Aqui há muitos anos, no século passado, quando andava a adquirir uma habilitação literária e profissional para confirmar a aptidão para o trabalho que desenvolvia tive um professor na cadeira de LCP que afirmava e fazia decorar que em computação aquilo que se fazia uma vez repetia-se ad vitam æternam com as mesmas características.
A teoria era verdadeira mas tentei convencê-lo a explicar de que esta teoria só por si podia levar os meus colegas de turma e futuros de profissão a erros gravíssimos de implementação.
A questão teria de ser equacionada em conjunto com uma panóplia de variáveis sendo que, principalmente, a frequência, o processador, a largura de banda, a quantidade de utilizadores e a simultaneidade (sim, sim, sei que não existe tal coisa mas existe o tempo de espera para que ela não exista) poderiam tornar essas rotinas inviáveis por não se processarem em tempo útil.
A coisa complicou-se e a nota na disciplina penalizou a ousadia. Ficou-me de memória e, ainda hoje, quando faço determinadas afirmações demasiadamente teóricas tento ouvir quem, por já ter construído, me pode ajudar a aperfeiçoar o raciocínio e a equacionar as condições.
Isto para dizer que, provavelmente, tudo correria melhor na governação do País se, em vez de se contratarem teóricos que nunca construíram qualquer solução, se optasse por recorrer a gente com provas dadas e resultados práticos comprovados.
LNT
[0.148/2013]