terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Plivatização da EDP

EDP ChinesaConfesso que gostei de sabel que a EDP se concletizou como um negócio da China.

Gostei, embola tivesse plefelido que a EDP não se tivesse plivatizado.

Mas já que o fez, tenho tlês lazões pala fical agladado, a sabel:

1 – Saímos debaixo das saias alemãs que nada nos tlazem de novo a não sel a seu intelesse de ajudal com uma mão pala recebel o letolno com as duas;
2 – Ablimos novos holizontes que falão com que os glandes senholes da Eulopa comecem a entendel que, ou este continente passa a sel solidálio com os seus memblos, ou colle o lisco de vel escapal intelesses eulopeus pala mãos telceilas.
3 – Demonstlámos aos “melcados” que há “melcados” altelnativos e que, ou as suas avaliações deixam de sel ditatoliais, ou acabalão pol sentil o efeito da deslocalização das influências.

São as tlês razões do meu aglado embola em nada me aglade que a Eulopa e os “melcados” ocidentais estejam a plovocal este tipo de lespostas.
LNT
[0.613/2011]

Já fui feliz aqui [ MXXXIV ]

o Barbas
o Barbas - Costa de Caparica - Portugal
LNT
[0.612/2011]

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal



Aqui fica o clássico cartão de boas-festas desta casa.

O CEO e as suas colaboradoras deixam a todos
Votos de Feliz Natal
e que 2012 seja, pelo menos,
um pouco melhor do que aquilo que nos tem sido anunciado todos os dias.

LNT
[0.611/2011]

Já fui feliz aqui [ MXXXIII ]

Vaclav Havel
Vaclác Havel - República Checa
LNT
[0.610/2011]

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Dos choques e dos chocados

Gunter GrassJá tenho idade suficiente para não me deixar chocar com a maior parte das coisas que continuam a chocar outras gentes. Já vi de tudo, desde ditadores que, quando partem, deixam o seu povo miserável a chorar, a revoluções revertidas aos poderes contra as quais foram feitas.

Já vi gente que vive à custa do trabalho dos outros a tentar convencer esses outros a abdicarem de parte dos rendimentos do seu esforço para que eles possam continuar a viver descansadamente. Também já vi gente que fica chocada com os choques que leva constantemente e que deveria estar blindada para não se deixar electrocutar.

É como digo no início desta conversa. Sinto que já tenho idade suficiente para não me deixar chocar com muitas coisas que, em vez de provocarem tremeliques, deveriam promover resistência e firmeza.

E por isso mesmo proponho que em vez de ficarmos chocados com algumas dessas coisas que chocam os mais distraídos, se reaja de cabeça fria e de peito aberto fazendo perceber a quem nos tenta chocar que nós também temos o Taser.

Não, não estou a dizer que estes raciocínios possam deixar os chocadores com as pernas bambas, estou a escrever que há momentos para tudo e consequências por acontecer.

Estou a dizer que o limite para a cedência é a aprendizagem e que é sinal de inteligência aprender com os erros passados. Se assim não for, é um deslizar de choque em choque até que o fogo nos consuma e a inutilidade transforme o possível em negação.
LNT
[0.609/2011]

Já fui feliz aqui [ MXXXII ]

Jú Novais
o Quadro que me falta - Jú Novais - Cascais - Portugal
LNT
[0.608/2011]

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lost in Translation *

Lost in TranslationDepois de Manuela e do seu intérprete JPP chegou a vez de Pedro ter também o seu tradutor.


CAA, tal como JPP, são relíquias da Blogos(fera) e por isso aqui os cito.

Num tempo inicial desta coisa, ainda os incréus do costume julgavam que a Net era uma brincadeira de criança destinada a arranjar namoradas(os) e que os blogs e depois as redes sociais e as tweetadas eram beliscões nos jornalistas a quem nunca fariam mais do que pequenas nódoas negras, era impossível imaginar que aqui se fabricariam também deputados, ministros, e tradutores do pensamento (ou da falta dele) cujo trabalho não incide na tradução da palavra mas sim na moldagem do vazio, fazendo crer que ele (o vazio) tem um conteúdo que se perdeu na tradução.

Ao que os bloggers de gema, os dinossáurios e os aliáceos estavam destinados, que horror!
* original de Sofia Coppola
LNT
[0.607/2011]

Porque é que eu não emigro

Homem atadoPudesse eu, tivesse vinte e poucos anos, não tivesse filhas nem netas, nem casa para sustentar, fosse licenciado a fazer de professor, não tivesse descontado mais de 2/3 da minha vida para garantir uma segurança na velhice que me anunciam não ir ter, não tivesse investido em Portugal, no bem dos portugueses, no ensino das minhas descendentes, na defesa do meu País, não tivesse deixado o couro (e literalmente o cabelo) na defesa da democracia, na oportunidade dada ao Primeiro-Ministro para se educar à minha custa e de ter sido tratado por médicos que eu ajudei a pagar e de usar as auto-estradas que ainda estou a pagar e que as minhas filhas e netas irão continuar a amortizar, não fossem todas essas razões e mais uma mão cheia que não direi aqui, entre elas as que inviabilizam a partida devido aos roubos na remuneração que me é devida e que servem para pagar todos os luxos de que os nossos governantes não abdicam, e faria como o Senhor Primeiro-Ministro sugere.

Emigrava
.

Não para os PALOPS ou outros de língua oficial portuguesa, mas para países onde os offshores fossem garantidos, tivesse, claro, tido oportunidade de ter poupado uma vida inteira porque não tinha criado portugueses novos, nem os tinha educado, porque não tinha descontado 2/3 de uma vida para um fundo que foi inúmeras vezes atacado pela ganância e pelo absurdo (como aquilo que agora pretendem fazer com os fundos de pensões dos bancários), não tivesse investido em Portugal e no bem dos portugueses, nem na defesa do meu País, nem tivesse pago os estudos de um homem que hoje é Primeiro-Ministro, nem as auto-estradas que ele usa, nem os médicos que o tratam nem o raio-que-o-parta, mais as meninas que já não vão receber prendinhas, a não ser a pequenina, nem os almoços no Forte de São Julião e as luzinhas de Natal com uma estrelinha que os guie.

Tivesse eu meios para emigrar, para não ter de ouvir estes tipos, não ter de me deprimir cada vez que anunciam que aquilo porque lutei uma vida inteira foi uma fantasia, embora tudo tenha feito e pago para que fosse uma realidade para mim, para as minhas filhas e netas, e já tinha emigrado ou pelo menos tinha emigrado o aforro para evitar que esta gente lhe deitasse a mão.
LNT
[0.606/2011]

Já fui feliz aqui [ MXXXI ]

Gil Teixeira Lopes
Gil Teixeira Lopes - Lisboa - Portugal
LNT
[0.605/2011]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Surdinas [ XXV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)




Governo
Será uma equipa de futebol amador em barreira a proteger as partes baixas na marcação de um livre directo?
(clique aqui para ver a solução)


LNT
[0.604/2011]

Três mortes

Gunter GrassAté as mortes se devem evocar de forma diferente.

Umas doutrinam e respeitam-se:
«...essas pessoas, interiormente odeiam os dissidentes, porque compreendem que eles representam a sua má consciência e, ao mesmo tempo, invejam-lhes o orgulho e a liberdade interior...».
Václav Havel
In Petição


Outras cantam e estimam-se:
«Quem mostra bo ess caminho longe?
Quem mostra bo ess caminho longe?
Ess caminho pa São Tomé
Sodade sodade sodade
Dess nha terra São Nicolau

Si bá screve me m ta screvebe
Si bá squece me m ta squecebe
Até dia qui bá voltá
Sodade sodade sodade
Dess nha terra São Nicolau»
Cesária Évora
Sodade


Outras só não se ignoram por ser útil não as esquecer:
Citizens did not have the right to change their government. There continued to be reports of extrajudicial killings, disappearances, and arbitrary detention, including of many persons held as political prisoners. Prison conditions were harsh and life-threatening, and torture reportedly was common. Pregnant female prisoners reportedly underwent forced abortions, and in other cases babies reportedly were killed upon birth in prisons. The constitutional provisions for an independent judiciary and fair trials were not implemented in practice. The regime subjected citizens to rigid controls over many aspects of their lives.
Kim Jong il
2004 Human Rights Watch report

LNT
[0.603/2011]

Boas-Festas com muita saudinha

MachadoPego num comentário que o Carlos deixou no post anterior de Festas-Boas para sacar o título e construir este texto que inicia a semana de Natal.

"Com muita saudinha" ou "e saúde da boa" são excelentes dicas para incluir nos discursos que estão em construção no poder. Também podiam ser: "vão-se catar" ou "tenham pacienciazinha" ou ainda "mantenham-se pequeninos mas honradinhos e mansos".

Aguardemos então os cara-de-pau que estão para invadir as televisões a desejar as Boas-Festas ao pagode pagante e tenhamos a clarividência de não estragar os ecrãs que nos farão muita falta para os ouvirmos, durante mais um ano, a dizer que a primeira de todas as "Reformas Estruturais" será substituir o cinto de cabedal por um de elástico que permita esticar os furos para além do último aperto e que a segunda se aplica aos certificados emitidos pelas Faculdades Portuguesas que passam a incluir um visto de imigração para os PALOPS e similares.
LNT
[0.602/2011]

Já fui feliz aqui [ MXXX ]

Expo 92
Expo 92 - Sevilha - Espanha
LNT
[0.601/2011]

sábado, 17 de dezembro de 2011

Festas boas



Este é o cartão de Boas-Festas desta casa.

Confesso que as colaboradoras estão um pouco desafinadas mas, como se sabe, nestas alturas o que interessa é o espírito da coisa.

LNT
[0.600/2011]

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Concurso de Natal 2011 - Camelos de Presépio [ XV ]

Concurso de Natal 2011

Acta de apuramento





Concurso de Natal 2011 – Todos Concorrentes



Após reunião prolongada do CEO da Barbearia e das suas colaboradoras que formam o colectivo que dá pelo nome de "magnânime júri", foi decidido não atribuir, no presente ano, o primeiro lugar ex aequo.

Para esta deliberação foi determinante a promessa feita no decurso da campanha.

No entanto, logo após o concurso ter encerrado, o júri tomou conhecimento do conteúdo de um memorando que tinha assinado de cruz antes do início do certame e acabou por deliberar o seguinte:

Ponto único



Considerando que foi assumido que a classificação do Concurso de Natal d’a Barbearia do Sr. Luís, em 2011, não permite a classificação ex aequo;
Considerando que o júri tomou conhecimento de que o conteúdo do memorando que tinha assinado de cruz antes de ter iniciado o concurso determina que não é possível distinguir os concorrentes através de pontuação diversa;
Considerando que o júri entende que é necessário ir além do próprio memorando; e
Considerando que todas as obras apresentadas revelam qualidade superior

Foi deliberado por unanimidade e aclamação que no presente ano, a título excepcional, não se classifiquem as participações e se distribua, de forma igual, o prémio que não existe devido à retirada do patrocínio em virtude do patrocinador ter sido classificado como lixo pelos "mercados".

Não obstante tal contrariedade, o júri considera ser um imperativo nacional que os concorrentes se conformem, bastando que, para tal, lhes sejam apresentados os melhores votos de Festas Felizes e a desesperança de que 2012 venha a ser melhor do que o ano que agora termina.

Lisboa, Barbearia do Sr. Luís, 16 de Dezembro de 2011
(assinaturas ilegíveis e trémulas)



Nota do autor:
Addiragram, Anamar, António, Ariel, Carlos B.O, Carlos S., C.C., Dogofilo, Filipa, Flip, Francisco, GJ, Helena, Isabel, JJ, Joana C., Joana L., Jonas, José, Luís, Malou, Maria, MdSol, Miguel, Moura P., M. Rosário, Nan, Nuno, Óscar, Pedro, Rodrigo, Sara, Sofia, Utópico e Vera, vocês são fantásticos.

Mais uma vez se provou que a Net, os Blogs, as Redes Sociais e todas as tecnologias podem também ser um meio de bem-estar, de descontracção, de camaradagem e de brincadeira. Agradecido por terem alinhado e por serem como são.

Feliz Natal para todos.
Vamos tratar de fazer com que 2012 não seja o mar de desgraças que nos anunciam.
Luís Novaes Tito
[0.599/2011]