Vou conversando com um ou outro que dizem não se rever
totalmente em quaisquer propostas concorrentes às próximas eleições e que, assim sendo, preferem anular o voto ou votar em branco.
Melhor conversando acabam por explicar que não vão votar no PSD/CDS, mesmo que se escondam numa sigla, porque já viram o que eles valem fora do período eleitoral, mas que não pressentem no PS a confiança que solicita.
Melhor conversando ainda, dizem não pretender votar nos Partidos do protesto porque não serão poder e, por isso, não serão o veículo para que a coisa mude. Para além do mais, a CDU oferece-lhes uma saída directa da Moeda Única e da União Europeia e o Bloco de Esquerda, não o oferecendo directamente, limita-se a prometer o que sabe ser impossível de conseguir sem que a Europa fique para trás.
Resta-lhes os pequenos Partidos que, tirando o Livre, só oferecem conversa. Quanto ao Livre prefeririam sempre votar no PS na lógica de que entre o original e a cópia optariam pela primeira hipótese.
Respondo que se um voto em branco servisse para não eleger um deputado, ainda entendia. Seria interessante que, por cada candidato não eleito pelos votos em branco ou nulos, houvesse uma cadeira vaga na Assembleia da República, mas isso não acontece e será sempre mais razoável eleger quem nos está mais próximo do que deixar que aqueles que nos são distantes e prejudiciais ganhem eleições em troca do gozo intelectual de desperdiçar um voto.
Dizem que vão pensar. Têm três dias para o fazer e espero que se decidam pela única forma de substituir o que têm a certeza de não lhes servir, pela fé e esperança que a confiança comporta.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.265/2015]