parlamento Europeu, CM Porto [ VI ] - transcreve as respostas a três questões colocadas à candidata.
LNT
[0.345/2009]

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Eleições 2009/o Público

Leituras

Amor e Ódio



Chuva, trânsito, levar miúdos, chuva, trânsito, trazer miúdos, fazer o jantar, deitar miúdos, arrumar a cozinha. E inventar, inventar sempre. Lá dizia o Saint-Just:
Em tempo de inovações é perigoso tudo o que não for novo.

Amor e Ódio Filipe Nunes Vicente


LNT
[0.344/2009]

Já fui feliz aqui [ DXIV ]

Nyon
Nyon - Suiça
LNT
[0.343/2009]