Não foi por esquecimento mas porque começam a faltar-me os dedos para tanto registo.
No entanto nunca é tarde para saudar o Albergue Espanhol na esperança de que não venha, também por ali, um conde Andeiro que goste de cortar-fitas.
Falar estas coisas sem saudar no Pedro Correia toda a magnífica equipa do aniversariante Delito de Opinião seria como falar de España sem referir o Miró, e por isso aproveito a Posta para daqui mandar o abraço que estava guardado para esta altura. LNT [0.015/2010]
Quem pretender ter um Presidente da República para apoiar um qualquer Partido ou um qualquer Governo, mesmo um Governo daqueles que prescindem dos Partidos e que são só a cara de alguém, pode desde já abdicar de ler o resto do texto. Para isso haverá certamente outras religiões e outros templos.
Uma barbearia não é uma sede religiosa nem coisa de seita, é um espaço aberto a todas as clientelas e esta, como é unisexo, tanto usa as navalhas para conseguir escanhoados perfeitos aos cavalheiros como usa técnicas de depilação que deixam as damas em condições de poderem utilizar os bikinis mais arrojados.
Para uma e outra função, bem como para outras ligadas ao relaxamento por métodos de pedras quentes na espinha da clientela mais selecta, amolam-se as navalhas, calibram-se as pistolas de laser e aquecem-se os fornos para rechaud.
Terminado o aviso passamos ao tal texto que, quem pretende ter um Presidente da República para apoiar um qualquer Partido ou um qualquer Governo, mesmo um Governo daqueles que prescindem dos Partidos e que é só a cara de alguém, pode desde já abdicar de ler.
É um texto curto e sem complexidade, mas denso. É mais que um texto, quase um perfil, uma praça da canção:
Short adaptation of Albert Camus "The Stranger" (l'etranger)
Eduardo Graça quis comemorar o cinquentenário da morte de Camus com uma cronologia que elaborou e fez publicar no Absorto e no Ir ao Fundo e Voltar.
Esse magnífico trabalho foi igualmente publicado, repartido por quatro Posts (1), (2), (3) e (4), no a Regra do Jogo e deixo-o agora em pdf, com um agradecimento ao seu autor, para download de todos aqueles que queiram dispor do documento por inteiro. LNT [0.010/2010]
Já transcrevi umas dezenas de depoimentos que foram publicados no Portugal Socialista nº 214, edição especial de Outubro de 1996, por ocasião de uma homenagem nacional que foi feita, em vida, a Manuel Alfredo Tito de Morais.
Estas transcrições, a par de depoimentos actuais e de outras informações sobre Tito de Morais, estão a ter forma no Blog que a Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais decidiu criar, para divulgação da memória de um dos grandes resistentes portugueses do século passado.
De todas as transcrições até agora feitas nenhuma é tão actual como a que publiquei hoje, da autoria de António Reis. Há que a ler para reflectir e melhor entender a razão para não deixar esquecer homens como Tito de Morais. LNT [0.009/2010]
A FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional) disponibiliza um aplicativo muito interessante para medir as velocidades de acesso na Internet.
Trata-se de uma forma de comparar aquilo que nos venderam com aquilo que na realidade temos o que, no mínimo, ajudará a percepcionar se estamos bem ou mal servidos.
Testem-se e, sendo caso, reclamem. LNT [0.007/2010]
Irrequietos, como qualquer Bicho-carpinteiro que se preze, Medeiros Ferreira e Joana Amaral Dias resolveram fundir-se num Córtex Frontal deixando o anúncio desafiador:
"Não nos apresentamos com um programa comum, mas temos uma atitude de insubmissão pessoal aos poderes estabelecidos e de audácia perante as questões, assim como uma vontade crítica de contribuir para por em causa as cómodas ideias feitas. Mesmo as nossas."
Trata-se de coisa peremptória. Há que seguir para ver se lá conseguem chegar. LNT [0.006/2010]
Confesso que o que mais gostei na mensagem do Presidente da República foi daquela janela com saco de tapa-frincha que o enquadrou entre o reposteiro de pesado veludo-seda pastel à sua esquerda e o magnífico contador indo-português da direita que deve estar cheio de contas por ajustar.
Adoro aquele tipo de trinco das janelas portuguesas que me faz lembrar os que havia na casa onde nasci e que asseguram que, se o furo no chão e o de cima estiverem bem desobstruídos, elas não se abrem por mais forte que seja a tempestade, o que é bom, muito bom, para os tempos de ventania que por aí andam.
Ilustrado com uma Leica, que segundo o seu autor representa a alta precisão, ficámos a saber que Eduardo Pitta edita, há cinco anos, o da Literatura, um blog que considerei mais abaixo como dos melhores de 2009, na categoria de opiniões alinhadas.
O da Literatura, já antes do alinhamento e depois, apesar dele, é um dos blogs portugueses que melhor se lê pelo bom português em que é escrito e pela qualidade cultural e argumentativa que o seu autor pratica.
Eduardo Pitta é um excelente escritor e é um privilégio podermos contar com as suas letras para enriquecerem a qualidade deste meio que escolhemos para comunicar livremente os nossos alinhanços ou desalinhanços, num País livre, onde cada vez mais gente tem oportunidade de exprimir a sua opinião sem medo dos lápis-azuis, ou deixar-se condicionar pela opinião dos outros.
Parabéns ao Eduardo Pitta. Cinco anos é muito tempo e o reconhecimento do seu talento está bem expresso nos valores de monitorização que deixou patentes no Post de aniversário. LNT [0.003/2010]
Radetzky March with Happy New Year on Neujahrskonzert
Mais do que os habituais votos que todos os dias um de Janeiro se transmitem, é imprescindível que neste ano, final da primeira década do Século XXI, esses votos sejam transformados em objectivos com metas de cumprimento.
Temos de ser capazes de estancar a predação, a indiferença, o comodismo e a resignação e, sendo necessário, incrementar o desassossego que provoque a mudança para melhor e justifique os sacrifícios que todos os dias deste século nos têm sido impostos.
Que 2010 seja o ano da viragem, o ano em que o rigor do sector público, a assumpção das responsabilidades do poder e da oposição, a concretização do estado de direito suportado pela aplicação da justiça eficaz e eficiente, a valorização do mérito apurada por critérios de avaliação a que ninguém se possa furtar, o combate eficaz à corrupção, aos abusos de poder e aos crimes contra a economia, o controlo sério dos meios colocados à disposição da solidariedade a par da monitorização dos incentivos à formação e á produção, revertam para todos nós, em prosperidade e felicidade.
Teremos de querer um ano melhor e a nossa participação será imprescindível para o conseguir.
É nestes termos que a todos aqui deixo os votos de um feliz e próspero ano de 2010. LNT [0.001/2010]