Estimado Sr. Amigo Barbeiro Luís,
deste maravilhoso cantinho da Europa,
não podia deixar de responder ao resumo publicado da nossa ultima conversa que ocorreu enquanto você me cortava o cabelo e a sua colaboradora querida me tratava dos pés.
Sendo um crente (não na natureza humana) mas naqueles que positivamente tentam participar com os seus pares na construção de algo positivo para a nossa sociedade e ter verificado que o
sua estimada cliente C.C. comentou o seu resumo, senti na minha obrigação de sair do anonimato, para clarificar e desafiá-lo e à sua clientela para um debate ideológico do qual temos muitas saudades.
Gostaria de partilhar consigo e com a sua clientela a minha relação privilegiada com os mortos, para não nos esquecermos deles, de modo a incorporar as suas experiências na nossa capacidade de aprendizagem (essa aprendizagem não tem sido famosa).
É evidente que não será neste comentário que conseguiremos partilhar toda a nossa história (vivos e mortos) mas gostaria que ficasse claro a diferença entre os que são crentes, os que constroem, empreendedores, positivos, que trabalham por objectivos (caso não tenham salário), em suma, os que põem os interesses colectivos antes dos interesses individuais, que tem consciência da sua utilidade na sociedade e na construção da riqueza (caso contrário não sobrevivem), dos que são desconfiados, destruidores, negativistas que põem os interesses individuais antes dos interesses colectivos, que têm o salário garantido (mesmo que reduzido, faça chuva ou sol) e que não têm consciência que a sua inutilidade não contribui para o bem colectivo, nem para a criação de riqueza (bem pelo contrário).
Concordo com a sua estimada cliente C.C. Somos um povo fora de série, enquadrados em qualquer nível hierárquico, em qualquer desafio em qualquer parte do mundo somos os melhores, mas infelizmente neste paraíso, não.
Em conclusão, e sendo este (assim o espero) um inicio de uma reflexão construtiva, positiva, de acção local para que este maravilhoso nosso país (sim, já sou português) se torne um atractivo para os nossos filhos.
Deixemos as pedras, e unamo-nos em torno de algo maior que nos dê uma sensação de utilidade (os nossos filhos irão agradecer). Temos um país maravilhoso, de pessoas extremamente criativas, um lugar único para se viver na Europa; porque não transformá-lo num paraíso?
Terei todo prazer, da próxima vez que for cortar o cabelo e arranjar os pés, de debater convosco os ensinamentos dos mortos e da experiência do passado das nossas sociedades, para que possamos não ser aliciados a cometer erros (os de sempre) no presente e no futuro (os ciclos repetem-se) apenas por questões de vaidade pessoal ou interesses de sobrevivência individual ou corporativista assentes no mais genuíno que a natureza humana têm: a inveja.
Um grande abraço para si e para a suas colaboradoras principalmente para a Bunny di Paços de que tanto iremos ouvir falar nos próximos tempos.
O amigo de Budaeditado por LNT a partir da caixa dos comentários[0.122/2010]