quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A verdade da mentira

Coelho TigreA inverdade, a imprecisão factual, ou lá como agora designam aquilo que dantes chamávamos mentira, está na massa do sangue de Passos Coelho.

Mesmo com uma ajudinha da rapaziada que não traz para os subtítulos aquilo que ele factualmente diz, para que a mensagem passe no corpo das notícias sem chamar demasiado à atenção, não consegue que a mentira que lhe corre misturada com a hemoglobina se deixe de revelar.

Passos Coelho diz no México:
"Em qualquer caso, quando as comparamos com o esforço que fizemos em 2012, não representam um esforço maior, nem para os pensionistas, nem para os funcionários públicos".
A rapaziada que trata dos subtítulos retira parte da afirmação (não falam dos funcionários públicos) escrevendo:
"O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que os pensionistas e os reformados não vão sofrer em 2014 uma redução de rendimentos maior do que em 2012."
E nós, em Portugal, olhamos para as tabelas e reiteramos que a verdade é coisa que não lhes assiste, mesmo com a artimanha de usar o ano de 2012 (e não o de 2013), que é irrepetível devido ao aviso de inconstitucionalidade feito pelo Tribunal Constitucional, para fazer a comparação.
LNT
[0.386/2013]

Reiterações

GaivotaTodos nós reiteramos que, embora muitas vezes possa parecer, não andamos a dormir.

Todos nós reiteramos que, embora não se refira nas reiterações presidenciais, ainda não estamos esclarecidos sobre a sua participação como accionista da SLN, então detentora do BPN.

Todos nós reiteramos que, embora a permuta Mariani/Gaivota continue por esclarecer na totalidade, continuamos a estranhar que tantos amigos tenham assentado arraiais de férias num mesmo condomínio que tem mais aroma a off-shore do grupo onde se incluía o BPN do que a brisa do mar.

Pela minha parte reitero também que Mário Soares, por quem mantenho o maior respeito, poderia evitar algumas reiterações que contrariam toda a sua filosofia de vida, mas isso é outra conversa que não irei reiterar.
LNT
[0.385/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCC ]

Arpad Szens e Vieira da Silva
Fundação Arpad Szens Vieira da Silva - Lisboa - Portugal
LNT
[0.384/2013]

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que realmente me amofina

FantasHoje apetece-me fazer um daqueles Posts intimistas na primeira pessoa do singular. Um daqueles do barbeiro a falar só com os seus botões sem se importar com obscenidades e sem qualquer preocupação com o politicamente correcto.

Não sei se estou preparado para tal desabafo porque para isso tinha de me sentir revoltado e nem sequer o estou. Não votei nestes gaijos e gaijas, nem no outro zombie ausente que está acima desta escumalha e também não votei na malta que agora solta gritos de morte contra esta tropa fandanga que levou ao colo para o poder.

Sei que tenho de apanhar com eles sem me revoltar, culpa minha que tenho esta mania da democracia, mesmo quando eles insistem nas maldades que me fazem com o argumento de as fazerem para meu bem. No fundo tenho de entender que sempre houve pais malfeitores que assassinaram os seus filhos com a convicção de que o sacrifício desse altar se destinava a expurgar os descendentes do mal e, em simultâneo, a conseguirem o apaziguamento dos deuses em relação a si próprios e aos que lhes sobrevivam.

Bem, vou rematar este malfadado e amarfanhado desabafo sem nexo, com o título que para ele escolhi. (Esta merda de começar um texto pelo título tem destas coisas)

O que realmente me amofina é a carinha alegrinha de sonsa com que a filha da mãe anunciou a sua impunidade. Enquanto não houver alguém que vá aos fagotes de um destes figurões a coisa não acaba.

Pronto, vou desenjoar-me para outro lado, fónix, filhos de uma grande cabazada de…
LNT
[0.383/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCIX ]

Diospiros
Diospiros e Figos - o bem que nos fazem - Portugal
LNT
[0.382/2013]

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cooperação estratégica

RabosCavaco é perito nesta linguagem de trapos e se não foi ele que inventou o termo “cooperação estratégica” não deve ter andado muito longe de a ter ensaiado quando andou a passear por Angola há três ou quatro anos.

Agora o ditador angolano aproveitou a deixa e, no seu discurso à Nação angolana, elevou a fasquia e meteu a “cooperação estratégica”, seja lá o que isso for porque nunca foram enunciados os requisitos bilaterais de tal coisa, num pedestal para a fazer farol que ilumine os caminhos por onde nos é imposto andar.

As relações com Angola nunca foram flor que se cheirasse (até com os vistos sempre foi aquilo que se viu) mas há entre angolanos e portugueses interesses que vão muito para lá da mera cortesia e dos salamaleques da “cooperação estratégica”. Esses interesses que ultrapassam o sentido diplomático de cooperação entre Estados soberanos exigem mútuo respeito pelas leis que regem cada um desses Estados sendo de evitar desvios com laivos de subalternidade.

Cumpre-se assim o que aqui disse na altura em que Machete fez o lindo serviço de rebaixar a nossa democracia de poderes separados perante os senhores de Angola:
o que esta gente não percebe é que aqueles perante quem se agacham são os mesmos que nunca se agacharam perante os portugueses (nem antes, nem depois da independência) e que se entendessem o que é dignidade percebiam também que, até perante eles, ficam mal vistos
Andar no Mundo de chapéu na mão e de cabeça baixa só pode dar nisto.
LNT
[0.381/2013]

Meninos de co(i)ro

Avião papelMedeiros Ferreira chama meninos de coro ao nosso casalinho das finanças porque, quando vão aos meetings dos burocratas da Europa central, não seguem o exemplo do seu colega Luis de Guindos que se faz acompanhar de uma marmita.

Medeiros Ferreira não tem razão. O casalinho das finanças também leva a marmita de casa com as sobras do banquete orçamental do dia anterior. Deixa é a gamela escondida debaixo do banco da classe turística do jatinho em que viaja não vá o guloso do Barroso saltar-lhes ao caminho e entornar o caldinho de que todos eles tanto gostam (Consta que o facto do casalinho ter alguns gostos semelhantes lhes facilita a vida).
LNT
[0.380/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCVIII ]

Ikàkéné
Ikàkéné - Kasane
LNT
[0.379/2013]

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O caldo vai acabar por entornar

Escudo de PortugalIsto é tudo muito fácil de entender. Um País que não se dá ao respeito, não é respeitado e já não é primeira vez que não nos damos ao respeito. Foi assim com os Filipes, foi assim quando a família real meteu o rabo entre as pernas e fugiu para o Brasil e ainda foi assim mais umas quantas (poucas) vezes nesta Nação milenar cujo povo sempre soube voltar a dar-se ao respeito.

Não somos um protectorado. Somos uma Pátria assaltada, é verdade, mas um País soberano. Precisamos de apoio mas não vendemos a nossa dignidade para o conseguir na mesma lógica que não aceitamos prostituir-nos quando precisamos de financiamento e recorremos a uma instituição financeira.

Vivemos tempos de infâmia e, ou alguém investido do poder põe cobro a esta maldita submissão, ou isto vai acabar mal como sempre acabou para quem nos tentou subjugar e para os detentores do poder que colaboraram com a submissão.
LNT
[0.378/2013]

domingo, 13 de outubro de 2013

da Dissimulação

Haverá algo (ou alguém) mais ridículo do que abandonar os fatinhos às riscas (tipo Al Capone) só para parecer que se é o número dois de um Governo sem número um?

Há. Em Portugal há!

O Capone sempre foi aquilo que foi, nunca foi um trambiqueiro.
LNT
[0.377/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCVII ]

Néné
Albarraque - Sintra - Portugal
LNT
[0.376/2013]

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

OMO lava mais branco

Papel higiénicoMuito se gosta, em Portugal, de justificar uma javardice com outra para ensaboar a primeira na tentativa de a branquear.

Por exemplo:

- Se falarmos na gatunagem que enriqueceu lambuzando-se nas gorduras e no lombo do BPN (sem esquecer que tão gatuno é o que rouba como o que fica à porta), surge logo alguém para falar da nacionalização e desviar as atenções dos bandidos e dos que se aproveitaram dos favores da bandidagem;
- Se falarmos de submarinos e da negociata que conseguiu ter corruptores engavetados na Alemanha sem que os corrompidos portugueses apareçam, surge logo alguém para falar das intenções anteriores e desviar as atenções de quem efectivou a compra.

Agora, com as pensões de sobrevivência, o truque é estampar a cara do adormecido Constâncio em tudo quanto é comunicação e rede social, para justificar que os sobrevivos não tenham aquilo que lhes é devido.

Nem sequer me vou dar ao trabalho de voltar a explicar que a pensão de sobrevivência é parte integrante do acordo estabelecido com a Segurança Social, que se banqueteia mensalmente com parte dos salários de quem trabalha, que não tem gerido devidamente os fundos que os trabalhadores (e as entidades patronais) entregam nas suas mãos. Também não vou perder tempo a explicar, uma vez mais, que aquele dinheiro não é do Estado embora tenha sido usado pelo Estado para tapar todos os buracos que apareceram.

Basta-me pedir que sejam mínima e intelectualmente honestos e que deixem de fazer de estúpidos todos os que não aceitam o branqueamento das golpadas que nos conduziram ao estado em que nos encontramos e que parem de tentar esconder o saque que não para de se fazer.
LNT
[0.375/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ I ]

Blogs
Porque o PSD sempre foi assim. Algo muito semelhante à célebre curva do estádio José Alvalade, onde se concentram os adeptos do Sporting que vaiaram Figo e Rui Patrício, e que ao mínimo desaire acenam com lenços brancos em exigência à despedida imediata de treinadores.
Pedro Correia

Dia após dia, esta gente dá, em uníssono e de forma metódica, continuação ao massacre a que têm sido sujeitos os juízes do Tribunal Constitucional, perante o silêncio ensurdecedor do Presidente da República.
Miguel Abrantes

Afinal o"penta" do líder do CDS na noite das autárquicas referia-se não às minúsculas câmaras que arrecadou, mas aos cortes - a única "reforma do Estado", não vale a pena disfarçar mais - que vão ser aplicados aos trabalhadores investidos em funções públicas, no activo ou não.
João Gonçalves

Muitas tradições tratam certos objectos como entidades especiais devido ao significado que esses objectos acumularam no processo de partilha de uma história comum das pessoas nessa tradição.
Porfírio Silva

Se o comportamento de Machete tivesse alguma coisa de grave, em que língua, viva ou morta, existente ou por inventar, conseguiríamos descrever o comportamento de Passos, Portas e Cavaco?
Valupi
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.374/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCVI ]

Ericeira
Ericeira - Portugal
LNT
[0.373/2013]