sexta-feira, 11 de abril de 2014

Rui Sarmento

Missing Men

Hoje tivemos a notícia de mais uma baixa na nossa asa do P1/74.

É assim a vida quando nos confrontamos com a verdade de que também ela é eterna até ao dia em que se faz temporária. A aerodinâmica do grupo adquirida no curso mantém-se embora a fuselagem já vá tendo uns rombos e remendos.

Se houver algo mais do que estes vai-e-vem em que andamos, fica de bem, Rui Sarmento
LNT
[0.132/2014]

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Em estágio

Águia
LNT
[0.131/2014]

Às vezes

MagritteÀs vezes temos tantas saudades de nós. São vezes em que nos alheamos daquilo que nos cerca e olhamos para dentro ou para uma foto cheia de fantasmas.

Às vezes dá vontade de terminar as saudades e de que tudo volte a ser o que foi ou que, mesmo não tendo sido, volte a ser o que lembramos ter sido e que nos seja possível encastrar nos registos de papel ou de bits e ficar por lá até que as saudades passem.

Às vezes tudo o que é real parece tão pouco importante.
LNT
[0.130/2014]

terça-feira, 8 de abril de 2014

com o mal dos outros

PicadoDiz-nos o Tiago:
Num país a bater no fundo, os pobres não se acham pobres, incluindo as classes médias depauperizadas, e os pobres incorporam o discurso dominante, aplaudindo os populistas.
Diz, porque sabe o que diz e diz porque é isso mesmo que se constata, embora poucos digam.

A política da anti-coesão, da diferenciação dos governados por classe e do jogo que coloca todos contra todos, a partir do modelo "com o mal dos outros posso eu bem" vai levar a que cada um fique com o seu mal e que todos fiquem pior (embora digam que o País está melhor).

A ler o Tiago Barbosa Ribeiro.
LNT
[0.127/2014]

Campagne électorale oblige

CoelhoLeio que voltou a ser autorizada a discussão sobre o aumento do salário mínimo nacional.

Eleições oblige!

Ou por outras palavras:
"Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação (...), de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem a ver com as condições da negociação colectiva"
(Pedro Passos Coelho)
O palavreado dissimulado misturado com a novilíngua desta gente, atinge o cúmulo quando nos aproximamos das eleições, apesar de tudo isso ter sido antecedido, fora do período eleitoral, de um "que se lixem as eleições".

"Digo hoje perante o País – disse para os trabalhadores do PSD (o País?);

"Que o Governo está disponível" – Disponível?

"Para aprofundar o esforço de concertação" – Aprofundar o esforço?

Dum esforço profundo precisa o Governo. De um profundo esforço que lhe dê, nas próximas eleições e antes de começar, de novo, o período "que se lixem as eleições", uma colossal ensinadela sobre a inteligência dos que nem governa, nem deixa que se governem.
LNT
[0.126/2014]

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Charlatões

Cherne gordoAdmira que, estando já praticamente em campanha eleitoral, não se tenha ainda começado a rediscutir o Freeport. O senhor da papa cerelac deve andar distraído, ou então ouviu o que o seu chefe de fila disse nas pantalhas e resolveu fazer uma campanha "esclarecedora, serena e elevada" (joke), deixando para Durão Barroso, em fim do exílio de engorda europeia, o papel de charlatão e de pouca elevação a que esta maltosa amiga da fundação do BPN, e quejandos, já nos habituou.

O resultado das próximas eleições a realizar em 25 de Maio é cada vez mais importante para o rectângulo Portugal porque vai fazer seguir para o Parlamento Europeu gente que não está alinhada com a política de miséria que nos querem impor e para os portugueses que assim poderão responder, fora das paredes onde se escondem os nossos eleitos, que efectivamente estão pior, embora reconheçam que há por aí muita gente, que se julga o País, que está melhor.

Fartos de mentiras, mentirolas e promessas falsas, há que entender o que diz Coelho quando apregoa que, com ele, isto está para durar.

Dia 25 de Maio, a coisa vai ficar do lado de cá e quem ficar calado vai ter pouco para reclamar quando a destruição final, que esta gente anda a preparar entre fugas de informação combinadas, se abater sobre o pagode.
LNT
[0.123/2014]

terça-feira, 1 de abril de 2014

Já fui feliz aqui [ MCCCXC ]

Esposende
Esposende - Minho - Portugal
LNT
[0.122/2014]

Mentirolas

Última Hora

Fonte não autorizada das finanças informa, em briefing off, que o diploma da demissão do Governo está a aguardar assinatura.
LNT
[0.121/2014]

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ganda nóia

Marques MendesO escoliasta Mendes, chamo-lhe assim porque não sei se um agraciado com a Grã-Cruz de uma ordem civil pode ser chamado de comendador, foi ao seu espaço de assinatura, que é diferente do de Sócrates porque ali não fazem entrevistas ao palpiteiro, dizer que o mensageiro governamental escolhido para fazer de isco deve demitir-se porque o veneno com que iscou foi tão evidente que ninguém o mordiscou.

Acácio, outro conselheiro espertalhão conhecido, não teria dito melhor, embora tivesse sido mais rebuscado.

É impressionante como Eça tem a capacidade de se manter actual e de conseguir que as suas personagens sobrevivam, agora com câmaras de televisão apontadas, malgrado não mantenham a postura e tenham perdido altura e constituído família.

Deve ser para que assim aconteça que nada se reforma neste País, exceptuando os reformados que estão na eminência de serem extintos.
LNT
[0.120/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXXXIX ]

Por Sol na Costa Vicentina
Pôr do Sol na Costa Vicentina - Algarve - Portugal
LNT
[0.119/2014]

sexta-feira, 28 de março de 2014

Refrituga (no fundinho do pote)

PorcosVoltando à conversa do melhor e do pior e, já agora, à outra da mulher de César, chegamos às questões que fazem da política uma porca e à conclusão de que nem todos os porcos são iguais.

O ministro da economia anda na passeata com o Primeiro por terras africanas do Indico.

Mais uma vez, o que tinha para mostrar foi uma unidade industrial de seu grupo de interesse.

Certo, certo é que desde que tomou posse já andou por Angola e Moçambique a tratar dos assuntos da economia refrigerante (foi logo a sua primeira incursão no estrangeiro e, por coincidência, sempre assuntos e interesses ligados ao grupo onde exercia actividade – nem é preciso lembrar as suas ligações a uma marca conhecida do mercado).

Usando uma técnica marcelista poderia questionar e simultaneamente responder:

- Os refrigerantes que Pires de Lima promove são uma actividade económica de interesse para Portugal? Sim, são!;
- É eticamente correcto que um empresário vá para o poder e lá promova uma marca com que tem profundas e antigas ligações? Pode ser que sim, desde que seja no poder que temos.;
- É aceitável que se use o poder para tratar de assuntos de interesse próprio e dos amigos? Pode ser que sim, desde que isso aconteça em Portugal;
- Esta política tem cheiro? Sim, tem. Cheira a ovos podres e só não cheira mais porque as essências agradáveis utilizadas nos néctares refrigerados, misturadas com a falta de isenção de quem deveria divulgar estas coisas, abafam muito bem o pestilento que por aí vai.

Sem dúvida que isto, para alguns, está melhor. Aliás, nunca tinha estado tão bem.
LNT
[0.118/2014]