O PCP, desculpem, a CDU, desculpem mais uma vez, o PCP, porque só é CDU em períodos eleitorais em que, pelo sim, pelo não, esconde a sua bandeira não vá alguém lembrar-se de outras bandeiras que se erguiam antes da demolição do muro que separava as democracias da ditadura, tem uma peculiar forma de conseguir queimar a terra onde todos nós poderíamos viver melhor caso o PCP não fosse um incendiário permanente.
Sabemos que o método anda de braço dado com a sobrevivência porque todas as conquistas que o PCP (agora CDU porque estamos em tempo de votos) defende foram conseguidas pelo Partido Socialista, embora na altura em que foram conseguidas tenham contado com a oposição do PCP, ou CDU, conforme estivéssemos ou não em período eleitoral.
E é fácil perceber o instinto de sobrevivência que faz o PCP (ou a CDU conforme o contexto já explicado anteriormente) atacar sempre o PS quando pretende defender o que sobra daquilo que o PS construiu em Portugal e está em fase de terraplanagem pela direita radical que o PCP (ou a CDU) sempre ajudou a guinar ao poder desde que Portugal é democrático.
É que se o PCP (ou a CDU. idem) permitir que se perceba que aquilo que sempre recusa de início vindo do PS e que depois reivindica como sendo sua obra se juntar à constatação de que nunca construiu nada, porque nunca foi poder para o construir, pode acontecer passar a ter o único fim de ser o promotor da Festa Anual da Atalaia.
Ainda assim, e mal, por mal, o PCP (ou a CDU, conforme a época) tem a utilidade de ser o depósito de votos desperdiçados que, mesmo tendo pouca ou quase nenhuma utilidade, sempre são úteis para não serem desperdiçados em coisas piores.
LNT
[0.174/2014]